O MEDO - 02
1 - LIVRO - “CULTIVO
DAS EMOÇÕES (Marlon Reikdal)
1.1 - O MEDO
- O medo é a primeira emoção em termos de desenvolvimento
humano, uma energia de preservação, absolutamente necessária à nossa
sobrevivência
1.2 - DEFININDO O
MEDO
- Em uma análise do processo antropossociopsicológico, Joanna
de Ângelis apresenta um breve histórico do lento desenvolvimento do psiquismo
humano por meio das sucessivas experiências carnais
- Desde a vida na floresta, onde tudo se apresentava
agressivo, até a conquista do pensamento lógico, o homem ainda não conseguiu
superar os automatismos a que se encontra fixado, para melhor agir, em vez de
reagir
- Nesse estudo, ela nos apresenta o medo como a primeira
emoção, acompanhando as sensações primárias dos prazeres da alimentação, do
repouso e do sexo, que se transferiu, de geração em geração, até os nossos
dias, nas variantes de receio, pavor e fobias
1.3 - COMPREENDENDO O
MEDO
- Na obra “O Despertar do Espírito”, Joanna de Ângelis
elenca, além do medo das ocorrências imprevistas, devido à necessidade de
segurança decorrente do instinto de conservação, outros medos como resultado de
transtornos psicológicos, de atavismos ancestrais, de ansiedades mal contidas e
de convivências perturbadoras
- Ela explica que a forma como o mesmo é sentido ou
compreendido pelo indivíduo, que se torna o fator desencadeador do medo
- Em “Diretrizes para o Êxito”, encontramos seis tipos
básicos de medo : da morte, da velhice, da doença, da pobreza, da crítica e da
perda de um afeto, afirmando que todos eles decorrem da insegurança pessoal
decorrente dos conflitos passados que deram lugar a transtornos de significado
especial
- Além disso, teoriza que a presença desses medos no
indivíduo centraliza-se na incerteza mantida em torno do fenômeno da morte
- Ela estabelece fatores endógenos e exógenos que respondem
pela presença do medo
- Nos primeiros, estão envolvidos os comportamentos infelizes
de reencarnações anteriores, impressos no períspirito. Este, por sua vez,
instala no inconsciente profundo as matrizes do receio de ser identificado,
descoberto como autor dos danos produzidos em outrem e que procurou ignorá-los
mascarando-se de inocente
- Nos fatores exógenos, estão elencadas as atitudes
educacionais no lar, os relacionamentos familiares agressivos, o desrespeito
pela identidade infantil e as narrativas apavorantes nas quais comprazem certos
adultos
- Classificamos os medos em dois grupos : os impulsionados
pelo instinto de sobrevivência e os impulsionados pelo ego adoecido
- O medo enquanto energia não é negativo, pois ele atua em
favor de nossa preservação, impondo paradas, recuos, nos fazendo escolher
sempre pela alternativa de menor risco
- Mas o segundo grupo retrata uma tentativa de preservação do
ego adoecido que teme sucumbir, perder o reinado, ser descoberto como
imperfeito que é
- Interessante é que o medo impulsionado pelo ego adoecido
nos assola como se estivéssemos de fato correndo o risco de morte, não de uma
morte física, e sim da vida ilusória do ego
- Quando somos convidados a orar em público, vivemos um
estado de inquietude que realmente nos dá a sensação de termos sido “atirados
aos leões”, embora estejamos entre amigos na instituição religiosa. Embora seja
um impulso de autopreservação, é adoecido, afinal, ninguém corre o risco de
vida por orar entre irmãos de uma mesma comunidade
1.4 - FAZENDO A PODA
- Para discernimos quando é necessário um estímulo ao
crescimento (medo impulsionado pelo instinto de sobrevivência) ou à “poda”
(medo impulsionado pelo ego adoecido), precisamos aprender a nos perguntar : “O
que está em jogo ali?”; “O que está em risco?” Assim chegamos de fato à questão
do ego adoecido, que se sente numa berlinda entre preservar-se para se manter
enaltecido e exaltado, ou correr o riso de ser “derrotado”, “desmascarado”,
“descentralizado”
- Ao fazermos a oração, podemos pensar : “E se eu errar?”, “E
se eu esquecer parte da oração?”, “E se minha oração não for bonita?”, “E se eu
falar baixo demais e ninguém escutar?”
