terça-feira, 28 de setembro de 2010

Livro "Laços de afeto"

                                                           LIVRO  “ LAÇOS DE AFETO”
(ERMANCE DUFAUX , PSICOGRAFIA DE WANDERLEI SOARES DE OLIVEIRA)


1 - APRESENTAÇÃO : ( Helena Antipoff )

- Laços de afeto deflagra uma série que carinhosamente intitulamos “Harmonia Interior”, cujo
objetivo é enfatizar particularidades contidas dentro do Universo de sabedoria das obras elemen
tares da revelação nova do espiritismo

- Inaugura-se um tempo novo para os roteiros e currículos de aprendizagem assentados nos
Quatro pontos : aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a conhecer, em
Favor de uma educação mais humanitária e centrada em valores e habilidades do homem, assu-
mindo sua verdadeira condição de sujeito de sua jornada de crescimento em direção à felicidade e à paz

2 – PREFÁCIO : O MILÊNIO DE JESUS

- Objetivamos em “Laços de Afeto”, propor a meditação e o estudo conjunto a partir de fatos
colhidos aqui e acolá na faina doutrinária, destacando a importância da afetividade como degrau para autênticas relações de amor e base para a criação de um clima espiritual ideal nas
instituições fraternais do espiritismo

- Sociedades Espíritas fraternas só serão construídas por homens e mulheres mais dóceis e cordi
ais, mais confiantes e afáveis, mais amigos e amáveis

- Sociedades Espíritas afetivas só se concretizam com corações dispostos a amar, e o amor é suscetível de “treino” e educação para a consolidação de uma conduta amorosa, libertadora e
preenchedora

- O centro Espírita, como unidade social do Espiritismo, precisa ser promovido a esse patamar de “escola de afeto Cristão”, a fim de não estancar na superficialidade da proposta do Espírito  Verdade para a humanidade do Terceiro Milênio, onde a afetividade será o centro das esperanças de um tempo melhor e s bússola segura para encontrarmos a felicidade em relacio-
mentos gratificantes e libertadores


3 – PARTE I

A PEDAGOGIA DO AFETO NA EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO



CAP 01 – A PEDAGOGIA DO “SER”  (PAG 27)

- O afeto é uma habilidade que abre largas portas para a entrada do Amor. Diríamos que a
Afetividade é um degrau para o amor, e amar é desenvolver-se para “ser”

- Portanto, a pedagogia do “ser” tem no afeto um de seus principais potenciais didáticos.
Ninguém pode “ser”voltado somente para as sensações, o prazer, a competitividade selvagem,
ou seja essa forma inferior de viver a vida do “homem fisiológico”

- Nossas casas de amor devem fixar-se na função social reeducativa do sentimento para honrar
o título de escola da alma

- Aprender a amar é, pois, a competência essencial que deveria fundamentar quaisquer conteúdos de nossas escolas Espirituais. Aprender a amar o próximo, prender a amar a si,
aprender a amar a Deus

- E como ensinar o amor no Centro Espírita? Contextualizando o conteúdo Espírita abstraindo
o excesso de informações e traze-lo para a realidade de seu grupo, priorizando respostas, solu-
ções, discutindo vivências, refletir, propiciando à criatura externar sonhos, limitações e valores já conquistados, fazendo da sala de estudos espíritas um laboratório de idéias na ampliação da capacidade de pensar com acerto, lógica e bom senso. Isso se chama “Educar”

- Somos convocados para uma mudança de paradigmas urgente nas metodologias pedagógicas
da casa Espírita

- A pedagogia do “ser” inclui os valores da participação, da interatividade, da cooperação. Não
temos outro caminho para arregimentar essas opções didáticas que não seja a formação de equipes, pequenos grupos de amigos voltados para o estudo e o trabalho

- A pedagogia do “ser” prioriza o homem, sua experiência pessoal, o relacionamento humano.
Grupos que se amam e se querem, formando ambientes agradáveis para conviver


CAP 02 – APRENDER A AMAR ( PAG 30 )

- Amar é uma aprendizagem. O amor deve ser entendido como o Sentimento Divino que alcançamos a partir da conscientização de nossa condição de operários na obra universal, um
“estado afetivo de plenitude”, incondicional, imparcial e crescente

- Ninguém ama só de sentir, pois amor verdadeiro é vivido. Sentir é o passo primeiro

- Se nos guardarmos na retaguarda moral e afetiva, esperando que os outros melhorem e se adaptem às nossas expectativas para com eles, a fim de permitirmo-nos amá-los, então, certamente, a noção de gostar que acalentamos é aquela na qual ainda acreditamos que Deus
faculta isso como Dom Divino e natural em nossos corações conforme a sua vontade

- Amor não é empréstimo Divino para o homem e sim aquisição de cada dia na aprendizagem
intensiva de construir relacionamentos propiciadores de felicidade e paz



CAP 03 – PESTALOZZI  E  A EDUCAÇÃO DO CORAÇÃO (Pág 32)

- Pestalozzi definiu a educação como sendo o desenvolvimento harmônico de todas as potencia-
lidades do ser, considerando como elementos básicos no interior da criatura humana a inteligên-
cia o sentimento e a vontade

