sábado, 30 de novembro de 2013

INFÂNCIA E MEDIUNIDADE (François Rabelais, psicografia de Rafael Figueiredo)
CAP 01 - UMA MEDIUNIDADE EM DESCONTROLE
- Como sabemos, crianças até mais ou menos a idade de sete anos encontram-se em finalização do processo biológico de reencarnação. Assim como as pessoas idosas, que se aproximam do desencarne pela falência orgânica, encontram-se mais sensíveis à influência espiritual (essa afirmação é fornecida pelo espírito André Luiz, na obra “Missionários da Luz”)
- Todos os seres humanos possuem sensibilidade para travar relação com a espiritualidade. Esta capacidade mediúnica é, previamente, planejada antes de darmos início ao processo reencarnatório
- Com relação à mediunidade, é na Doutrina Espírita, principalmente, que existe a possibilidade de esclarecimento
- Estudar a mediunidade com seriedade nos permite compreender e exercitar o dom mediúnico manifesto, deixando de ser reféns dos fenômenos espirituais, canalizando-os em atividades construtivas
- As lições Evangélicas, o aprendizado moralizador, o convívio saudável em família, permitem uma tranquilidade nas relações mediúnicas pela sintonia estabelecida
- A falta de conhecimento das questões espirituais que envolvem os seres humanos, por parte dos médicos, por diversas vezes, causam erros de avaliação. Desconhecem a maioria dos psicólogos e psiquiatras, que, uma porção muito elevada dos transtornos de personalidade tem participação de personagens desencarnadas, atuando sobre o paciente.
- E que os mesmos desencarnados também precisam de auxílio, muitas vezes, divertindo-se com a dificuldade de diagnosticar o problema. Causam estas dificuldades quando se aproximam e se afastam dos pacientes, confundindo a possibilidade de um diagnóstico preciso



CAP 2 - SURGE UMA ESPERANÇA
- A falta de informação nos faz pensar que a ausência de sintomas significa um restabelecimento, quando em muitos casos o mundo íntimo do doente encontra-se em ebulição contida. Contenção essa que, forçosamente obtida por intermédio de medicação. Pode culminar em uma violenta erupção no futuro
- Em certos momentos preferimos imaginar que o doente está bem, escondendo os sintomas por egoísmo; muitas vezes não estamos pensando realmente em aliviar o doente e sim em exterminar a situação que nos incomoda pela constante observação da agonia do enfermo
- Os obsessores agem pela crença de estarem fazendo justiça. Há uma tendência natural nos sentirmos injustiçados por não conseguirmos vislumbrar toda a situação que nos envolve, pois não conseguimos perceber o que fizemos no passado para merecer o que vivemos no presente e, assim, acabamos por assumir o papel de vítimas perante a vida

CAP 3 - DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM (DEMÊNCIA)
- Um dos grandes problemas dos pais é de que eles estão, constantemente, comparando sua situação na infância com a de seus filhos, desejando o bem estar deles, mas cobram que os mesmos correspondam às suas expectativas, pressionando em demasia a estrutura emocional em formação das crianças
- Precisamos nos lembrar de que estamos lidando com seres extremamente antigos vestindo momentaneamente um corpo infantilizado, e que, sendo assim, trazem consigo uma enorme bagagem emocional, aspirações, inclinações e dificuldades muito particulares
- O papel dos pais é conduzir moralmente o amadurecimento dos pequeninos, sem querer transformá-los no que não são. Podando, sim, as inclinações negativas e estimulando a moralidade e a educação construtiva
- O animismo é fenômeno que difere da mediunidade em termos conceituais, mas que na essência tem igualmente sua origem numa faculdade do espírito. O que diferencia estes fenômenos conceitualmente é o fato de existir ou não a participação de um agente externo, no caso um espírito, sensibilizando o sensitivo
- A mediunidade exige a participação de um espírito que não seja o do próprio médium, o animismo refere-se ao afloramento da sensibilidade perceptiva por parte do próprio espírito, que interage diretamente no processo
- Muitos foram os considerados gênios pela humanidade que utilizaram a sensibilidade anímica para dar cumprimento aos seus legados, intelectuais e artísticos. É correto afirmar que esses grandes vultos da Humanidade contavam com grande amparo espiritual
- Não devemos estimular o exercício da faculdade mediúnica naqueles que ainda não possuem a devida maturidade para compreender o tamanho da responsabilidade que abraçam e que essa prática pode lhes trazer grandes benefícios ou graves prejuízos, dependendo da forma como é conduzida