- Certamente, todas essa situações em que sentimos medo não
são impulsionadas pelo “instinto de sobrevivência”. O “Ego Adoecido”, por
interpretar essas supostas falhas como verdadeira morte da sua supremacia,
reage com medo de descobrirem não ser tão bom quanto deseja aparentar, nem tão
maravilhoso como alguns acreditam, nem tão equilibrados quanto tenta mostrar
- A sensação que o “Ego Adoecido” vive, em algumas vezes,
parece mais dolorosa do que a imposição de sofrimentos ao corpo, e, além disso,
é verdadeiro impedimento ao desenvolvimento divino
- Vivemos inúmeras situações em que as inseguranças
impulsionadas pelo “Ego Adoecido”, pelo excesso de si mesmo, estão presentes e
não percebemos quantos prejuízos isso nos impõe
- Não enxergamos o quanto deixamos de oferecer ao mundo, o
que temos de melhor quando não falamos às pessoas quão importantes são em
nossas vidas ou o quanto as amamos, por temor de sermos rejeitados. Esse
comportamento produz uma falência em nossa alma, afinal, a vivência dos bons
sentimentos nos alimenta e nos fortalece
- Temos preocupação de nos entregar, pois o “Ego Imaturo”
busca garantias descabidas para não sofrer, como se isso fosse possível em um
mundo inferior como o nosso
- Ambicionamos a recompensa, o reconhecimento, o acolhimento,
sem correr o risco da rejeição ou do mau entendimento, pois queremos retornos
antes mesmo de fazer investimentos
- Vivemos em uma sociedade carente, em que desejamos nos
sentir amados, aguardando alguém que nos faça sentir especiais, esquecendo que
o que nos faz sentir preenchidos e satisfeitos não está ligado ao quanto somos
amados, mas sim ao quanto amamos, e adentramos um ciclo pernicioso, onde quanto
menos oferecemos nosso amor, aguardando os outros, menos nos sentimos amados
- O Ego doente pela excentricidade fica refém do mundo
exterior que lhe dá um suposto sentido e uma sensação de valor, andando cambaleante
entre o pavor de expressar seus aspectos positivos e sofrer, seja pela
rejeição, pelo abandono ou pela frustração, e o de exprimir seus aspectos
negativos e viver as mesmas experiências de rejeição, abandono e frustração
- E, por estar numa fase de imaturidade, em vez de enfrentar
essa emoção para descobrir seu verdadeiro valor, esconde-se sob o pretexto da
timidez, da simplicidade, da humildade, da introversão
- Temos medo de pedir desculpas, ou perdão e não sermos
atendidos; de nos voluntariarmos para algum trabalho e não darmos conta ou
decepcionarmos os outros; de nos declararmos Espíritas e não sermos
compreendidos
- Temos certeza que seremos rejeitados por sermos quem somos
além das aparências, e por isso criamos máscaras que não condizem com nossa
intimidade. Também, obviamente, por não expormos nosso lado frágil, deixamos de
receber o acolhimento, o aconchego e a amorosidade que desejamos
- Ficamos ansiosos na realização de uma oração em público, de
uma palestra ou da coordenação de uma atividade. Isso revela quanto ainda somos
movidos pelo “Ego Adoecido” que está mais preocupado com seu desempenho e a
avaliação do mundo, receando ser criticado ou condenado, do que com a atenção e
a entrega à tarefa em si
1.5 - DESCENDO DO TOPO
- Esses medos são danosos porque revelam que nos colocamos
num lugar mais alto do que de fato estamos, e temos medo de abdicar dessa
ilusão de quem não erra, de perfeição, de ser dono do saber, de ser amado por
todos, mas essa pessoa não existe, por isso, dizemos que o Ego está adoecido,
afinal, recusa-se a aceitar seu verdadeiro lugar de impermanência e
insignificância no mundo
- A perspectiva do cultivo das emoções não pressupõe
enfrentamento e exposição imediata, impositiva e impensada, como alguém que se
livra de um problema
- Quando cultivamos essa emoção adequadamente, não damos
espaço para que as preocupações ligadas à sobrevivência do “Ego Adoecido” sejam
alimentadas, do mesmo jeito as plantas indesejadas no jardim
- Se não for cuidado, como o jardineiro que abandona sua
tarefa, ele tomará conta do canteiro, gerando destruição. Porém não devemos
ataca-lo sem critérios, a golpes desgovernados de foices, sob o risco de
decepá-lo e nos expormos demasiadamente, gerando traumas e dores profundas que
seriam desnecessárias
- Precisamos mostrar para nós mesmos, gentilmente, que as
situações de exposição às quais o medo nos paralisa, mais que barreiras e
possibilidades de aniquilação da aparência, são oportunidades de crescimento
