sábado, 30 de novembro de 2013

SÉRIES PSICOLÓGICAS JOANNA DE ÂNGELIS - A LUTA ENTRE O EGO E O SELF
1 - ATRIBUTOS DA DIVINDADE
- Trazemos inerentes a nossa essência esta potencialidade de uma semente que traz os atributos da Divindade em nós mesmos. A vida na Terra nos propicia essa oportunidade
- Através o nosso Livre Arbítrio fazemos escolhas que não atendem às nossas necessidades
2 - ESTADO DE INDIVIDUAÇÃO
- A luta entre o EGO e o SELF, ou seja, da aparência que estamos ou da busca da essência daquilo que devemos buscar em nós mesmos
- Esta luta eterna entre o SELF e o EGO vai até encontrarmos o estado de “individuação”, ou seja, atingirmos a Plenitude
3 - JAMES HILLMAN - Autor Indiano (do Livro : “O código do ser”)
- “Creio que nossa verdadeira biografia foi roubada... e o nosso grande e verdadeiro trabalho será resgatá-la”
- Se nós temos no SELF essa força de orientação interna e o EGO, esse mordomo que serve para estruturar-se em harmonia, porque nós nos perdemos tanto naquilo que é efêmero, aparente, perdendo as oportunidades de realizar aquilo que nos trará, efetivamente, a Plenitude

4 - JOANNA DE ÂNGELIS ( Livro: “Em busca da Verdade”)
4.1 - Cap 1
“O objetivo essencial da existência humana, do ponto de vista psicológico, na visão Junguiana, é facultada ao indivíduo a aquisição da totalidade, o estado numinoso, que lhe faculta o perfeito equilíbrio dos polos opostos”
- Segundo Joanna, nós vivemos hoje uma vida parcial, parte daquilo que podemos ser, daquilo que podemos construir na nossa existência, e o nosso grande objetivo é chegarmos a totalidade
- Têm pessoas que estão tão centradas no EGO, que não conseguem perceber a realidade da vida. A sua vida passa a ser o problema que ela vive naquele instante
- Isso nós vemos, reiteradamente, em toda parte, pessoas que se queixam e não estão vivendo o problema, pois elas são o problema. Elas se tornam problema, porque o problema toma uma dimensão tão grande na vida delas, que aquele ponto de desafio do EGO faz com que ela não perceba a grandeza que ela é parte, ou seja, ela vive aprisionada na pequena parteé parte, ou seja, ela vive aprisionada na pequena parte
- Existe essa semente Divina, o SELF que impulsiona a auto-realização, mas enquanto não fazemos essa trajetória do EGO para cuidar dessa parte, dessa dimensão, a nossa vida vai variando de problema em problema
- Achamos que o EGO é problema, mas não é, pois o problema é a atitude egocêntrica, é o egoísmo, é o EGO desestruturado, que não se harmoniza com o SELF, que não houve os apelos da própria alma para trazer a tona seus próprios valores existenciais

4.2 - Cap 10
- “Segundo a opinião do eminente JUNG:...dentro da alma, desde suas origens primordiais, têm havido um desejo de luz e uma ânsia incontida para debelar as sombras primordiais... a noite psíquica primordial... é hoje a mesma que a de incontáveis milhões de anos passados. O anseio pela luz e o anseio pela consciência
- JUNG nos ensina que esse anseio é o mesmo daquele homem que vivia há milhões de anos passados, que traziam em si os mesmos anseios da luz, sendo guiados pelo instinto, através de gerações e gerações
- De um lado temos o impulso para a luz, e do outro lado o SELF aguardando que o EGO esteja devidamente preparado e estruturado para serví-lo