CAP 4 - EM AMBIENTE ESCOLAR
- Temos visto com bastante frequência em nossa escola a falta de participação dos pais na educação dos filhos. Vemos crianças que acabam sendo compradas, como se valores financeiros pudessem suprir a falta que sentem do carinho familiar
- Sentindo culpados, os pais têm deixado de impor limites aos filhos, dando a eles tudo o que pedem, prejudicando acentuadamente sua educação para o convívio em sociedade
- Existem aqueles que, através do esforço constante, tentam fornecer uma valiosa educação aos filhos. Os pais aparentam ter boas intenções, porém acontece que estão enfrentando o problema da falta de espiritualização dos seus valores, o que provoca, muitas vezes, distúrbios na base da educação que deveria ser fornecida no lar
CAP 05 - COMPREENSÃO LIMITADA
- Temos em nossa consciência a divindade esperando para desabrochar. O espírito que macula esta consciência cósmica que habita em nós sofre os efeitos negativos aos quais se lançou
- A tendência ao retardo mental é uma forma que o automatismo espiritual encontra de amenizar os choques íntimos provocados quando o espírito inicia a reflexão sobre sua conduta. A estrutura psíquica do encarnado não consegue manter-se equilibrado perante o acentuado sentimento de culpa, que transpondo os limiares do corpo espiritual, impõe sua influência sobre o modelo orgânico
- A demência é um mecanismo de defesa que fornece alívio aos sofrimentos conscienciais do espírito que começa a constatar seus desvios e sofre imensamente com isso. Este sentimento de culpa nos atrela àqueles aos quais estivemos nos relacionando em eras recuadas
- A falta da consciência exata de nós mesmos ameniza as influências negativas que nos vinculariam a um processo obsessivo
- Percebam que o automatismo que nos rege através de leis perfeitas e justas não beneficia somente o dementado, pois igualmente deparando-se com companheiro doente, muitos espíritos, tendo mais tempo para reflexão, diminuem ou ainda desistem de suas vinganças
- Não existe uma regra específica para cada caso, a intensidade dos sentimentos e a condição geral de cada um dos participantes envolvido no processo ditam as consequências vindouras
5.1 - ESQUIZOFRENIA
- Sabemos que a esquizofrenia é ainda uma grande charada para a ciência médica atual. Já que, por refutarem a existência do mundo espiritual, caem no erro de desconsiderar as influências dos espíritos sobre seus pacientes
- Como vimos, Roberto tem em germe latente um distúrbio mental que consta presente em seu modelo organizador espiritual, em seu períspirito. E que, se não for tratado com eficiência, virá a repercutir ostensivamente sobre seu cérebro orgânico
- Os médicos ainda não conseguem diagnosticar precisamente a moléstia da alma, o que faz com que a busca por orientação se dê normalmente quando a situação já se encontra intrincada e de difícil resolução. Confundidos pelas diferentes manifestações de esquizofrenia, não encontram ponto comum que lhes sirva de base eficaz para a constatação rápida do problema
- Eles, os médicos, buscam o subtipo para classificação da enfermidade, que varia infinitamente conforme a imperfeição do encarnado e a forma como obsessor atua para atingir sua meta prejudicial
- O constante contato emocional entre desencarnado e encarnado, a intenção de prejudicar somada ao sentimento de culpa que se permite deixar atingir acarretam comprometimentos graduais do aparelho orgânico
- Nem todos os pacientes poderão ser curados, a cura é pessoal, é íntima, se faz necessário que o espírito esforce-se por buscar novamente o equilíbrio, e este caminho se conhece pelos enunciados do Evangelho de amor e perdão das ofensas
- Alguns espíritos impõem-se sob esta pena como única forma que vislumbram para sentirem-se confortados diante da culpa que lhes atormenta, acabam por trazer de forma arraigada em sua matriz espiritual os problemas que necessariamente deverão passar na vida quando encarnados
- Porém a todos eles é possível abrandar a expiação, fazendo da caridade, do trabalho sério e digno a porta de auxílio para pelos erros perpetrados no passados que sofrem diuturnamente pelos erros praticados no passado