interior e de realização divina
- Quando somos dominados por esse “Ego Adoecido”, por medo de
perder o falso predomínio, deixamos de cumprir com nossas responsabilidades
mais profundas perante Deus, abandonando nossos propósitos divinos e, por fim,
destruímos nosso sentido existencial
- Confiar no Pai e se entregar às experiências e convites da
vida é o método mais seguro para a transformação moral. Por isso Joanna de
Ângelis seja tão direta : “A mais excelente terapia contra o medo e a ansiedade
é a irrestrita confiança em Deus, que criou a vida com objetivos elevados
2 - LIVRO : “REFLETINDO A ALMA (Núcleo de Estudos
psicológicos Joanna de Ângelis)
- Joanna de Ângelis no livro “Diretrizes para o Êxito”,
relaciona seis tipos básicos de medo : o medo da morte, da velhice, da doença,
da pobreza, da crítica e da perda de afeto profundo
- Ela afirma que todos eles decorrem da insegurança pessoal
remanescentes dos conflitos originados em comportamentos infelizes que deram
lugar a transtornos de significado especial
- No medo também pode haver a
interferência do EGO desajustado, tornando essa emoção prejudicial
- O medo pode ser positivo e necessário
quando se refere à sobrevivência do ser, sendo útil quando nos alerta de
cuidados que devemos tomar, de precauções em determinadas situações, a ponto de
algumas pessoas o descreverem como um sexto sentido
- No entanto, queremos nos referir a um medo que não está ligado
à sobre vivência do ser, e sim à sobrevivência do EGO. Por exemplo : O medo
de falar em público, que, obviamente não está correndo o risco de vida,
principalmente se estiver num ambiente familiar como a Casa Espírita; o medo
de fazer uma prece ou uma leitura; medo de expressar seu afeto; medo
de pedir desculpas, perdão; medo de amar e não ser
correspondido; medo de tentar e não lograr; o medo de ser rejeitado
- A necessidade imperiosa de sobrevivência do EGO
criam uma barreira impeditiva do desenvolvimento das potencialidades
- Toda vez que o EGO se expande ou toma conta do sujeito,
toda vez que determina o comportamento do homem e age por si mesmo apenas em
função do seu prazer, impede que a parte divina existente em nós se manifeste,
ou seja, impede que o SELF nos conduza ao equilíbrio, à
autorrealização
3 - LIVRO : “MEDO - A FRAUDE QUE NOS APRISIONA (Josué Douglas
Rodrigues)
3.1 - ORIGEM DO MEDO
- A morte e, por conseguinte, a hipótese
da imortalidade, ocupou e ocupa sempre um dos lugares na mente das criaturas
humanas, de forma indistinta, desde os primórdios da história humana
- O desconhecido e as incertezas, por sua própria natureza
oculta, já trazem, muitas vezes, o medo e, como vimos, a morte
sempre esteve cercada de fantasias e mistérios, encontrando-se nela, a origem
de quase todos nossos medos
- Por exemplo : o ato de caminhar sozinho, em meio à mata
escura, provoca medo porque, em última instância, traz consigo a possibilidade
de perdermos a vida de alguma forma
- Mais adiante, veremos que o medo da velhice, e
consequente rejeição que a mesma pode acarretar, assim como o medo
de sermos obrigados a viver sem recursos materiais, o que na sociedade moderna
se traduz por pobreza, as fobias, em geral, e os mecanismos de defesa do EGO,
encontram-se, todos, ancorados em nosso inconsciente e nele vinculados ao medo
da morte
- Tipos de incertezas contidas na morte e que causam medo
(1) Possibilidade de cairmos na inexistência total
(2) Possibilidade de continuarmos a existir, de alguma
maneira, mas abrindo mão de nossa individualidade, diluindo-nos em pó do
universo
(3) Ficarmos privados de tudo aquilo que nos dá prazer, de
nossos afetos
(4) Possibilidade de continuarmos a existir de alguma
maneira, mas num local ou num estado de sofrimento temporário ou eterno, como
forma de punição
(5) Possibilidade de sentirmos dor ou de termos que enfrentar
sofrimentos físicos no momento da morte
- O temor provocado pela morte não é somente o temor de nossa
própria morte, mas da morte de nossos entes queridos
- Verificamos a presença da morte por trás dos medos
humanos, e podemos perceber que isso ocorre na medida em que consideramos a
morte como um final ou uma interrupção brusca em tudo o que nós (ou nossos
entes queridos) somos
4 - LIVRO : “EMOÇÕES QUE CURAM” (Ermance Dufaux, psicografia
de Wanderlei Soares de Oliveira”
CAP 5 - MEDOS INDICADORES DE CRENÇAS LIMITADORAS
- Uma longa trajetória na possessividade gerou na nossa mente
