segunda-feira, 20 de setembro de 2010

AUTODESCOBRIMENTO –PALESTRA 01


1 – CONHECIMENTO DE SI MESMO

- A Reforma íntima pressupõe conhecer a si mesmo
- Quando se fala dos nossos sentimentos, dos nossos pensamentos e em nossas tendências,
  daquilo que está dentro de nós, então a situação muda muito, pois não basta só a compren
  são, mas o mergulho em um lugar que ninguém quer entrar em contato

2 – DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL

- Na nossa Evolução Espiritual o desenvolvimento físico já foi bastante trabalhado, mas 
 não o desenvolvimento Emocional

3 – CONDICIONAMENTO DE ATITUDES

- Nós precisamos de deparar, além do contexto Espiritual da direção, da diretriz e para
 onde temos que ir, devemos nos deparar com o impecílio da nossa própria realidade
 pessoal, que é essa tendência de muitas e muitas vidas, estarmos atrelados a um   condicionamento de atitudes, de condutas em muitas reencarnações

4 – O QUE É ESSA TRANFORMAÇÃO INTERNA

- É pegar todas essas diretrizes morais, todas os direcionamentos que Jesus veio nos trazer
 e deparar com a nossa realidade interna e fazer essa transformação que a nossa alma pede

- A nossa alma quer muito mais, o nosso Espírito tem sede de crescimento e de expansão

- Nossa alma quer felicidade , plenitude, paz amor e nós temos direito a tudo isso. Esse
  é o direito de sermos humanos, filhos de Deus

5 – O QUE FAZ COM QUE ESSA TRASFORMAÇÃO SEJA TÃO COMPLICADA?

- As condutas viciadas, os hábitos que temos de romper
- São os vícios da dor, do martírio, do sacrifício

6 – DOR

- Quem vem  até nós está muitas vezes na dor, ela não quer entender somente, ela quer 
 ser acolhida, quer ser vista na dor dela e, ràpidamente, nós, para não sentirmos a mesma
 dor, pois temos medo dos sentimentos, encontramos logo uma palavra chave que possa
 aliviar todo o sofrimento daquela alma pelo simples entendimento

- E o que acontece com essa pessoa quando nós não validamos o que ela está sentindo.
 Na maioria das vezes ela se sente não ser vista, não se sente enxergada, ela se sente como
 você querendo doutriná-la, não estando com ela como pessoa

- Na hora da dor a pessoa não quer compreensão, ela quer ser ouvida naquilo que ela tem a
 dizer

- Quando se escuta alguém que vem até nós, queremos logo detectar o seu problema, a sal-
 vá-la do estado em que se encontra, entretanto ela não quer ser salva, sair do lugar em que
 está, mas o que quer é, exclusivamente, ser ouvida

7 – ACOLHIMENTO

- Nós temos uma tendência de querer salvar o outro, principalmente no meio Espírita, com
 o objetivo de praticar a caridade

- Em primeiro lugar temos que acolhê-la como pessoa, como indivíduo

- Eu preciso de olhar para os olhos dela e ela tem que sentir que eu estou com ela, total-
 mente inteira, atenta a ela

- Se eu estiver falando, já não estou atento a ela. Quando estou em silêncio, posso ficar
 atento, e assim eu posso escutar atentamente

- Se eu abro meu coração e minha mente e eu me preocupo simples e exclusivamente em
 estar atento e sensível ao que o outro está falando, ele, imediatamente, vai se sentir me-
 lhor  e aliviado, mesmo que eu não diga nada, não mostre nenhuma solução

- Quando se está alterado e emocionalmente fica regredido, torna-se uma criança de 3,4, 5
 anos de idade, somos apenas emoção

- Se conseguimos de fato ouvir o outro, sustentar a sua dor dentro de nós, aí é desespera-
 dor, pois se alguém me fala de sua dor e eu não tento salvá-la, eu vou ter que entrar em
 contato com a minha dor também, entretanto se estiver aberto para sentir também, aí eu
 vou sustentar aquilo com o outro, eu vou validar o sentimento dele e ela, em  conseqüên-
cia vai se sentir vista

-À medida que ela se sentir vista ela relaxa, sai da regressão infantil, sai da dor que ela não
 consegue raciocinar, já foi acolhida, então está pronta para ouvir algo

8 – ACOMODAÇÃO

- Quando estamos muito bem, é o momento importantíssimo de temos forças para fazer-
 mos mais movimento, mas temos que saber que “Estar bem” gera uma certa acomodação

- A vida é assim, pois a gente se mexe à medida do aperto, da dificuldade, da necessidade,
da carência, do anseio e do desejo. A vida quer muito mais, quer plenitude, e como ela está dentro de nós, ela quer mais, à medida que as coisas vão se acomodando, nós começamos a atrair situações para trabalhar alguns aspectos nossos que ainda não foram trabalhados,
por exemplo : uma filha que engravida solteira, um emprego que se perde

- Em algum momento nós seremos afetados pela vida, porque temos muita coisa a mudar e a transformar, senão nos acomodaríamos, achando que tudo está certo

- Essa idéia que sofrer é muito bom para a Evolução é distorcida da realidade

9 – CERTO E ERRADO

- O que nos causa mais dor é a nossa necessidade imperiosa de “estar certo” e é por isso
que entramos numa competição desenfreada