4.3 - Cap 2
- “O EGO deve estruturar-se para adquirir consciência da sua realidade não conflitando com o SELF que o direciona, única maneira de libertar a Sombra”
- Joanna de Ângelis nos chama atenção que o EGO deve estrurar-se. Ouvimos que o EGO tem que ser destruído. Não façamos isso, senão viraremos todos esquizofrênicos, perdendo o senso de identidade
- Devemos estruturar o EGO para que ele vivencie a realidade profunda que nós somos, porque é através da nossa identidade provisória que nós vivenciamos o que é mais profundo em nós
- O problema não é o EGO, é o egoísmo que faz com que pensemos que somos a pessoa mais importante e que os outros não merecem respeito, que faz com que passemos a servir nossos anseios, não da alma, mas os anseios que a cultura e a mídia nos vendem, tudo que nos é trazido de fora, como muito importante, e que são como placas que desviam atenção do nosso próprio caminho e, assim, vamos nos perdendo
- A psicologia descobriu, no início do século passado, e através de um dos sobrinhos de Freud foi o responsável, nos EUA, para ajudar as empresas de marketing a transformar desejos em necessidades
- Assim caímos na armadilha, pois só seremos felizes quando tivermos aquele “Carrão dirigidos por atores e atrizes de boas aparências, bonitos, quando, também, morarmos naquele condomínio luxuoso.
- Ledo engano do EGO, porque a felicidade é inerente à conquistq do próprio significado de vida. Não é que neguemos o valor dos bens, mas que não deixemos nos escravizar a eles
- As ilusões da vida é que faz com que a nossa vida fique egocêntrica, centrada nos anseios e desejos do EGO, e se perca da trajetória, conflitando com o SELF que deve nos direcionar
- A vida chama a atenção, traz crises, como se fossem placas luminosas, cg
chamando atenção no rumo a ser seguido, mas deixamos de lado, perdendo excelentes oportunidades de crescimento pessoal, de auto-conhecimento, de renovação interior, porque os apelos do Ego são muitos intensos para as nossas sensações
- Treinamo-nos a viver nas sensações e não exercitamos a vivência nos sentimentos profundos, na gratidão, na gentileza, na benevolência, na caridade, como forma de, exercitando esses sentimentos, aproximar-se da história da nossa própria alma

4.4 - Cap 2
- “Dominador o EGO marcara-se no personalismo, em que se refugiam as heranças grosseiras, que levam o indivíduo à prepotência, à dominação dos outros, em face da dificuldade de fazê-lo em relação a si mesmo, isto é, libertar-se da situação deplorável em que se encontra
- Essa é uma outra atitude equivocada do EGO. Achamos que para nos tornar pessoas bem sucedidas, devemos nos sobrepujar nosso próximo, devemos nos tornar autoritários, envolvidos pelo complexo do poder
- Nos apoderamos de coisas, de vidas, de pessoas, mas por trás do complexo de poder, existe alguém que teme a própria existência, porque aquilo que fica exacerbado na nossa forma de ser na convivência, o lado oposto existe na nossa sombra
- Por isso, por trás das pessoas autoritárias, existe muito medo, muita insegurança, e se tornam as chamadas pessoas “paredes”, que nada os atinge , porque estão distantes de si mesmo, como diz JOANNA : “em face da dificuldade em fazê-lo em relação a si mesmo, dominar os próprios impulsos, transformar a própria história, transformar a própria realidade instintiva, não no sentido de negá-la, mas no saber usufruir o melhor que o instinto pode nos trazer. Escutar o instinto, mas não seguir uma vida instintiva, o que é bem diferente
- Quando não temos o EGO estruturado, queremos dominar as pessoas, pois queremos que elas tenham as mesmas vontades que tenho, têm que seguir a minha ordem, fazer o que eu mando
- Quando essas pessoas encontram outras com complexo de inferioridade, vão criando um ambiente onde dão vasão a sua sombra, alimentada pela sombra do outro, que não tem auto-estima suficiente para fazer as próprias escolhas
- São dois polos opostos que precisam se unificar, que precisam ser trabalhados, que precisam estar harmonizados com o SELF, mas que se perdem nessa atitude arbitrária, nessa prepotência
- Por isso JUNG diz que onde houver ânsia de poder, não há amor, porque quem ama liberta, não quer fazer o outro escolher coisas que sejam boas para mim, porque sabe que cada um tem a própria consciência
- Complementa JUNG : “Que onde existe amor, não há ânsia de poder. Eu posso propor, eu posso convidar, dialogar com minhas idéias, mas não impô-las com respeito ao próximo e ao seu Livre Arbítrio