- Pestalozzi, sem dúvida, foi o educador do amor e a ele devemos o mérito  de estabelecer as
linhas afetivas da educação

- Kardec, como aluno da escola de Yverdon, fundada por pestalozzi, foi influenciado pela ditá-
tica da tríade conhecida mais tarde como “Princípio do Equilíbrio de Potencialidades”, ou seja,
mãos, corações e cabeça em harmonia. Esse desenvolvimento harmônico implica fazer que a
coerência entre pensar, sentir e fazer respondem pelo equilíbrio do ser integral


CAP 04 – KARDEC E A EDUCAÇÃO INTEGRAL

- Evitar o mal não edifica valores. Evitar o mal é contenção e disciplina

- Educação resume-se em transformar impulsos e desenvolver potencialidades. O ato de apenas
conter sem renovar pode levar aos mais sofridos caminhos da radicalização, do fanatismo e de
variadas expressões neuróticas em direção a mais intensas desarmonias da psique

- O ato educativo de amor nas relações que destinem ao crescimento para “ser”. Educar é encontrar respostas para os enigmas do existir, razão pela qual somente amando o outro e a nós
mesmos conseguiremos encontrar tais tesouros da vida

- Chamamos de integral o ato educativo com amor, seja na prática pedagógica ou na vida de
relação social

- A ausência de valores ético-morais dignificadores em nossas vidas sucessivas permitiram as perdas, as paixões, as crises, os traumas, os bloqueios e as traições, ferindo as fibras sensíveis
do perispírito, tendo como reflexos a culpa, o medo, a ansiedade, a frustração, a tristeza, o com-
flito, a insegurança e a indiferença

- A educação do afeto inicia-se pelo estudo perseverante de si no conhecimento dessas manifes-
tacões sombrias do coração, suas raízes, suas armadilhas, suas máscaras. Posteriormente enseja
uma nova forma de viver e “ser” pelo treino da empatia, da alteridade, da assertividade, da
autenticidade

- A fraternidade, expressando a síntese das virtudse cristã, é a meta ética de todo o corpo filosó-
fico e científico do espiritismo




CAP 05 – MATURIDADE AFETIVA

- Conflitos e frustrações, traumas e carências, culpas e ódios, indisciplina e revolta, seja dessa
ou de outras existências carnais são os componentes principais de quem não conseguiu estabili-
zar sua vida emocional e psíquica, sendo essas “feridas do coração” que irão determinar inibi-
coes nas relações afetivas na futura experiência corporal do Espírito

- A cicatrização dessas “feridas do afeto”, que mais não são que o narcizismo proveniente da imaturidade Espiritual em crise de insegurança e auto-piedade, desejando ser amada sem amar, requer o testemunho de aprender a amar a si mesmo e ao próximo incondicionalmente


CAP 06 – EDUCAÇÃO DO AFETO

- Costuma-se asseverar que a distinção entre o homem e o animal é a inteligência. Entretanto,
para nós, o que distingue esses reinos e faz o homem mais apto ante a Criação Divina é a for-
ma de sentir a vida, facultando-lhe melhor possibilidade de utilizar as habilidades e competên-
cias inatas no íntimo, destinando-as à construção do “ser”

- Força descomunal tem o afeto sobre a inteligência dos raciocínios, manifestando a intuição, a fé e a capacidade de escolha com mais sintonia com o bem

- Nos programas doutrinários para a educação do afeto nas relações, destacamos algumas impor
tantes lições a serem estudadas e exercitadas :

(1)   Conhecer os sentimentos
(2)   Adquirir o controle sobre as reações emocionais
(3)   Saber conviver harmoniosamente com os sentimentos maus
(4)   Saber revelar seus sentimentos com assertividade
(5)   Exercitar a sensibilidade
(6)   Expressar o afeto na convivência


CAP 07 – CORROSIVOS DA SENSIBILIDADE

- Existem sulcos psico-emocionais profundos no “aparelho mental” que funciona ativamente como “inibidores do afeto”. Adquiridos em milênios de renitente rebeldia no erro, tais óbices
fazem parte desse desafiante processo auto-educativo nos rumos da aquisição do patrimônio
do amor

- A culpa, a mágoa, o preconceito, a ingratidão, o medo, o azedume e as frustrações são os monturos emocionais mais comuns e corrosivos do sentir Divino, fatores perturbadores, altera-
dores e neutralizadores do funcionamento harmonioso do pulsar emocional

- Outros corrosivos adjacentes e agravadores são os traumas infantis, bloqueios defensivos de vivências pretéritas, doenças endócrinas, distúrbios do humor, estima corporal, relacionamentos
de conveniência, sobrecarga com interesses materiais e competitividade exacerbada, tensões
físicas e emocionais, cansaço, inquietação interior e sentimentalismo. Nenhum deles, porém, é
eterno ou insuperável quando a alma se abre para o autodescobrimento, a disciplina, a ação no bem

CAP 08 – DESENVOLVIMENTO DA SENSIBILIDADE

- O afeto já existe plenamente dinâmico na vida da criatura adulta, portanto, quando utilizamos o termo desenvolvimento aplicamo-lhe mais o sentido reeducativo das relações no burilamento da conduta amorosa

