(Dr Alberto Almeida)
- Se Freud nos trouxe
esse olhar e Jung avançou nesse estudo, ainda hoje, nós
patinamos, porque a psicologia e a psiquiatria não
conseguiram avançar para além de uma vida só
- Elas estão, como todas as outras
disciplinas, olhando a saúde e a doença dentro de
um olhar materialista, ateísta, ou seja, nós
fragmentamos e esquartejamos o ser humano, e por assim dizer, por quatro a
cinco séculos, ainda estamos precisando reencontrar o ser humano
- A ciência que cuida
da saúde, cuida apenas da patologia, da doença,
na etiologia no corpo, mas não vão além daí
- A psicologia, a
partir de Freud, Jung, que foram se aprofundando,
desceram um pouco, entraram na mente, mas ficaram só aí, e somente
nos últimos tempos, nas duas ou três
últimas décadas surgiu a Psicologia Transpessoal, incluindo a
dimensão do espírito
- A doutrina Espírita,
há 160 anos, nos traz a visão que nós precisamos olhar a nossa saúde,
valendo de tudo que nós construímos pelo tecnicismo, pela ciência
acadêmica materialista, mas será insuficiente a resolução de nossos
processos mais dramáticos se ficarmos apenas aí, perseguindo uma
bactéria, um fungo, um vírus achando que
eles são os demônios da atualidade ou achando, simplesmente, que os pais são os
culpados de tudo, porque nos geraram um corpo deficiente, que a má sorte
faz-nos adoecer
- O espiritismo traz
uma proposição, um nexo, uma fermentação para que o ser
humano e a ciência possam transcender a si mesma e possam
incluir a dimensão espiritual para encontrar as razões
profundas de tudo aquilo que nós tentamos, em vão, querer curar
- O nosso psiquismo é
infindável e só esse olhar da reencarnação faz-nos entender as patologias
mais simples de alguém que tem uma trave em função de um problema nesta vida,
ou patologias mais simples ou complexas, que têm uma trave
relacionada com uma experiência de vida anterior,
ou várias experiências de vida anterior
- Quando nós olhamos uma pessoa que
não consegue se levantar diante de um grupo, ou um grupo que ela não consegue
nem entrar, porque tem uma fobia social, é impossível para a
psiquiatria atual, centrada na biologia, ficar fundamentada só no remédio
- Esse olhar de que o ser humano
adoece porque o sistema nervoso está doente,
contradiz na atenção básica de saúde, gerando a principal queixa, pasmem, são
as somatizações
- É a mente que somatiza
e a pessoa adoece. A psiquiatria pensa o contrário,
fazendo-nos entender que a mente adoece porque o cérebro
adoeceu
- Há uma contradição aí
que é a própria visão de ser humano olhado sob o lado
materialista
- A psiquiatria olha o
ser humano numa vida só. Como é que se explica uma fobia
social?
- A pessoa não consegue estar num grupo,
não consegue se levantar e falar em grupo, na
escola, não consegue ir a um aniversário que tenha muitas
pessoa
- Ela traz dentro de si, pelo olhar espiritista,
uma sequela ou um adoecimento, uma chaga que ainda não
curou, e que faz com que ela “trave” por um mecanismo de auto-proteção
- São pessoas que habitualmente lesaram
grupos, tiveram atitudes delinquentes, usurparam da
crença dos outros, como mal-religioso, fizeram as expropriações
públicas, como políticos, assaltaram os cofres públicos, lesando
a população que o elegeu
- São pessoas que se comprometeram
publicamente e não foram justiçados, não tiveram,
portanto, a justiça que lhes a alcançassem e agora
ela vem, e quando vê o público, parece que ela vai ficar presa,
ela vai ser descoberta
- Como mecanismo de defesa,
ela recua, é o processo de culpabilidade, para evitar ser descoberta,
porque a sua consciência lhe diz que ela infligiu
uma Lei Cósmica de cooperação
- Ela usou de má-fé, lesou-se
a si mesma quando lesou os outros , e agora surge uma psicopatologia
vulnerabilizante, como acontece com alguém de 12 ou 13 anos que
surta e faz um quadro esquizofrênico, e nunca mais volta ao normal
- A esquizofrenia hebefrênica
que surge na fase da adolescência,
é a mais invasiva (agressiva), e obstante de atendimento
terapêutico e medicamentoso, é uma doença que tem dificuldade de ceder
- Ela evolui, mas mesmo
sendo bem tratada, a sua evolução é precária, e habitualmente, o
psiquismo, com o tempo, vai ficando sequelado, num quadro
que é crônico, irreversível que leva para a desagregação do
psiquismo,
- Com a sintomatologia de alguém que
não consegue manifestar a afetividade, que não consegue abraçar
você, que não consegue sorrir, e que apresenta seus conflitos,
delírios, esses quadros que, às vezes, perturbam
toda a família, e como é que a medicina, as
diversas psicologias podem entender um drama comovente, somente
uma visão reencarnacionista, pode-nos dar uma explicação de que alguém
entra num estado tal, que surta, pois é uma repartição,
uma quebra na unidade psíquica. Esse é um mecanismo de autoproteção, que a
gente rompe com a realidade, a lucidez
- A reencarnação é uma psicoterapia.