5 - JAMES HILLMAN ( Livro : “O Código do ser”, Cap 16)
- “Quanto mais minha vida for explicada pelo que já ocorreu em meus cromossomas, pelo que meus pais fizeram ou deixaram de fazer, e pelos anos remotos de minha infância, tanto mais minha biografia será a história de uma vítima”
- O autor acima relata essa postura de vitimação, que é uma outra luta entre o EGO e o SELF, aquele que se considera vítima da vida
- Têm pessoas que gostam de ficar nessa condição de “coitadinhas”. Não há nada que se diga a elas que elas aceitem, pois dizem quem com elas não funciona, pois querem que se tenha pena delas
- Quando nos colocamos em situação de vítimas, desistimos de extrair de nós mesmos, a força para vencer, a força para construir o novo, para transformar problemas em lições de vida, em experiências
- E se o problema não puder ser solucionado, entregar a própria vida e receber como uma lição de vida profunda, que a existência lhes traz, e que será importante para o espírito
- Quantas vezes essa postura de vítima ainda faz parte dessa minha atitude egóica
- O EGO vitimizado, não faz o esforço necessário para extrair as próprias forças e trazer a solução, fazendo com que aquela nossa biografia perdida seja um processo de “vitimização”
- é preciso que nós cresçamos, assumindo que a vida traz para nós tudo aquilo que necessitamos para o desenvolvimento daquela semente que nós somos, da semente que nós devemos realizar no nosso dia-a-dia com nossas atitudes e com nossas escolhas

6 - CARL GUSTAV JUNG (Livro : “O Eu e o Inconsciente”, pag 154 )
- “Quando o Eu (EGO) é idêntico à persona, a individualidade é totalmente reprimida e toda a psique consciente torna-se coletiva. Isto representa o máximo de adaptação à própria individualidade”
- JUNG fala da “Persona”, e ela é a máscara que nós utilizamos na vida social. Ela é importante em alguns momentos
- Mas o problema não é a “Persona” em si, mas quando acreditamos que somos aquela ‘PERSONA”, e não somos realmente. Ela serve somente para me identificar e eu acredito que sou a “Persona”, ou então, por não ter contato com a própria realidade, eu sou o que as pessoas esperam que eu seja, eu estou distante de mim mesmo
- É o que Joanna de Ângelis chama de “Homens espelhos”, os quais criam os modismos por falta de identidade e nos adaptam à coletividade. É um processo de “massificação”
- A “massificação” vai nos colocando padrões, tendências, desejos e, na maioria da vezes, é patológico

7 - JOANNA DE ÂNGELIS
7.1 - Livro : “Em busca da Verdade”, Cap 1
- “A Sombra existente no ser Humano não deve ser combatida, senão diluída pela integração na sua realidade existencial. Ela desempenha, portanto, um papel fundamental no equilíbrio entre o EGO e o SELF, no que resulta a unificação também dos polos quando se consegue a sua diluição”
- Passadas aquelas atitudes equivocadas do EGO, quando começo a entrar em contato com a minha Sombra, que parece algo tão temeroso, mas não é
- A Sombra é aquilo que eu desconheço em mim, como aquele quarto trancado que eu devo abrir e colocar luz para conhecer o que está alí dentro. São as nossas aptidões, qualidades, mas comportamentos equivocados, também
- Eu preciso conhecê-los para que a minha vida não seja determinada pela Sombra densa e que eu esqueça os valores que alí se encontram. Por isso, ela não deve ser negada, senão diluída, integrada em nossa personalidade, como que trazendo de volta aqueles valores que foram esquecidos
- Quantas pessoas descobrem aptidões depois da fase madura, como cantar, tocar música, etc
- para o SELF todos os momentos são de descobertas, não interessando se vamos morrer agora ou depois, pois para ele o EGO já morreu tantas vezes e morrerá mais tantas outras e o elo de conecção permanecerá vivo
- Por isso, uma atitude equilibrada do EGO que busque a própria Sombra, vai fortalecendo o eixo EGO-SELF, esta ponte de ligação que nós perdemos muitas vezes e vamos deixando de lado
7.2 - LIVRO : “JESUS E O EVANGELHO À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA”, (Pag 112)
- “ O EGO em predomínio cede espaço ao SELF que se encarrega de conduzir os pensamentos, ideais e esperanças necessárias para alcançar a meta a que está destinado”
- Quando o EGO consegue perceber o estado no qual se encontra, seja o complexo de poder, essa vontade de sobrepujar a nossa vontade nos outros, seja o complexo de Inferioridade quando o EGO se coloca na condição de insubmisso e vai deixando que os outros escolham por nós, seja o EGO “vitimizado”, que se coloca no papel de “coitadinho” de mim, de vítima da vida, de seus próprios gens, da sua família, da sua cultura, esquece de fazer a suas próprias escolhas
- Quando vamos deixando de lado esses papéis, assumindo a responsabilidade, o EGO vai cedendo espaço e o SELF se encarrega de conduzir as intuições que surgem, os pensamentos que começam a se articular, sonhos que aparecem em nossa vida, pessoas que, através da sincronicidade, as “Coincidências” da vida que vão sinalizando, para que a gente volte para aquela estrada principal, que nunca deveríamos ter deixado, e o SELF passa a conduzir nossa vida
- Não é uma vida feita de desafios, porque para a realização, o SELF precisa que o EGO enfrente desafios, precisa que enfrente provas, obstáculos para que se fortaleçam, que adquira forças de enfrentar tudo o que pode acontecer na vida, mas que deve servir de propósito de auto-iluminação

