segunda-feira, 9 de novembro de 2020

 

PARA QUE A DOENÇA MENTAL

(Dr Alberto Almeida)

- Se Freud nos trouxe esse olhar e Jung avançou nesse estudo, ainda hoje, nós patinamos, porque a psicologia e a psiquiatria não conseguiram avançar para além de uma vida só

- Elas estão, como todas as outras disciplinas, olhando a saúde e a doença dentro de um olhar materialista, ateísta, ou seja, nós fragmentamos e esquartejamos o ser humano, e por assim dizer, por quatro a cinco séculos, ainda estamos precisando reencontrar o ser humano

- A ciência que cuida da saúde, cuida apenas da patologia, da doença, na etiologia no corpo, mas não vão além daí

- A psicologia, a partir de Freud, Jung, que foram se aprofundando, desceram um pouco, entraram na mente, mas ficaram só aí, e somente nos últimos tempos, nas  duas ou três últimas décadas surgiu a Psicologia Transpessoal, incluindo a dimensão do espírito

- A doutrina Espírita, há 160 anos, nos traz a visão que nós precisamos olhar a nossa saúde, valendo de tudo que nós construímos pelo tecnicismo, pela ciência acadêmica materialista, mas será insuficiente a resolução de nossos processos mais dramáticos se ficarmos apenas aí, perseguindo uma bactéria, um fungo, um vírus achando que eles são os demônios da atualidade ou achando, simplesmente, que os pais são os culpados de tudo, porque nos geraram um corpo deficiente, que a má sorte faz-nos adoecer

- O espiritismo traz uma proposição, um nexo, uma fermentação para que o ser humano e a ciência possam transcender a si mesma e possam incluir a dimensão espiritual para encontrar as razões profundas de tudo aquilo que nós tentamos, em vão, querer curar

- O nosso psiquismo é infindável e só esse olhar da reencarnação faz-nos entender as patologias mais simples de alguém que tem uma trave em função de um problema nesta vida, ou patologias mais simples ou complexas, que têm uma trave relacionada com uma experiência de vida anterior, ou várias experiências de vida anterior

- Quando nós olhamos uma pessoa que não consegue se levantar diante de um grupo, ou um grupo que ela não consegue nem entrar, porque tem uma fobia social, é impossível para a psiquiatria atual, centrada na biologia,  ficar fundamentada só no remédio

- Esse olhar de que o ser humano adoece porque o sistema nervoso está doente, contradiz na atenção básica de saúde, gerando a principal queixa, pasmem, são as somatizações

- É a mente que somatiza e a pessoa adoece. A psiquiatria pensa o contrário, fazendo-nos entender que a mente adoece porque o cérebro adoeceu

- Há uma contradição aí que é a própria visão de ser humano olhado sob o lado materialista

- A psiquiatria olha o ser humano numa vida só. Como é que se explica uma fobia social?

- A pessoa não consegue estar num grupo, não consegue se levantar e falar em grupo, na escola, não consegue ir a um aniversário que tenha muitas pessoa

- Ela traz dentro de si, pelo olhar espiritista, uma sequela ou um adoecimento, uma chaga que ainda não curou, e que faz com que ela “trave” por um mecanismo de auto-proteção

- São pessoas que habitualmente lesaram grupos, tiveram atitudes delinquentes, usurparam da crença dos outros, como mal-religioso, fizeram as expropriações públicas, como políticos, assaltaram os cofres públicos, lesando a população que o elegeu

- São pessoas que se comprometeram publicamente e não foram justiçados, não tiveram, portanto, a justiça que lhes a alcançassem e agora ela vem, e quando vê o público, parece que ela vai ficar presa, ela vai ser descoberta

- Como mecanismo de defesa, ela recua, é o processo de culpabilidade, para evitar ser descoberta, porque a sua consciência lhe diz que ela infligiu uma Lei Cósmica de cooperação

- Ela usou de má-fé, lesou-se a si mesma quando lesou os outros , e agora surge uma psicopatologia vulnerabilizante, como acontece com alguém de 12 ou 13 anos que surta e faz um quadro esquizofrênico, e nunca mais volta ao normal

- A esquizofrenia hebefrênica que surge na fase da  adolescência, é a mais invasiva (agressiva), e obstante de atendimento terapêutico e medicamentoso, é uma doença que tem dificuldade de ceder

- Ela evolui, mas mesmo sendo bem tratada, a sua evolução é precária, e habitualmente, o psiquismo, com o tempo, vai ficando sequelado, num quadro que é crônico, irreversível que leva para a desagregação do psiquismo,