- Nesse prisma, a vida é um convite permanente para aprimorarmos nossa capacidade de sentir através da administração da sensibilidade afetiva

- Antecedendo a espontaneidade nessa tarefa, deveremos nos habituar a olhar o mundo, a natu-
reza, os acontecimentos, as pessoas, sob uma ótica reflexiva, pelas vias da “meditação espontâ
nea”, buscando sempre os “porquês” de tudo, ainda que, em princípio, não tenhamos condições de compreender com profundidade em nossas análises

- Sensibilidade deve ser distinguida de emotividade, comoções sentimentalistas, que, são mani-
festações do afeto comprometido pelos traumas, culpas e frustrações

- A sensibilidade, entendida como recurso de elevação espiritual, sempre ilumina o raciocínio,
levando o homem a lições imarcescíveis e ocultas aos olhos comuns, não habituados e inabilita
dos a enxergar a essência dos fatos

- Na ausência da sensibilidade jamais entenderemos os motivos subjetivos de cada ser, e nessa impossibilidade nos abstemos das preciosas lições evangélicas do perdão, da tolerância e da so
lidariedade, e, sobretudo, da compreensão, sem a qual não lograremos olhar a vida com as lentes da alteridade e do amor. O “essencial é invisível aos olhos”, afirmou o genial Exupéry, o
Pequeno Príncipe


CAP 09 – CENTRO ESPÍRITA E AFETO

- O Centro Espírita pode oportunizar a valorosa e preenchedora experiência do amor auxiliando
o homem na reeducação de suas tendências, no conhecimento de si, no exercício da solidarieda
de material e relacional e na supressão do personalismo, que permitirá o potencial afetivo dirigi
do a realizações nobres e gratificantes.

- Caridade ! o melhor exercício para a sensibilidade

- Na Casa Espírita devemos encontrar esse espaço para “ser”, já que a sociedade, em função do “ter”, vem bloqueando os valores pessoais e as potências da alma

- Grupos sadios não devem ser conduzidos como um “todo uniforme”, passivamente e regidos por diretrizes somente aprovadas pelos seus líderes, guardando semelhanças com as envelhecidas estruturas religiosas

- A pedagogia do afeto é abertura para a riqueza dos sentidos individuais sem o personalismo
dos desejos superiores, dos sonhos de crescimento moral, através dos quais o processo educati-
vo será mais efetivo

- Precisamos assumir para nós as responsabilidades da hora, e declarar com transparência e res-
peito quais as emergências em nossas realizações Espirituais

- É incoerente a realidade atual que envolve a casa doutrinária ! Tanta profundidade filosófica
em favor das carências humanas, quando o assunto é a vida interior e os esforços na luta auto-educativa

- Enquanto isso o trabalhador sofre dores psicológicas e emocionais sem revelar, ou sem essa
chance de as revelar. Face a essa carência de respostas e horizontes, penetra no desestímulo e
o abandono dos ideais

- Além disso, frequentemente, busca-se enquadrar as dificuldades humanas nos domínios da obsessão e de anteriores existências, alimentando imaginaçõe

- Como o centro Espírita pode ajudar no fortalecimento de laços de amor entre seus integrantes?
Como pode auxiliar na dilatação da sensibilidade? Vejamos alguns pontos que desenvolvere-
mos no transcorrer de Laços de afeto que constituem indicadores de qualidade das equipes
doutrinárias :

(1)   Motivar o espírito de equipe
(2)   Valorizar a capacidade cooperativa de qualquer pessoa
(3)   Promover através da delegação, criando o policentrismo sistêmico
(4)   Investir na capacidade do trabalhador como pessoa e ser social
(5)   Ensejar realizações específicas para a revitalização do afeto no grupo


CAP 10 – KARDEC E A UNIFICAÇÃO

- No ano de 1860, allan Kardec empreendeu um extraordinário circuito de viagens encetando
um promissor labor de difusão e união entre os Espíritas

- essa proposta de uma unificação relacional concretizada em encontros efusivos de amor, que suprem quaisquer parâmetros de formalidade e rigor, é, sem dúvida, o alvo que precisamos perseguir nos dias atuais

- Hoje somos convidados a implantar e resgatar esse aperto de mãos que destrona máscaras e faz entre os homens espíritas um elo de Espírito a Espírito, instaurando o esplendor da era do ecumunismo do afeto, cuja base é a fraternidade sentida e vivida, mesmo quando haja o entre
choque necessário e construtivo das idéias

- O grande ideal que a todos deve nos  irmanar é o testemunho de amar apesar de nossas diferenças! De mãos dadas, mesmo que por caminhos divergentes no entendimento, prossiga-
Mos a laborar por dias melhores em favor da progressividade das idéias espíritas nas nossas
Casas Doutrináriasncias, alimentando imaginaçsca-se enquadrar as dificuldades humanas nos doma imporeeducativo das relaç


                4 – PARTE II

CAMINHOS DO AMOR NA CONVIVÊNCIA



CAP  01 –HUMANIZAÇÃO NA SEARA ESPÍRITA (Pág 55)