o reflexo do apego a crenças ilusórias de grandeza e importância pessoal
- Sair desse patamar interno de acreditar sermos maior do que
realmente somos e ter de assumir nossa verdadeira estatura espiritual pode
tornar-se uma travessia de dores e conflitos amargos
- O desapego às nossas convicções pode
ser comparado à delicada cirurgia na intimidade da alma e traz como principal
consequência o medo, sobretudo o medo de perder quem achávamos que
éramos, de perder personalidades ilusórias repletas de verdades falsas sobre a
vida e sobre o viver
- Sob uma perspectiva transpessoal, o medo é um excelente
indicador de que existe algo a ser descoberto, enfrentado e transformado em
nós, sendo um sentimento mobilizador cuja função no cosmo emocional é proteger
e também instigar atitudes diante de pressões ou ameaças
- Sendo o medo uma reação natural e
necessária, aquilo que fazemos com ele é que pode se tornar um problema
- Entre as certezas que mais necessitam de reciclagem e que
podem acionar o medo com intensidade estão as chamadas crenças de identidade,
isto é, aquelas que criam uma percepção do valor e da estima pessoal
- São as que mais sofrimentos têm causado ao ser humano,
pois, sob gerência de padrões de desvalor e de não merecimento, os
sentimentos e pensamentos aprisionam a vida psíquica e emocional no estado de baixa
autoestima
- A baixa autoestima é um processo
psíquico automático reforçado no período da infância, mas que, na maioria dos
Espíritos reencarnados na Terra, é um diagnóstico construído ao longo de
milênios
- Esse estado psíquico e emocional de desamor em relação a si
mesmo é um efeito desse apego milenar ao comportamento egoísta
- A necessidade compulsiva de elaborar um autoconceito
superdimensionado de nós mesmos terminou por trazer um efeito contrário,
levando-nos a essa sensação de menos valia e vazio interior
- O medo surge exatamente quando
assumimos nossas necessidades e tomamos contato com o sombrio dentro de nós,
quando reconhecemos as nossas reais e profundas necessidades de buscar a
realidade e abandonar essas máscaras tóxicas, que já não servem
mais para o prazer e para a realização pessoal
- Desapagar-se das crenças que estruturavam um edifício
de ilusões é o mesmo que navegar por um mar revolto, sem rota, sem farol e sem
direção
- Para tornar esse caminhar menos doloroso e mais consciente,
será necessária a descoberta de quais crenças nossos medos indicam
- Cada medo pode ser um indício daquilo que devemos reciclar
(1) No medo de sofrer, pode estar enraizado
a crença
de que não merecemos o prazer
(2) No medo de aproveitar as boas coisas da
vida, pode estar gravada a crença de que a vida só tem valor
legítimo quando as conquistas vêm pela dor e pelo sacrifício
(3) O medo de experimentar romper seus
limites, pode abrigar-se a crença do castigo para quem não se
conduz conforme os padrões
(4) No medo de errar, camufla-se a crença
da incompetência ou do perfeccionismo
(5) No medo do desamparo, costuma-se
esconder a crença de que o amor alheio é mais importante do que o autoamor
(6) No medo de estabelecer limites, quase
sempre está a crença em nossa infalibilidade
(7) No medo de nossa fragilidade,
abriga-se a crença de que temos de dar conta de tudo
(8) O medo de perder pode trazer embutida
a crença de que somos culpados pelas conquistas que fazemos
(9) No medo de ser quem somos, quase sempre
está a crença de que ser diferente é um mal
- O medo assalta o homem, empurrando-o
para a violência irracional ou amargurando-o em profundos abismos de depressão
- Encarcerando-se, cada vez mais, nos receios justificáveis
do relacionamento instável com as demais pessoas, surgem as ilhas individuais e
grupais para onde fogem os indivíduos, na expectativa de equilibrarem-se,
assumindo, sem darem-se conta, um comportamento alienado, que termina por
apresentar-se igualmente patológico
- Essas precauções para resguardar-se, poupar a família aos
dissabores dos delinquentes, fazem o homem emparedar-se no lar ou aglomerar-se
em clubes com pessoal selecionado, perdendo a identidade em relação a si mesmo,
ao seu próximo
- A nova geração perdeu a confiança nas afirmações do passado
e deseja viver novas experiências ao preço da alucinação, como forma escapista
de superar as pressões que sofre, impondo diferentes experiências
- Na luta furiosa, as festas ruidosas, as extravagâncias de
conduta, os desperdícios de moedas e o exibicionismo com que algumas pessoas