- Com a sintomatologia de alguém que não consegue manifestar a afetividade, que não consegue abraçar você, que não consegue sorrir, e que apresenta seus conflitos, delírios, esses quadros que, às vezes, perturbam toda a família, e como é que a medicina, as diversas psicologias podem entender um drama comovente, somente uma visão reencarnacionista, pode-nos dar uma explicação de que alguém entra num estado tal, que surta, pois é uma repartição, uma quebra na unidade psíquica. Esse é um mecanismo de autoproteção, que a gente rompe com a realidade, a lucidez

- A reencarnação é uma psicoterapia. Aquele espírito que traz a fobia social, que traz a esquizofrenia, que traz o Transtorno do Humor Bipolar, são transtornos avantajados, que falam de um desequilíbrio de alguém que está fazendo o caminho de volta, de quem está retroagindo em razão do caminho para a “lama”

- O próprio psiquismo que lesa a si próprio, lesa o corpo perispiritual e quando vai modelar o corpo físico, traz a alteração congênita e traz a alteração do metabolismo cerebral.

- O metabolismo cerebral alterado é consequência, não é causa . É lógico que se você tem uma infecção no cérebro, afeta o psiquismo

- E foi isso que Allan kardec teve o primor de fazer, mostrando do que o espírito determina o corpo e que o corpo impacta o espírito, influencia o espírito, porisso temos que tomar remédio quando é necessário

- Porisso que a medicina, com todo o seu arcabouço, do arsenal terapêutico, é importante. Para isso existe o bisturi, para retirar um tumor no cérebro, um aneurisma, por exemplo, que está comprimindo uma área

- O tumor precisa ser retirado senão vai repercutir na alma, e a pessoa vai perdendo a memória, ficando sonolento, pois o corpo afeta o espírito, mas o corpo decorre do espírito

- Não é o cérebro que gera os sintomas psiquiátricos, mas é a pessoa que é doente, altera o cérebro, que num circuito vicioso, repercute no espírito

- Quando  desencarna, ela ainda sai com a ressonância daquela patologia, que ela viveu há 50 anos, por exemplo, mas sai com amplas possibilidades de poder gozar novo equilíbrio

- O olhar para a patologia, sem nenhum masoquismo, na perspectiva da Doutrina Espírita, é muito otimista, por que a doença que nós não procuramos, surgindo do nada, espontaneamente, é a doença que vem nos falar da cura da alma e, que a despeito de toda uma ajuda médica, não consegue erradicá-la, Uma doença degenerativa, que vem como um expurgo, para que a alma se recomponha, e não podemos negligenciá-la, mas ter ressignificação se a doença não cede

- A proposta espírita, portanto, quando ela olha para o corpo, nós precisamos olhar a alma

- É curioso que os discípulos de Freud, se conhecessem a reencarnação, deveriam entender que nosso corpo é o reflexo do nosso psiquismo do passado

- A nossa estrutura corporal não é outra coisa que o somatório daquilo que fizemos no passado

- Eu acho bonito a proposta espírita quando ela nos apresenta Jesus, não como uma pessoa que devemos agradar, mas se reconciliar com o Divino, e a proposta de Jesus é médica e não religiosa, uma proposta de saúde

- Viver Jesus não é ficar Bem com Deus, é ficar Bem consigo, com o outro, com  a natureza, e, por extensão com o Divino, observando as suas leis

- Não perdoar é um problema de saúde mental, porque uma esquizofrenia não vem senão através de uma culpa intoxicante, que , às vezes, revela que eu cometi um crime e, às vezes, me matei, gerando uma esquizofrenia

- Na medida que nós vamos penetrando a doutrina dos espíritos, nós vamos entendendo que as nossas encrencas que surgem no corpo e na mente, são metáforas que nos chamam atenção de que a gente não conseguiu escoar a fumaça pela chaminé e abrimos uma janela que, às vezes, é a patologia mental, é o câncer, às vezes a fobia, às vezes a diabete, às vezes, é o processo da degeneração,  e isso olhado não deve ser como uma maldição, com ódio para os pais, para o corpo, deve ser olhado como uma bênção, que temos que acolher e responder a essa metáfora adequadamente, porque toda a patologia é um convite ao aprendizado que foi negligenciado 

- Toda a doença faz-nos crescer, acordar para uma realidade Maior.