- Quando falamos em “Humanização”, referimo-nos à contextualização, que é oferecer os instrumentos para que possam fazer dessa informação espírita a sua transformação espiritual

-Contextualizar, portanto, é humanizar a seara. É descobrir horizontes, respostas, caminhos. É construir o saber espírita através do auto-conhecimento

- O Centro Espírita hoje é uma Escola de Espiritismo, quando o futuro acena para que ele se promova à Escola do Espírito, pois os conteúdos doutrinários são mais valorizados que o homem, suas necessidades, seus valores, suas habilidades


CAP 02 – RELAÇÕES SÓCIO- AFETIVAS (Pág 60 )

Os rótulos passaram a ser mais significativos que as expressões de afeto, insuflando a discriminação do Sectarismo contra os que não absorviam os mesmos conceitos, sacramentados pelo poder de oficialização das Religiões dominantes

- Essa experiência enraizou-se no psiquismo humano, fazendo do homem um “fantoche do religiosismo atávico” com altas doses de fé cega

-Durante largas eras da evolução asilamos “modelos mentais” embalados por crenças dogmáticas, mitos,convenções, que, pesam sobre as interpretações doutrinárias na convivência de nosso movimento social espírita. Essa institucionalização, estabelecendo relações sociais superficiais, distanciando as criaturas das relações plenificadoras

-Tais relações institucionalizadoras priorizam e privilegiam  o domínio e o controle, ensejando a disputa em detrimento da amizade e do respeito


CAP 03 – AMOR E ALTERIDADE (Pág 64 )

-Estabelecer uma relação de paz com os diferentes e a capacidade de conviver bem com a diferença da qual o “outro” é portador


CAP 05 – COMPORTAMENTOS HIPÓCRITAS ( Pág 73 )

- Lançando-se a esforços hercúleos e sofridos, acaba por se desgastar na manutenção de um rígido e cerceador programa de vigilância e violação de si mesmo. Não atingindo os patamares desejados no campo vivencial, passa então a dissimular seus conflitos e frustrações para não perder a convivência na Casa Espírita, porque se se revelar, “O que os demais vão pensar”

-Para agravar mais, ainda encontram insensíveis diretores ou “amigos” do grupamento a imputar-lhe severos julgamentos face aos rol de suas lutas, asseverando tratar-se de obsessões

-Eis um assunto para nossos debates :

(1) Como ajudar esses trabalhadores

(2) O Centro Espírito tem arregimentado um programa para ensinar a transformação íntima?

(3) Tem havido clima nos grupos para que os tarefeiros possam dialogar construtivamente sobre seus conflitos?

(4) Ou temos nos iludido, transferindo responsabilidades pessoais para as ações obsessivas de desencarnados?


CAP 12 – DIVERGÊNCIA E DISSIDÊNCIA (Pág 100 )

-Os laços de simpatia e cordialidade deverão estar sempre acima das questões de interpretação intelectiva

- Tachados de hereges e dissidentes, muitos corações ao longo da história sofreram o cáustico da dor, tão somente pelo fato de divergir no campo das idéias e dos costumes. Assim criou-se uma mentalidade de uniformização doutrinária intocável, inquestionável

- A divergência de idéias é uma necessidade a quaisquer grupos ou pessoas que desejam o crescimento real onde todos pensam uniformemente há muito campo para o radicalismo de opiniões, à dissimulação de sentimentos e a fragilidade de elos emocionais para a formação de relações sadias

-O que precisamos é aprender a conviver em regime de diversidade, prestigiando as diferenças e os diferentes


 CAP 18 – A FLEXIBILIDADE NOS JULGAMENTOS (Pág 126 )

- Ainda não desenvolvemos suficiente capacidade para analisar o “outro”

-Ninguém é no todo exatamente aquilo que dele pensamos ou sentimos

- Julgamentos definitivos excluem as possibilidades da fraternidade

-Nos ambientes espiritistas, os julgamentos morais tornaram-se triviais, sendo que muito facilmente percebe-se as conclusões do tipo : “É personalismo” – “É vaidade”- “É invigilância”. Tais peças de “inquisição ética” infelizmente são utilizadas como processo de exclusão institucional ou mesmo relacional


 CAP 22 – CASAS OU GRUPOS (Pág 142 )

- As casas pedem regulamentos, paredes e esforço físico Os grupos são criados por relações, vivências e esforço moral

-As casas têm chefes, os grupos têm líderes

-As casas são estáticas, os grupos dinâmicos

-As casas são dependências, os grupos  autonomia

-As casas são o corpo, os grupos sua alma

-Casas priorizam a instituição, grupos laboram por mentalidades e idéias

-Casas são submissas a normas , grupos são expressos de criatividade e responsabilidade, harmonia e cooperação

-As casas pedem hierarquia, os grupos apelam para a participação promocional

-As casas reúnem pessoas, os grupos unem as pessoas

-Nas casas as pessoas se encontram, nos grupos elas convivem
-Nas casas onde não encontramos grupos que se amam e respeitam pode-se desenvolver os ambientes de frieza afetiva  e menor valor à individualidade

-O Centro Espírita, enquanto casa, precisam reciclar seus paradigmas, contextualizar seus métodos, agilizar suas atividades para atendimento dos inumeráveis desafios