pensam vencer os medos íntimos, são atitudes patológicas decorrentes da
fragilidade emocional para enfrentar os desafios externos e internos
- A anarquia então impera, numa volúpia destrutiva, tentando
apagar as memórias do ontem, enquanto implantam a tirania do desconcerto
- Os seus vultos expressivos são imaturos e alucinados, em
cuja rebelião pairam o oportunismo e a avidez. Procedentes dos guetos morais,
querem reverter a ordem que os apavora, revolucionando com atrevimento, face ao
insólito (não se adapta às regras), o comportamento vigente
- O excesso de tecnicismo com a correspondente ausência de
solidariedade humana produziram a avalanche dos receios
- A superpopulação
tomando os espaços e a tecnologia reduzindo as distâncias arrebataram a
fictícia segurança individual, que os grupos passaram a controlar, e as
consequências da insânia que cresce são imprevistas
- Urge uma revisão de conceitos, uma mudança de conduta, um
reestudo da coragem para a imediata aplicação no organismo social e individual
necrosado
- Todavia, é no cerne do ser, o Espírito, que se encontram as
causas matrizes desse inimigo rude da vida que é o medo
- Os fenômenos fóbicos procedem das experiências
passadas-reencarnações fracassadas- nas quais, a culpa não foi liberada,
face ao crime haver permanecido oculto, ou dissimulado, ou não justiçado,
transferindo-se a consciência faltosa para posterior regularização
- Ocorrências de grande impacto negativo, pavores, urdiduras
(tramas) perversas, homicídios programados com requinte de crueldade, traições
infames sob disfarces de sorrisos, produziram a atual consciência de culpa,
de que padecem muitos atemorizados de hoje, no inter-relacionamento pessoal
- O medo é fator dissolvente na
organização psíquica do homem, predispondo-o, por somatização, a enfermidades
diversas que aguardam correta diagnose e especifica terapêutica
- À medida que a consciência se expande e o indivíduo se
abriga na fé religiosa racional, na certeza da sua imortalidade, ele se
liberta, se agiganta, recupera a identidade e humaniza-se definitivamente,
vencendo o medo e os seus sequazes (integrantes de um grupo) de ontem ou de
agora
6 - DIRETRIZES PARA O ÊXITO (Joanna de Ângelis, Psicografia
de Divaldo Pereira Franco)
- todos os tipos de medo decorrem da insegurança pessoal
remanescente dos conflitos originados em comportamentos infelizes que deram
lugar a transtornos de significado especial
- Não compreendendo a vida como uma realidade constituída por
etapas delineadas com firmeza no corpo somático e fora dele, o indivíduo vê na
conjuntura material a única realidade, sem a qual tudo é desconhecido ou
impossível de existir
- Experimentando as sensações com imenso agrado, as emoções
que o visitam ainda são decorrentes dos prazeres a que se entrega, qual fosse a
existência um banquete sem fim
- Graças a essa contextura, aquele indivíduo que não se firma
em conceituação imortalista, aquela que demonstra a perenidade, a infinitude da
vida, faculta-se a instalação do medo nos sentimentos, essencialmente
o da morte, da interrupção do gozo carnal
- Detivesse-se o ser humano a meditar em torno do processos
existencial e sua colocação no universo, e compreenderia que, pelo fato de existir,
a sua não pode ter sido a origem no acaso e a sua não é a finalidade de
extinção
- Nesse contexto, o sentimento de amor é-lhe imanente e,
desdobrado, transforma-se em vigorosa capacidade para cultivar a esperança e
superar-se, bem como a fé para o conseguir
- A autoconfiança é-lhe o passo
imediato, abrindo-lhe perspectivas formosas para a conquista da anelada
plenitude
- A interferência dos medos básicos no indivíduo
centraliza-se na incerteza mantida em torno do fenômeno da morte, do que ocorre
depois da disjunção molecular, da sobrevivência ou não
- A fatalidade do ser é atingir a harmonia completa na
imortalidade de que se encontra investido
- A dúvida a esse respeito, a negação dessa realidade
facultam-lhe o elenco (lista) proporcionador de outras expressões fóbicas, como
o receio
da velhice inevitável, caso não ocorra antes a desencarnação
- O medo das doenças encontra-se também
enraizado na mesma reflexão de que elas conduzem à morte, assim produzindo o
terrível conflito
- O número de jovens saudáveis que morrem a cada momento é
muito grande, especialmente nas metrópoles , vitimados pela imprevidência e
precipitação, pela imaturidade e desequilíbrio comportamental