Aquele espírito que traz a fobia social, que traz a
esquizofrenia, que traz o Transtorno do Humor Bipolar,
são transtornos avantajados, que falam de um desequilíbrio
de alguém que está fazendo o caminho de volta, de quem está retroagindo
em razão do caminho para a “lama”
- O próprio psiquismo
que lesa a si próprio, lesa o corpo perispiritual e quando vai modelar
o corpo físico, traz a alteração congênita e traz a alteração do metabolismo
cerebral.
- O metabolismo cerebral
alterado é consequência, não é causa . É lógico que
se você tem uma infecção no cérebro, afeta o psiquismo
- E foi isso que Allan kardec
teve o primor de fazer, mostrando do que o espírito determina o corpo e que o corpo
impacta o espírito, influencia o espírito, porisso temos que tomar remédio
quando é necessário
- Porisso que a medicina,
com todo o seu arcabouço, do arsenal terapêutico, é importante. Para
isso existe o bisturi, para retirar um tumor no
cérebro, um aneurisma, por exemplo, que está comprimindo uma área
- O tumor precisa ser retirado
senão vai repercutir na alma, e a pessoa vai perdendo a
memória, ficando sonolento, pois o corpo afeta o
espírito, mas o corpo decorre do espírito
- Não é o cérebro que
gera os sintomas psiquiátricos, mas é a pessoa que
é doente, altera o cérebro, que num circuito
vicioso, repercute no espírito
- Quando desencarna, ela ainda sai com a ressonância
daquela patologia, que ela viveu há 50 anos, por exemplo, mas sai
com amplas possibilidades de poder gozar novo equilíbrio
- O olhar para a patologia,
sem nenhum masoquismo, na perspectiva da Doutrina Espírita, é
muito otimista, por que a doença que nós não
procuramos, surgindo do nada, espontaneamente, é a doença que
vem nos falar da cura da alma e, que a despeito de toda uma ajuda
médica, não consegue erradicá-la, Uma doença
degenerativa, que vem como um expurgo, para que a alma
se recomponha, e não podemos negligenciá-la, mas ter ressignificação
se a doença não cede
- A proposta espírita,
portanto, quando ela olha para o corpo, nós
precisamos olhar a alma
- É curioso que os discípulos
de Freud, se conhecessem a reencarnação, deveriam entender
que nosso corpo é o reflexo do nosso psiquismo do
passado
- A nossa estrutura corporal
não é outra coisa que o somatório daquilo que fizemos no passado
- Eu acho bonito a proposta
espírita quando ela nos apresenta Jesus, não como uma pessoa que devemos
agradar, mas se reconciliar com o Divino, e
a proposta de Jesus é médica e não religiosa, uma
proposta de saúde
- Viver Jesus não é
ficar Bem com Deus, é ficar Bem consigo, com o outro,
com a natureza, e, por
extensão com o Divino, observando as suas leis
- Não perdoar é um problema de saúde mental, porque uma esquizofrenia
não vem senão através de uma culpa intoxicante, que , às vezes,
revela que eu cometi um crime e, às vezes, me matei,
gerando uma esquizofrenia
- Na medida que nós vamos penetrando
a doutrina dos espíritos, nós vamos entendendo que
as nossas encrencas que surgem no corpo e na mente, são metáforas
que nos chamam atenção de que a gente não conseguiu escoar a fumaça pela
chaminé e abrimos uma janela que, às vezes, é a patologia mental,
é o câncer, às vezes a fobia, às vezes a diabete,
às vezes, é o processo da degeneração, e isso olhado não deve
ser como uma maldição, com ódio para os pais, para o corpo, deve
ser olhado como uma bênção, que temos que acolher e
responder a essa metáfora adequadamente, porque toda a patologia
é um convite ao aprendizado que foi negligenciado
- Toda a doença faz-nos crescer,
acordar para uma realidade Maior.