-A renovação dessa mentalidade deve iniciar-se pela formação de equipes, os grupos. Relembremos a origem da palavra grupo que vem de “grupo”, do italiano, que significa “nó”. No caso, um nó entre seus membros

-Precisamos ajudar os dirigentes a encontrar essas respostas e soluções para a promoção de intercâmbios salutares para empreendermos uma nova atividade na seara, visando o fortalecimento pela formação de uma “Oficina de idéias”. Nos dicionários humanos, a palavra oficina significa grandes transformações

- Muitos “Centros” não passam de “casas”, porisso insistimos pela criação de laços afetivos entre os membros das organizações espíritas

- Mas como trabalhar o Afeto nas casas? Através oficinas permanentes de idéias! Meditem!






 CAP 24 – AMIZADE, ELIXIR DOS RELACIONAMENTOS (Pág 151)
                 
-Na casa espírita, onde inúmeras vezes as pessoas recorrem em busca de apoio e de quem as compreenda, carregando extensa dificuldade para expor suas dificuldades, o ponto de partida da amizade é a atitude de disponibilidade para o sagrado ato de ouvir. Em seguida vem a confiança, fio afetivo condutor das amizades

-Mas precisamos estudar com mais atenção e debater os porquês de nossas agremiações estarem tão pouco afeitas a formação de grupos de amigos, transformando, em muitas ocasiões, a casa de amor em locais “sacralizados” de encontro com Deus, evitando o encontro entre humanos, guardando uma áurea mística e Sacra nas posturas, fazendo-nos recordar os Templos de outrora, nos quais encontrávamos para orar e, findo o ritual, cada qual retornava a seu caminho sem se conhecerem, sem se encontrarem  para o diálogo

-Essa ausência de ternura entre os membros de um mesmo núcleo, guardando distanciamento, é empobrecedor para nossas realizações

- Ressaltamos aqui que, se a falta de proximidade pode constituir em obstáculo a nossas lides, o excesso dela também pode gerar outras tantas lutas, pois  intimidade nos relacionamentos é a zona delicada da convivência que apela para a virtude e o caráter, a fim de saber fazer dela o que se deve, e não o que se quer

-Pessoas existem que fazem dos amigos um objeto de desejo e preenchimento de carências, quando então a relação marcha para o fracasso. Esperam tudo do outro e nada fazem, enquanto ser amigo é doar-se e interessar-se pelo outro 

 CAP 25 -  ELOS ENTRE DOIS MUNDOS (Pag 155)

- A Casa Espírita é local “preparado” de interação e sinergia entre dois planos de vida. Consa-
gremos as nossas melhores emoções, a fim de obtermos um quantum de ternura e fraternidade 
que sirva de abrigo  aos sofredores em tempo de reparação e dor na vida espiritual

- Afabilidade e doçura são expressões elevadas de caráter e Espiritualidade, e, sobretudo, consis
tem em apanágio de paz e refazimento a quantos anseiam e experimentam a nossa copanhia,
dentro ou fora das nossas Casas de amor

- Habituem-se a essas virtudes no lar, na profissão, nas vias e, onde estiverem, essa será a garan
tia dos melhores elos que podemos concretizar entre os dois mundos

CAP 26 – BENEFÍCIOS DO CONFLITO   (Pag 158 )

- Condicionamentos milenares no egoísmo sedimentaram o conceito de oposição a tudo que se
escape de identificar em harmonia com nossa ótica pessoal de vida. Quantos guardem entendi
mento diversificado são tomados como oponentes ou adversários nas relações interpessoais.
Dificilmente nutrimos a mesma admiração pelos que contrariem nossos pontos de  análise ou
pelos que demonstrem insatisfação com nossas idéias

- Nasce, então, o sectarismo como forma violenta de “resolver” as contendas, excluindo os
contendores. Esse enfoque faz-nos perder o que mais precioso pode existir nos lances conflituosos : o aprendizado e a dilatação da criativa na busca de soluções    

- Quase sempre, os embates da vida em grupo só ocorrem em razão dos processos conflitantes
que carregamos conosco mesmos, vindo a extravasar-se, circunstancialmente, como objetivos
personalistas

- Grupos sem conflitos não crescem tanto quanto poderiam e, porque não exista o desentendi -
mento  e os desacertos manifestados, nenhuma garanti há de que, os componentes não estejam
em “litígios” . Eis a importância da sinceridade fraterna, com pleno respeito pelas opiniões
alheias, adotando lídima postura de alteridade ante os diferentes e as diferenças , buscando entender as razões subjetivas de cada componente para seu proceder, conhecendo-lhe com mais
profundidade os dramas pessoais. Essa é a tarefa que distingue um grupo que cria elos de afeto
de uma reunião de criaturas que se ajuntam sem tecer a rede da fraternidade legítima 

- Temos observado que o melindre tem sido álibi para que se evite dizer o que se pensa, exce –
dendo-se em cuidados e protelação, suprimindo a sinceridade edificante. Evidentemente, cuidar
para verbalizar as críticas ou discordâncias é vigilância operante, contudo, evitar a verdade, a
pretexto de prudência, é omissão cinivente