- Ainda na mesma área de incorreta reflexão, surge o medo
da pobreza, respaldando-se no conceito de que o dinheiro compra a saúde e quase
confere a imortalidade, pensando-se que a falta de recursos econômicos abrevia
a existência física, em razão de não se dispor dos meios hábeis para atender os fenômenos
desgastantes e fatais das enfermidades
- O anseio por conseguir o respeito da família e da
comunidade onde se movimenta, e as dificuldades para permanecer irretocável
ensejam espaços emocionais para recear a agressão inevitável da crítica pertinaz
- Por fim, o medo de perder um afeto legítimo
constitui fator de desarmonia ainda resultante da desestruturação emocional
- E os medos multiplicam-se, especialmente
na atualidade, em razão da insegurança que campeia em todos os setores do
comportamento, proporcionando o receio de perder-se o emprego, o pavor da
agressividade e da violência urbana, a angústia da destruição provocada pelas
guerras, pelas calamidades sísmicas, pelos acidentes de vária ordem, a
incerteza quanto às amizades reais e incompreensão generalizada mediante essas
múltiplas ameaças
- Com Jesus, no entanto, adquire-se a segurança para
vencer-se quaisquer tipos de
enfrentamento, em particular, os diversos medos, já que a comunhão com Ele
proporciona autoconfiança
- Em face dos Seus ensinamentos, o medo da morte e de todos
os seus sequazes desaparece, tendo em vista a Sua conclamação, ao asseverar que
todo aquele que nEle crê, mesmo morrendo viverá em clima de felicidade, embora
os outros também, os que não creiam, viverão em outro clima emocional
- Medita nEle, nas Suas palavras e ações, descobrindo que o medo é transtorno, distúrbio momentâneo
que cederá passo à autoconfiança e à paz que defluem da irrestrita entrega
ao Bem a ao Amor
7 - LIVRO: “ AS DORES DA ALMA” (Hammed, psicografia de
Francisco do Espírito Santo Neto)
- O resultado do medo em nossas vidas, será a perda
do nosso poder de pensar e agir com espontaneidade, pois quem decidirá como e
quando devemos atuar será a atmosfera do temor que nos envolve
- Ancorados pelo receio e pela desconfiança, criamos
resistências, obstáculos e tropeços que nos impedem de avançar, passando,
então, a não viver novas experiências, não receber novos pensamentos e não
fazer novas amizades, estacionando e dificultando nossa caminhada e progresso
íntimo
- Modela e forma a nossa Sombra tudo aquilo que nós não admitimos ser, tudo o que não queremos
descobrir dentro de nós, tudo o que não queremos experimentar e tudo o que não
reconhecemos como verdadeiro em nossa próprio caráter
- Sombra é um conceito Junguiano para designar a soma dos lados
rejeitados da realidade que a criatura não quer admitir ou ver em si mesma,
permanecendo, portanto, esquecidos nas profundezas da intimidade
- Por medo de sermos vistos como somos,
nossas relações ficam limitadas a um nível superficial, resguardando-nos e
fechando-nos intimamente para sentir-nos emocionalmente seguros
- As coisas ignoradas geram mais medo do que as
conhecidas, pois recusar-se a aceitar a diversidade de emoções e sentimentos de
nosso mundo interior nos levará a viver sem o controle de nossa existência, sem
ter nas mãos as rédeas de nosso destino
- Muitas criaturas têm medo de si mesmas. Desvendar,
gradativamente, nossa “geografia interna”, nosso próprio padrão de carências e
medos, proporciona-nos uma base sólida de auto-confiança
- O ato de arrependimento nada mais é do que
perceber nosso lado inadequado, podendo ser visto como a nossa tomada de
consciência de certos elementos que negávamos, projetando-os para fora ou
reprimindo-os em nossa sombra
- O ato de arrependimento é um antídoto contra o medo. Quem
se arrependeu é porque examinou suas profundezas e descobriu que seus desejos e
tendências nada mais são a todos os seres humanos que impulsos comuns, e também
porque aprendeu que é simplesmente humano, falível e nem melhor nem pior do que
os outros
- As manifestações decorrentes de nossa “Sombra” são
projetadas por nós mesmos de forma anônima no mundo, sob o pretexto de que
somos vítimas, porque temos medo de descobrir em nós a verdadeira fonte dos
males que nos alcançam no dia-a-dia
- Os chamados “tiques nervosos” nada mais são do
que impulsos compulsivos de atos ou a contração repetitiva de certos músculos,
desenvolvidas de forma inconsciente, para não tomarmos consciência dos
conteúdos emocionais que reprimimos em nossa Sombra