- Quantos de nós, quando
olhamos para a doença e nos revoltamos,
deixamos de aproveitar o ensinamento que ela traz, e, às vezes,
mergulhamos numa revolta e desencarnamos em estado lamentável
E, por isso, convertido em ódio,
revolta, ressentimentos, mágoas
profundas, remorsos, culpas, e isso não resolvido a tempo, nós
carregamos esse lixo que precisamos eliminar em algum lugar. Então, a pessoa
nasce e a patologia não deixa, completar um ano, nasce com uma
trissomia e dura somente dois dias de vida
- Para a medicina, devia abortar essa
criança, pois foi diagnosticado intra-útero, e, para nós, médicos espíritas,
isso é uma bênção, pois foram nove meses de tratamento, mais dois dias, para
uma cura espiritual de um espírito profundamente comprometido, que agora tem
condição de voltar, de renascer, ainda com doença, mas menos, e já com a
aprendizado de valorização da vida
- O espiritismo é tão
formoso que nos ensina na área médica, que precisamos fazer uma
anamnese (recuperação da memória
perdida), pois todo o doente, adoeceu em algum tempo porque ele
se perdeu de si mesmo
- Para nós que temos o olhar
espírita, tratar uma pessoa não é curar a enfermidade, pois nós olhamos
para a enfermidade do enfermo e,
para além do enfermo, para o Ser saudável que o
habita
- Nós temos, dentro de nós mesmos, um
médico interno, temos um laboratório medicamentoso
dentro de nós mesmos, temos um potencial de cura dentro de nós,
que nós rompemos, de desconexão, de desapropriação
- O convite nesta noite
é para que possamos abrir nossa alma, para nós mesmos auscular
o Cristo Interno do qual nós nos desconectamos, e, perdidos de
nós mesmos, do nosso Sagrado, nós seguimos os descaminhos, e adoecemos
com alguns cúmplices, que hoje
surgem como familiares coparticipando das nossas enfermidades
RESPOSTAS
AS PERGUNTAS FORMULADOS PELA PLATÉIA
-
Normalmente o esquizofrênico, secundariamente, têm inimigos que ele lesou, que
se aproximam dele e agravam o processo
- A
oração, o Evangelho no lar, a frequência no Centro Espírita, o cultivo em casa
da “ boa palavra”, a Boa convivência, o trato adequado, criam um ambiente
espiritual de favorecimento e de proteção
ao enfermo e de ajuda aos nossos irmãos que foram prejudicados
- A
esquizofrenia não é uma doença determinada pelo espírito, não é um quadro, cuja
obsessão foi a causa que gerou a esquizofrenia
- A
doença mental, da pessoa, e as conexões espirituais que ela faz, dos inimigos,
ou das sintonias que ela estabelece,
secundariamente, configurando um quadro obsessivo secundário
- E
a outra coisa, a pessoa entra num quadro de obsessão e faz um desarranjo
mental, por um período, que sugere um quadro de esquizofrenia
- O
médico olha , e diagnóstica uma esquizofrenia, mas o certo é que é uma obsessão
-
Alterou o psiquismo da pessoa por interferência espiritual, e a pessoa está
fazendo um quadro esquizóide, de humor ou um quadro que simula esquizofrenia,
mas não é
-
Quando ele trata a obsessão, que é o quadro base, o quadro primário, a
esquizofrenia cede, porisso, um psiquiatra de bom senso nunca dá um diagnóstico
de esquizofrenia, ele espera dois anos, porque, se ele diz que é esquizofrenia,
pois tem os sintomas dela, e a pessoa se cura
- O
médico, então, com a melhora do paciente, diz que o paciente simulou, porque
ele não conhece o espiritismo, e vai
para o âmbito de que ouve um processo de falseamento da informação
- Uma série de matrizes que envolvem o
TODA, mas é, bem que se diga, que os que nascem nessa circunstância, é alguém
que vem precisando de bom acolhimento
- O mundo é frenético, hoje, as cidades
são superlotadas, todo mundo corre, tem uma psicosfera com agitação
- A criança nasce e os pais têm pouca
disponibilidade para a criança
- A criança já traz tendências, que se
manifestam com uma ansiedade extratosférica, que se manifesta com o quadro de
DDA, com impulsividade ou não, com hiperatividade ou não, e o que nós fazemos :
ao invés de fazermos um acolhimento, uma redução da marcha, poder pacificar
mais a criança, dar mais atenção para ela, falando com uma voz suave
- Essa forma de lidar com a criança é
uma forma que vai levando-a a refletir você
- O tratamento para o autismo pode ser efetuado com medicamentos, mas
natural, homeopático, floral e psicoterapia, mas a abordagem precisa ser de
natureza psico-pedagógica, ajudando a família, pois a família precisa ser
instrumentalizada para saber como lidar com a criança
- Uma mãe quando abraça seu filho, ela neutraliza, submerge o filho num
campo de energia, que funciona como um medicamento sem os efeitos colaterais da
medicação