´- Grupos que se amam verdadeiramente sabem dizer o que pensam, conflitar sem perder o amor uns pelos outros


CAP 27 – HOMOGENEIDADE NO GRUPO   ( Pág 163 )

- Um dos requisitos mais valorosos na formação e desenvolvimento de grupos é a homogeneidade 

- Quando se menciona a terminologia homogêneo para grupos, logo vem a mente a idéia de
igualdade, padronização. Contudo, seu significado é um tanto mais elástico e profundo, porque
jamais obteremos características uniformes, uma vez que cada pessoa é um mundo em si

- Grupos homogêneos são os que guardam uma certa atração para um ideal comum, um objeti-
vo claro, e que têm uma visão compartilhada de seu futuro, de onde querem chegar, para onde se dirigem. Em torno desse ideal compartilhado, nascido de dentro para fora e constituindo as
aspirações de todos, tem-se a chave da homogeneidade

- Aliás, os grupos só se tornarão harmoniosos na proporção em que prezem, no clima da mais
pura fraternidade, as diferenças e as divergências. Homogeneidade afetiva com diversidade de
idéias, sem que isso constitua óbice e fonte de perturbação : eis o caminho natural dos grupa-
mentos que almejam crescer sob a luminosidade  espiritual da alteridade


CAP 28 – AUTO – AMOR  (Pág 166 )

- A melhor opção nessa retomada espiritual é o amor na busca das expressões celestes adormeci
das em nós. Referimos ao amor a si mesmo, contemplado por Jesus na essência de sua plataforma para a felicidade

- Nós, os Espíritas, temos feito progressos consideráveis no que tange ao amor ao próximo,
erguendo trincheiras do bem e da caridade. Raras vezes, entretanto, temos sabido amar a nós próprios

- E existirá amor maior a si que esse de saber lidar com essas sombras interiores que tentam empanar nossos anseios de Luz ? Aprendamos esse amor e sejamos mais felizes. Amar nossa
“sombra”, conquistando-a paulatinamente. Tolerar nosso passado, sem as impiedosas recriminações. Amar-nos, apesar do nosso passado de escolhas infelizes e decisões precipita-
das, é fundamental para encetarmos um recomeço de vida Espiritual rumo â liberdade

- Formou-se entre nós uma lamentável “cultura de sofrimento”  fundamentada na “Lei de Causa e Efeito”, propalando a dor como situação insubstituível ao progresso. Alimentando crenças de
desmerecimento e menosprezo mais não fazemos que desamarmo-nos e impedir o crescimento
pessoal e grupal 

-O pior efeito de semelhante de quadro psicológico é acreditar que não merecemos ser felizes, automatizando um sistema mental de cobranças intermináveis e uma autoflagelação, ambas
em várias ocasiões, sustentadas e induzidas por adversários Espirituais astutos e vampiros da
morbidez das sensações, gerando situações neuróticas de perfeccionismo e puritanismo quase
incontroláveis


CAP 29 – HUMANIZAÇÃO E SEGURANÇA  ( Pág 171 )

- Remanescente de eras primárias do evolar humano, trazemos ainda hoje como reflexo marcan
te e dinâmico o vício da posse, como sendo complexo mecanismo desenvolvido pela alma na busca de segurança

- Na medida em que adquire a razão, passa o homem a ter o instinto de posse não mais como
motivação para buscar o atendimento de necessidades básicas, mas como garantia de bem-estar
ante os desafios ameaçadores da vida e da estabilidade em sua jornada

- Acumular passa a significar proteção e defesa, e por longas e repetidas vezes o estágio nessa
atitude conduziu a mente a fixar os valores da soberba, da tirania, da ilicitude e da ganância na
direção dos excessos

- Hoje, quando nos referimos à segurança e à preservação, necessariamente associamos esses
sentimentos a medidas exteriores tais como riqueza, dotes sociais, beleza e conforto. Tais mani
festações que ensejam a fugaz sensação de segurança e paz interior são fortes ilusões, escravizando a mente a padrões de comportamentos

- Em verdade estamos estudando a intensa “capacidade de destruição” que tem o egoísmo, o qual nos é próprio no atendimento ao instinto de conservação natural. Instinto esse acrescido
Pelos excessos adquiridos em milênios de orgulho e vaidade, saciedade e ambição

- Muita vez, essa busca de segurança tem conotações sutis nas ações que carecem ser compreendidas, a fim de melhor nos posicionarmos uns frente aos outros. A necessidade de
Domínio o controle é outra forma costumeira de apresentar-se

-Ocorre que, quase sempre, onde tais sentimentos de posse comparecem, morrem a fraternidade e as relações ricas de permuta afetiva

- Controle e domínio, quando surgem em nossas lides, travestem-se em normas e planos coletivos, hierarquia e interesses de grupos, sob a chancela de missões necessárias ou diretrizes
de Maia Alto ao bom andamento dos destinos do Espiritismo ou no alcance de objetivos grupais
 e institucionais

- Por isso, se verdadeiramente queremos segurança e estabilidade, busquemo-la na vivência do
afeto, e afeto não se desenvolve sem convivência e proximidade, sem permuta e disposição de
aprender, sem servir e trabalhar