- Os “tiques” são compulsões motoras para
aliviar emoções e funcionam como verdadeiros “tapumes energéticos” para conter
sentimentos emergentes
- A técnica funciona da seguinte maneira : enquanto o
indivíduo se distrai com o tique, não deixa vir à consciência
o que reprimiu, por considerá-lo feio e pecaminoso
- O somatório dessas emoções negadas nos causa medos
inexplicáveis que nos oprimem, afastando-nos do verdadeiro
arrependimento e prejudicando o nosso crescimento interior
- O medo indefinido provém da repressão de impulsos
considerados inaceitáveis que existem dentro de nós, da ausência de contrição
(arrependimento) de nossas faltas, da não admissão de nossos erros, descompensando
nosso corpo energeticamente com o peso dos fardos do temor e do pânico
8.1 - PSICOPATOLOGIA DO MEDO
- Os erros e crimes praticados durante a fase inicial de
conquista da razão e do discernimento, em fase do despertar da consciência,
ressumam (surgem) dos arquivos profundos do Self e reaparecem na
personalidade com imposição constrangedora, tornando-se inevitável a instalação
mortificadora da consciência de culpa que, inconscientemente, induz
ao medo
- Trata-se de medo absurdo, tornando-se, não raro,
uma patologia que pode desencadear síndromes do pânico ou transtornos
depressivos graves
- Fatores endógenos e exógenos que respondem pela presença do
medo
- No primeiro caso, os comportamentos infelizes de
reencarnações anteriores imprimem-no nos refolhos do períspirito que, por sua
vez, instala no inconsciente profundo as matrizes do receio de ser
identificado, descoberto como autor dos danos que foram produzidos noutrem e
procurou ignorar, mascarando-se de inocente
- Nesse sentido, podemos incluir as perturbações de natureza
espiritual, em forma de sutis obsessões, consequências daqueles atos inditosos
que ficaram sem regularização no passado
- No segundo caso, as atitudes educacionais no lar, os relacionamentos
familiares agressivos, o desrespeito pela identidade infantil, as narrativas
apavorantes nas quais muitos adultos se comprazem atemorizando as crianças, os
comportamentos agressivos das pessoas desenvolvem medos que adquirem volume à
medida que o crescimento mental e emocional amplia a capacidade de conduta do
educando
- Grande parte da mídia (lixo) que se compraz em exaltar o
esdrúxulo (anormal), o agressivo ao contexto social, o crime, contribui para a
alucinação de alguns enfermos perversos que se sentem estimulados à prática de
arbitrariedades, assim como desenvolve o medo da convivência, do relacionamento
com outros indivíduos, sempre vistos como futuros agressores
8.2 - ERRADICAÇÃO DO MEDO
- A consciência de que se é portador do medo e se está disposto a
enfrentar-lhe as nuanças e manifestações, apresenta-se como um passo inicial de
excelentes resultados
- A grande terapia para todos os tipos de medo
é a do amor. O amor a si mesmo, ao seu próximo e a
Deus
- O amor a si mesmo considerando a
utilidade da existência e o que a vida espera de cada um.
- O amor ao próximo expressa-se mediante
o qual a vida adquire sentido e o relacionamento se vitaliza, porque centrado
no interesse pelo bem-estar do outro, irradia-se bondade e ternura em seu
benefício, sem o propósito negocista de receber-se compensação
O amor é o antídoto eficaz
para a superação do medo e a sua consequente eliminação, pois quando ama, o ser
enriquece-se de coragem
- Em face disso, a escolha é de cada um : o medo
ou ao amor, já que os dois não convivem no mesmo espaço emocional,
pois sempre que o medo permaneça, mais medo se acumula
9 - LIVRO : “ O SER CONSCIENTE (Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco)
MEDO E MORTE
- Os mecanismos de evasão do EGO mascaram a realidade
do SELF,
normalmente receoso de emergir e predominar, o que é a sua fatalidade
- São inumeráveis os fatores preponderantes como
predisponentes nas psicopatologias do medo, responsáveis por estados
lamentáveis na criatura humana
- Insinua-se o medo de forma sutil, aparentemente
lógica, tomando conta das paisagens da psique, como insegurança tormentosa
povoada de pesadelos hórridos (horrorosos), que levam a alucinação e impulsos
incontroláveis de fuga até mediante o concurso da morte
- Na psicogênese, porém, dos estados fóbicos em geral, não se
pode descartar a anterioridade existencial do ser, em Espírito, peregrino que é
de inumeráveis reencarnações, cuja história traz escrita nas tecelagens