8 - CARL GUSTAV JUNG (AION, Pag 156
“A consciência do homem foi criada com a finalidade de :
(1) Reconhecer que sua existência provém de uma unidade superior
(2) Dedicar a esta fonte a devida e cuidadosa consideração
(3) Executar as ordens emanadas desta fonte, de forma inteligente e responsável
(4) Por conseguinte, proporcionar um grau ótimo de vida e de possibilidade de desenvolvimento à totalidade da psique”
- Jung chama o SELF de a imagem Divina que existe no homem. O centro regulador que nos direciona, que nos impulsiona, que nos alimenta, desde que o EGO tenha uma atitude com patível para aproveitar esse impulso
- Quando o EGO está estruturado, esse processo se dá de forma consciente. Quando não está estruturado, o trabalho do SELF é fazer com que ele , através das crises, retorne ao ponto ideal para reconhecer essa existência superior, descobrir a semente que nele existe, e realizar todo o processo que a sua semente nos chama, para que ele possa, num segundo ponto, dedicar a esta fonte a devida e cuidadosa consideração
- Imaginemos que esse encontro do SELF como uma gestação. E a própria ideia da semente nos traz isso. Ela vai gerando, seja na Terra, seja na mulher, aquele fruto, aquela criança que surgirá
- Devemos fazer as seguintes reflexões :
(1) Como está o processo de gestação do SELF em mim
(2) Eu tenho uma atitude retrospectiva, reflexiva a respeito da vida
(3) Eu dedico tempo para o meu auto-aprimoramento
(4) Eu verifico meu comportamento e sei avaliar quando ele está inadequado
(5) Quando as minhas emoções entram em descontrole
- Dedicar a atenção a fonte é isso. Não é somente estar numa religião, porque frequentar um templo religioso é muito fácil. O mais difícil é fazer uma conexão religiosa consigo mesmo, estudar a própria alma, ouvir a si mesmo
- Gostamos tanto de ouvir as lições da Espiritualidade, mas temos tempo de escutar a própria intuição? Ou mesmo as respostas que a Espiritualidade nos traz e pô-las em prática no nossa dia-a-dia, ou queremos ainda respostas prontas?
- E quando dedicamos a essa fonte a devida eacuidadosa atenção. Chegamos “a executar as ordens emanadas dessa fonte, de forma inteligente e responsável
- Seguir e escutar a própria intuição. Quantas vezes nós nos arrependemos por não escutar a própria intuição e tivemos que escolher de forma equivocada e, assim, vivenciar crises e dores, porque ainda não a executamos e, também, porque somos influenciados pelos espíritos inferiores
- Por isso, temos de fazer contato com a própria Sombra, para que todo esse campo se harmonize e eu possa executar de forma inteligente e responsável, mesmo que o meu caminho seja diferente da maioria
- A individuação seria comparável com a “Porta Estreita”, na qual cada um passa individualmente de cada vez, através de sua consciência, como sendo o meu caminho, o meu molde
- Entretanto, me desvio e sigo a maioria, pela “Porta Larga”, a mais fácil, pois, assim, não me preocupo com as minhas escolhas e sigo amparado pelos outros











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