- Sem caridade não teremos jamais a educação, e sem educarmo-nos fugimos do objetivo prima
cial do Espiritismo e iludimo-nos com o velho instinto de posse no acúmulo de vitórias transitó-
rias junto aos púlpitos do verbo eloqüente, do assistencialismo superficial, do controle persona-
lista, em improdutiva atividade a qual, inadvertidamente, nomeamos como sendo trabalho, zelo e dedicação, e terminamos afogados no fascínio sobre os mérito pessoais, em sofrível crise de
personalismo

- Busquemos a segurança, a conservação íntima e pessoal no bem do próximo, pautando nossas
vidas pela abnegação e devotamento


30 – EDUCANDÁRIO DO AMOR   ( Pág 176 )

- Pessoas que até ontem se importavam somente consigo mesmas, em atitudes de egoísmo e
desonestidade, muita vez, encontram nos serviços da benemerência e da caridade o conforto que suas almas perderam há séculos. Ensaiam e treinam, através dos atos de solidariedade e doação, os novos sentimentos que, no futuro, passarão a integrar melhores roteiros de sua
caminhada Espiritual

- Psicólogos eminentes destacam a necessidade de uma educação voltada para a “Inteligência
Emocional” consentaneamente à instrução intelectiva ou cognitiva, demonstrando, por estudos,
que criaturas as quais administram melhor seus sentimentos têm maiores probalidades de suce-
sso e equilíbrio nos trâmites da vida

- As relações superficiais têm como principal reflexo a “solidão em grupo”. Constatamos inúme
ros casos dessa ordem em nossa Seara. Essa solidão injustificável é semelhante ao viajante no
deserto que, tendo sede, encontra um oásis. No entanto, opta pela inércia e esconde-se, apesar
de sua necessidade, temendo bebericar uma água envenenada ou ser surprendido com a presença de assaltantes naquele lugar.

 O Centro Espírita, esse oásis de luz espiritual, quase sempre, tem sido “lugar de temores”, de “esconderijos emocionais” . O próprio orgulho, nosso velho inimigo, tem provocado esse afastamento quando elabora auto-imagens de perfectibilidade e perfeccionismo nos seareiros.

- Com esse conceito de si, temem por se expor moralmente, escondendo-se em “carapaças” de
falso equilíbrio para que os outros não lhe conheçam as limitações interiores. Sendo assim,
agem como bons espíritas para os outros, deixando-se à mingua. Amaam o próximo e desamam
a si próprios

- O tempo converte essa situação em inevitável hipocrisia e / ou puritanismo, minando as resis-
tências morais e levando seus portadores à obsessão sutil e infelicitadora, que faz suas vítimas crerem que algumas “concessões” da conduta podem ser compensadas com os serviços no bem

- Sozinhos, sentindo-se na obrigação de darem o melhor de si, terminam por chafudar-se em
posturas de aparente vitalidade moral. Entretanto, seu mundo interior, frequentemente, deambula para as fronteiras com o colapso da sua saúde mental e afetiva

- Nossas ambiências apelam para a necessidade imperiosa de um intercâmbio saudável através
de abundante afeto cristão, por mais alegria, com a necessária disciplina, por mais sorrisos e
instantes de decsontração com a precisa integridade e pela coragem de amar como se “quer”,
que, em verdade, é o doentio “querer ser amado”

Sejamos afetuosos uns com os outros e não tenhamos receio de demonstrar por palavras e atitudes as expressões superiores do que sentimos, ainda que não sejamos prontamente enten-
didos ou mesmo correspondidos

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  



sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A NOVA ERA

                                              A NOVA ERA

1- A GÊNESE - CAP XVIII (SÃO CHEGADOS OS TEMPOS)


1.1 – SINAIS DOS TEMPOS
 
- São chegados os tempos, dizem- nos de todas as partes, marcados por Deus, em que grandes acontecimentos se vão dar para  regeneração da humanidade

-O nosso globo está submetido à “Lei do Progresso”, pois ele progride, fisicamente, pela transformação dos
elementos que o compõe e, moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam

-Fisicamente, o globo há experimentado transformações que a ciência tem comprovado e , moralmente, a humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes

- De duas maneiras se executa esse duplo progresso : Uma, lenta, gradual e insensível; a outra, caracterizada
por mudanças bruscas, a cada uma das quais corresponde um movimento ascensional mais rápido, que assinala
mediante impressões bem acentuadas, os períodos progressivos da Humanidade, os quais se efetuam, às vezes,
de modo parcial, isto é, limitado a uma raça ou uma nação, doutras vezes, de modo geral

- Quando a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos
marcados por Deus e ele vela incessantemente pela execução de suas leis e os Espíritos que povoam o espaço
são seus ministros, encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau
de adiantamento que tenham alcançado

- O Universo é, ao mesmo tempo, um mecanismo incomensurável, acionado por um número incontável de
inteligências, e um imenso governo em o qual cada ser inteligente tem a sua parte de ação sob as vistas do
Senhor, cuja vontade única mantém por toda a parte a unidade

- A Humanidade tem realizado, até ao presente, incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência,
chegaram a resultados que jamais haviam alcançado,sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar
material ,restando-lhes, ainda, um imenso progresso a realizar ; o de fazerem que entre si reinem a caridade, a
fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral.