- Quantos de nós, quando olhamos para a doença e nos revoltamos, deixamos de aproveitar o ensinamento que ela traz, e, às vezes, mergulhamos numa revolta e desencarnamos em estado lamentável

E, por isso, convertido em ódio, revolta, ressentimentos, mágoas profundas, remorsos, culpas, e isso não resolvido a tempo, nós carregamos esse lixo que precisamos eliminar em algum lugar. Então, a pessoa nasce e a patologia não deixa, completar um ano, nasce com uma trissomia e dura somente dois dias de vida

- Para a medicina, devia abortar essa criança, pois foi diagnosticado intra-útero, e, para nós, médicos espíritas, isso é uma bênção, pois foram nove meses de tratamento, mais dois dias, para uma cura espiritual de um espírito profundamente comprometido, que agora tem condição de voltar, de renascer, ainda com doença, mas menos, e já com a aprendizado de valorização da vida

- O espiritismo é tão formoso que nos ensina na área médica, que precisamos fazer uma anamnese (recuperação  da memória perdida), pois todo o doente, adoeceu em algum tempo porque ele se perdeu de si mesmo

- Para nós que temos o olhar espírita, tratar uma pessoa não é curar a enfermidade, pois nós olhamos para a enfermidade  do enfermo e, para além do enfermo, para o Ser saudável que o habita

- Nós temos, dentro de nós mesmos, um médico interno, temos um laboratório medicamentoso dentro de nós mesmos, temos um potencial de cura dentro de nós, que nós rompemos, de desconexão, de desapropriação

- O convite nesta noite é para que possamos abrir nossa alma, para nós mesmos auscular o Cristo Interno do qual nós nos desconectamos, e, perdidos de nós mesmos, do nosso Sagrado, nós seguimos os descaminhos, e adoecemos com alguns  cúmplices, que hoje surgem como familiares coparticipando das nossas enfermidades

  

RESPOSTAS AS PERGUNTAS FORMULADOS PELA PLATÉIA

- Normalmente o esquizofrênico, secundariamente, têm inimigos que ele lesou, que se aproximam dele e agravam o processo

- A oração, o Evangelho no lar, a frequência no Centro Espírita, o cultivo em casa da “ boa palavra”, a Boa convivência, o trato adequado, criam um ambiente espiritual de favorecimento e de proteção  ao enfermo e de ajuda aos nossos irmãos que foram prejudicados

- A esquizofrenia não é uma doença determinada pelo espírito, não é um quadro, cuja obsessão foi a causa que gerou a esquizofrenia

- A doença mental, da pessoa, e as conexões espirituais que ela faz, dos inimigos, ou  das sintonias que ela estabelece, secundariamente, configurando um quadro obsessivo secundário

- E a outra coisa, a pessoa entra num quadro de obsessão e faz um desarranjo mental, por um período, que sugere um quadro de esquizofrenia

- O médico olha , e diagnóstica uma esquizofrenia, mas o certo é que é uma obsessão

- Alterou o psiquismo da pessoa por interferência espiritual, e a pessoa está fazendo um quadro esquizóide, de humor ou um quadro que simula esquizofrenia, mas não é

- Quando ele trata a obsessão, que é o quadro base, o quadro primário, a esquizofrenia cede, porisso, um psiquiatra de bom senso nunca dá um diagnóstico de esquizofrenia, ele espera dois anos, porque, se ele diz que é esquizofrenia, pois tem os sintomas dela, e a pessoa se cura

- O médico, então, com a melhora do paciente, diz que o paciente simulou, porque ele não conhece o espiritismo,  e vai para o âmbito de que ouve um processo de falseamento da informação

- O  Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) merece uma compreensão que a alma que nasce nessa circunstância, e aí vai uma grande discussão, porque o  TODA tem vários graus e tem várias interfaces às vezes é só processo de concentração, Às vezes vem junto uma hiperatividade, às vezes vem junto com impulsos

- Uma série de matrizes que envolvem o TODA, mas é, bem que se diga, que os que nascem nessa circunstância, é alguém que vem precisando de bom acolhimento

- O mundo é frenético, hoje, as cidades são superlotadas, todo mundo corre, tem uma psicosfera com agitação

- A criança nasce e os pais têm pouca disponibilidade para a criança

- A criança já traz tendências, que se manifestam com uma ansiedade extratosférica, que se manifesta com o quadro de DDA, com impulsividade ou não, com hiperatividade ou não, e o que nós fazemos : ao invés de fazermos um acolhimento, uma redução da marcha, poder pacificar mais a criança, dar mais atenção para ela, falando com uma voz suave

- Essa forma de lidar com a criança é uma forma que vai levando-a a refletir você

- O tratamento para o autismo pode ser efetuado com medicamentos, mas natural, homeopático, floral e psicoterapia, mas a abordagem precisa ser de natureza psico-pedagógica, ajudando a família, pois a família precisa ser instrumentalizada para saber como lidar com a criança

- Uma mãe quando abraça seu filho, ela neutraliza, submerge o filho num campo de energia, que funciona como um medicamento sem os efeitos colaterais da medicação