intricadas da própria estrutura espiritual
- Comportamentos irregulares, atividades lesadoras, ações
perversas ocultas que não foram desveladas, inscrevem-se na consciência
profunda como necessidade de reparação, que ressurgem desde a nova concepção,
quando ocorrem os fatores que os despertam, permitindo-lhes a imersão do
inconsciente, e passam a trabalhar o ser real, levando-o da insegurança inicial
ao medo perturbador
- O autodescobrimento é a terapia
salutar para que sejam identificadas as causas geradoras e, ao mesmo tempo, a
conscientização de quais recursos se pode utilizar para a liberação
- Ao lado das terapias acadêmicas, conforme a etiopatogenia
(estudo das causa das doenças) do medo em cada criatura, a renovação
pessoal pelo otimismo, a autoestima, o hábito das ideações (criar ideias)
elevadas, da oração, da meditação, constituem eficientes recursos curativos
para o auto-encontro, a paz interior
- Entre as várias expressões de medo ressalta o da morte,
herança atávica (passada) dos arquétipos ancestrais, das religiões castradoras
e temerárias, dos cultos bárbaros, das conjunturas do desconhecido, das imagens
mitológicas que desempenharam no tecido social as impressões do temor, das punições
eternas para as consciências culpadas, dos horrores inomináveis que o ser humano não tem condições de digerir
10 - LIVRO : “AMOR, IMBATÍVEL AMOR” ( Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco )
MEDO DE AMAR
- Como o amor constitui um grande desafio
para o SELF, o indivíduo enfermiço, de conduta transtornada, inquieto,
ambicioso, vítima do egotismo(exacerbação do Ego), evita
amar, a fim de não se desequipar dos instrumentos nos quais oculta a debilidade
afetiva, agredindo ou escamoteando-se em disfarces variados
- O amor é mecanismo de libertação do
ser, mediante o qual todos os revestimentos da aparência cedem lugar ao Si
Profundo, despido dos atavios (enfeites) físicos e mentais, sob o qual o EGO
se esconde
- O medo de amar é muito maior do que
parece no organismo social
- As criaturas vitimadas pelas ambições imediatistas,
negociam o prazer que denominam como amor ou impõem-se ser amadas,
como se tal conquista fosse resultado de determinados condicionamentos ou
exigências, que sempre resultam em fracasso
- O amor está presente no relacionamento
existente entre pais e filhos, amigos e
irmãos, mas também, se expressa no sentimento do prazer, imediato ou que venha
a acontecer mais tarde, em forma de bem-estar
- Não se pode dissociar o amor desse mecanismo do prazer mais
elevado, mediato, aquele que não atormenta nem exige, mas surge como resposta
emergente do próprio ato de amar
- Quando o amor se instala no ser humano, de
imediato uma sensação
de prazer se lhe apresenta natural,
enriquecendo-o de vitalidade e de alegria com as quais adquire resistência para
a luta e para os grandes desafios, aureolado de ternura e de paz
- No medo de amar, estão definidos os
traumas de infância, cujos reflexos se apresentam em relação às demais pessoas
como projeções dos tormentos sofridos naquele período, podendo, também,
resultar de insatisfação pessoal, em conflito de comportamento por imaturidade
psicológica, ou reminiscência de sofrimentos, ou nos seus usos indevidos em
reencarnações transatas (passadas)
- Quando se é carente, essa necessidade torna-se tormentosa,
deixando de expressar o amor real pata tornar-se desejo de
prazer imediato, consumidor
- Se for estabelecida uma dependência emocional, logo o amor
se transforma e torna-se um tipo de ansiedade que se confunde com o verdadeiro
sentimento
- Eis porque, muitas vezes, quando alguém diz com aflição “eu
amo”,
está tentando dizer “eu necessito de você”, que são sentimentos muito
diferentes
- O medo de amar também tem origem no
receio de não merecer ser amado, o que constitui um complexo
de inferioridade
- O medo, pois, de amar, pelo receio de manter um compromisso
sério, deve ser substituído pela busca da afetividade, que se inicia na amizade
e termina no amor pleno
- Tal sentimento é agradável pela oportunidade de
expandir-se, ampliando os horizontes de quem deseja amigos e torna-se
companheiro, desenvolvendo a emoção do prazer pelo relacionamento
desinteressado, que se vai alterando até se transformar em amor legítimo
- Indispensável, portanto, superar o conflito do medo de
amar, iniciando-se no esforço de afeiçoar-se a outrem, não gerando dependência,
nem impondo condições