- Já não é somente de desenvolver a inteligência o de que os homens necessitam, mas de elevar o sentimento e,
para isso, faz-se preciso destruir tudo o que superexcite neles o egoísmo e o orgulho. Tal é o período em que
doravante vão entrar e que marcará uma das fases principais da vida da Humanidade

- Nestes tempos, porém, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral

- Mas, uma mudança tão radical como a que se está elaborando não pode realizar-se sem comoções. È, pois, da
luta das idéias que surgirão os graves acontecimentos preditos e não de cataclismos ou catástrofes puramente
materiais

- Do que precede resulta que, em conseqüência do movimento de translação que executam no espaço, os corpos
Celestes exercem, uns sobre os outros, maior ou menor influência, conforme a proximidade em que se achem
entre si e as suas respectivas posições ; Que essa influência pode acarretar uma perturbação momentânea aos
seus elementos constitutivos e modificar as condições de vitalidade dos seus habitantes

-Anunciando a época de renovação, a Jesus, pois, foi lícito dizer que ela se assinalaria por fenômenos extraordi-
nários, tremores de terra, flagelos diversos, sinais no céu, que mais não são do que meteoros

- A fraternidade será a pedra angular da nova ordem social ; mas, não há fraternidade real, sólida, efetiva, senão assente em base inabalável e essa é a fé
- Quando todos os homens estiverem convencidos de que Deus é o mesmo ; de que esse Deus, soberanamente
justo e bom, nada de injusto pode querer ; Que não dele, porém dos homens vem o mal, todos se considerarão
filhos do mesmo Pai e se estenderão as mãos uns aos outros

- O progresso intelectual realizado até ao presente, constitui um grande passo e marca uma primeira fase no
avanço geral da Humanidade, mas somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra,
refreando as paixões más e somente assim, pode fazer que entre os homens reinem a concórdia, a paz,
a fraternidade

- A unidade de crença será o laço mais sólido da fraternidade universal, obstada, desde todos os tempos pelos
antagonismos religiosos que dividem os povos e as famílias

- A geração que desaparece levará consigo seus erros e prejuízos , ao passo que a geração que surge, retemperada em fonte mais pura, imbuída de idéias mais sãs, imprimirá ao mundo ascensional movimento no
sentido do progresso moral que assinalará a nova fase da evolução humana

- O Espiritismo não cria a renovação social ; a madureza da Humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressivas,pela amplitude de suas vistas,
pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto, do que qualquer outra doutrina, a
secundar o movimento de regeneração



1. 2 – A GERAÇÃO NOVA

- A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito
uma geração, pois a atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja
mudança alguma ma ordem natural das coisas

-Essa mudança se processará exteriormente com uma única,mas capital diferença de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na terra aí mais tornarão a encarnar, pois em cada criança que nascer, em vez de um
Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao
bem

-Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente
precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo
grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas
dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração

- O que distingue os espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhe-
cer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os
sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme, enfim, o apego a tudo o que é material:
a sensualidade, a cupidez, a avareza

- Não se deve entender que por meio dessa emigração de Espíritos sejam expulsos da Terra e relegados para
Mundos inferiores todos os Espíritos retardatários. Muitos, ao contrário, aí voltarão, porquanto muitos há que o
são porque cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo

- As grandes partidas coletivas, entretanto, não têm por único fim ativar as saídas; Têm igualmente o de treansformar mais rapidamente o espírito da massa, livrando-a das más influências e o de dar maior ascendente
Ás idéias novas


2 – PALESTRA DE ALKINDAR DE OLIVEIRA : “UMA OUTRA ÉTICA PARA A VIDA”

2.1 – JOANNA DE ÂNGELIS

- “Dá-se, neste momento, a renovação do Planeta, graças à qualidade dos Espíritos que começam a  habitá-lo
enriquecidos de títulos de enobrecimento e de interesse fraternal” (Livro : “Momentos de harmonia”, editado
em 1991)


2.2 – DIVALDO PEREIRA FRANCO

- “ Em 2025, duzentos mil espíritos altamente evoluídos reencarnarão em nosso planeta” (Comentário proferido
em Palestra no ano de 1999


3.3 – CHICO XAVIER

- “Emmanuel afirma que a Terra será um Mundo de Regeneração por volta de 2057 ( Livro : “Plantão de
Respostas”, Volume II )


3.4 – ALLAN KARDEC – QUESTÃO 798 (LIVRO DOS ESPÍRITOS)

-“ Haverá ainda, durante duas ou três gerações um fermento de incredulidade que apenas o tempo destruirá”
(Comentário da questão)

3.5 – BEZERRA DE MENEZES

- “O terceiro e último período da implantação do espiritismo, segundo Bezerra de Menezes, ocorrerá entre os
anos de 1997 e 2066” (  Livro : “Atitude de amor”, de Ermance Dufaux e Cícero Pereira, psicografado por
Wanderley Soares de Oliveira em 1999)