- Ninguém tem a verdade absoluta, pois nós precisamos desenvolver a habilidade de perce-
ber que, por mais que achemos estar 100% certos e, se admitirmos que o outro tenha uma parcela da verdade, por menor que seja, tenho que aprender com ele, e assim, saímos da
situação desesperadora de “estar sempre certo”, porquanto estaremos sempre errando, por
sermos imperfeitos

- Nós somos humanos e, por isso, suscetíveis de erro, por isso temos que nos aceitar como
somos, porquanto, se eu me aceito, eu tenho forças para me mudar, mas se  me ponho pra
baixo, não terei forças nenhuma e serei presa fácil da obsessão

- Da mesma maneira que me aceito, eu passo a aceitar o outro

- Porisso a primeira condição para a mudança é nos aceitarmos como somos : humanos,
imperfeitos, e que  precisamos aprender com os outros

10 – PERGUNTAS

10.1- O aspecto da fé é preponderante para a evolução?

- Cada pessoa se move de maneira diferente. Algumas se movem pelo coração, pois para essas é muito mais fácil, andam muito mais rápidas; outras se movem pela razão e pelo entendimento, de maneira mais fácil e outras se movem pela vontade, em que a prática e a
ação é muito mais fácil também

- Cada um tem um jeito de ver a vida e de se perceber nela, pois o que para um a fé é uma dificuldade enorme, para outros é uma dificuldade tremenda

- Não que a fé não seja boa para todos, porque todos precisam dela, mas para alguns ela
não é só bom, porém uma forma de caminhar e isso ajuda profundamente o caminho delas


10.2 – Como ouvir as pessoas sem que ao final do dia fiquemos emocionalmente   
equilibrado?

- Se eu ainda não consigo lidar com as minhas emoções, e nunca ouvi elas e meus senti-
  mentos, eu não tenho como escutar o outro

- Somos adultos intelectualmente, mas crianças emocionalmente

- Se não dermos a oportunidade de crescimento emocional fica muito difícil sustentar a
 emoção dos outros

- Se eu tenho boa vontade e escuto o outro, não me colocando dentro dele, eu o escuto
 aberto, sensível

- Ser sensível a dor do outro é diferente de eu me envolver e me tornar cúmplice dele.
 Temos que ser sensível a dor do outro, mas ter sempre a clareza interna de que a dor dele
 é a dor dele, ao passo que a minha dor é a minha dor.

- Não tome o problema do outro para você. Escute, sendo sensível, mas não, necessária-
 mente, tomar para si a dor dele

10.3 – Como definir minha dor? E quando estou em martírio?

- As vezes estou numa dor e tenho pena de mim mesmo. O martírio é quando eu entro na
culpa, quando entro numa baixa estima, e quando eu começo a remoer uma coisa que não
está dando certo, quando eu começo a ter pena de mim mesmo

- Isso é uma dica que eu não estou só na dor, na dor do crescimento

- A dor do crescimento liberta, move a gente pra frente, enquanto a dor do martírio prende
nos no mesmo lugar, estagna, ficamos imóvel

- A dor do crescimento dói, mas andamos, seguimos, labutamos, continuamos a vida, não
temos pena de nós mesmo

-Na dor do martírio eu me identifico com a vítima, então eu me agarro nela

10.4 – Após a tentativa de aceitação da conduta humana, aponte caminhos para quebrar
Padrões destrutivos e condutas

- A primeira condição é a aceitação de si mesmo

- Não é fácil, mas realmente quando começo a me aceitar como ser humano, começo a ter mais vitalidade, a ter mais luz interna, a ter mais contato comigo mesmo

- Quando não me aceito, entro em guerra comigo mesmo, eu me desfaço, bloqueio a minha
energia, entro num processo de auto-obsessão
- Quando eu começo a me aceitar, a energia volta, a vida volta, e se eu tenho vida passo
para a segunda fase da reforma íntima, que é começar a ver as minhas distorções, as minhas dificuldades. Por exemplo: Se descubro que sou orgulhoso e não aprendi a aceitar
ainda, isso vai ser um caos, vou entrar em depressão, vou ficar mal

- Temos que ter o cuidado de saber que esses padrões existem e nós teremos que trabalhar um por um, e são muitos, e que pra que possamos olhá-los, temos que ter um mínimo de
aceitação própria, porque ao olharmos essas dificuldades, vamos entrar com o “Tirano interno”, com o “cobrador” e vamos aproveitar aquela percepção contra nós mesmos

- Quando tomamos consciência das nossas falhas, em vez de ficar aliviado, ficamos mais pesado, porque estamos deixando atuar um lado opressor, cobrador e exigente de nós mesmos

- Nós aceitamos as falhas genéricas, por exemplo : “eu sou Espírito endividado, eu sou egoísta, orgulhoso”, porém quando falo de uma falha específica, com ; “eu sou autoritário
como dirigente espírita”, aí dói bastante

10.5 – Como sentir medo sem sentir insegurança?

- O que  mais nos prende na distorção e na infelicidade, é o medo das nossas falhas, temos medo de errar, medo de fracassar, medo de ousar

- As vezes, a situação está péssima, ruim, vale a pena sustentar. Entretanto, as vezes a
situação está mais destrutiva do que algo que a gente pode prender e nos agarramos não
por uma questão ética ou moral, mas por medo














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