- Alguns desses pacientes são tratados com medicação antipsicótica, que produzem enorme apatia, alteram-lhes o metabolismo, diminuem a produção ectoplasmática. Dificultando o intercâmbio mediúnico, e, por não constatarem de maneira tão acentuada os sintomas da ação espiritual, podem supor a partir dessa apatia que obtiveram a cura, como se o espírito tivesse ido embora pela ação dos remédios. O obsessor continuará a postos, esperando como o caçador espera sua presa, para, no momento em que a medicação e a vigilância do encarnado cederem espaço, voltar a atacar, acarretando problemas maiores ainda por atuar sobre organização extremamente debilitada sob efeito das altas dosagens de medicamentos
- Hoje a esquizofrenia é considerada uma enfermidade sem cura, os médicos procuram diminuir a ocorrência, que sempre poderá retornar ao menor sinal de desequilíbrio íntimo do paciente
Estamos diante de uma grande chaga da sociedade, provocada por sua condição moral inferior. A moralização é o eficaz remédio para a atração de melhores companhias, que auxiliem ao invés de prejudicar
- O magnetismo, aplicado nos Centros Espíritas através do passe, é o estímulo externo que desfaz momentaneamente os elos mentais entre obsessor e obsediado, permitindo que ambos reflitam com relação ao caminho que escolheram seguir
- O espiritismo não pode, é verdade, curar a quem não deseje a cura, porque ela é pessoal e intransferível, mas deve ser utilizado de forma a estimular a mudança, a transformação moral, a prática do perdão pelos envolvidos
- Por sua posição não comodista, o Espiritismo afugenta muitos adeptos ainda preguiçosos, que preferem filiar-se a movimentos que lhe oferecem oportunidades de redenção ilusória, sem esforço apropriado nesta direção, pois somos ainda mesquinhos
- É muito grande a quantidade de Espíritas que têm desencarnado mal, que não estão se preparando bem para a mudança de plano. Assim como existem aqueles que se dizem Espíritas por somente frequentar socialmente um Centro Espírita, há também aqueles que estudam muito e aplicam tudo o que aprenderam somente com os outros, se esquecendo da própria transformação. São eles os espíritas teóricos que sabem muito e não exemplificam quase nada
CAP 6 - INFLUÊNCIAS VIBRACIONAIS
- Na medida em que evoluímos moralmente, conquistamos condição de conhecer as minúcias de nosso passado de erros. Fortalecidos por novos ideais, encontramos condições suficientes para constatarmos nossa sombra. É, então, possível começar o processo lento de compreensão dos motivos que nos levaram a passar, necessariamente, por esta ou aquela espécie de dificuldade
- Isso nos permite entender que a injustiça não existe, aprendemos a reconhecer nosso devido lugar diante da vida. Nos conscientizando que não somos diferentes de nenhum de nossos irmãos, e que, se julgarmos os outros, estaremos julgando a nós mesmos, pois igualmente apresentamos um presente ou um passado de desvios e faltas
- Aqueles que se deixam envolver pelo ódio são os que mais sofrem, porque precisam ainda dos encontrões da vida para despertar as consequências de suas atitudes
- Quando nos damos conta dos erros que cometemos, a consciência nos pesa, acusa-nos diuturnamente exigindo reparação. Nesse momento é que a misericórdia divina manifesta-se mais uma vez permitindo que o espírito se enclausure em si mesmo através das mais diversas demências, que são como oásis em meio ao deserto de aflições
- Mesmo sem condições de decidir qual o melhor rumo a seguir, o espírito recebe por parte daquele que mais do “Alto” o acompanham a possibilidade de refazimento na matéria, através de dificuldades específicas, para que ao acordar tenha expiado algumas de sua faltas, aliviando assim o remorso que o atormenta
- Na condição de grandes endividados perante a própria consciência, por sentimentos de culpa, ofereceríamos vigorosa sintonia para aqueles com os quais nos relacionamos no passado. Tais ocorrências nos impossibilitariam por muito tempo qualquer participação construtiva na reconquista da serenidade
- Atacados diuturnamente, seríamos presas a cair facilmente na demência, que não possibilitaria maior aprendizado com relação às consequências de nossos próprios erros. Não se trata aqui de proteção aos que fizeram o mal como reclamam muitos obsessores quando se veem afastados daqueles para quem direcionam suas vinganças. Lembremos que o próprio afastamento impede que ocorram maiores comprometimentos, concorrendo em favor de todos, fornecendo ainda ao espírito a possibilidade de um tempo maior de reflexão
CAP 08 - A EXPLANAÇÃO DE CRISTOVÃO
8.1 - DISTÚRBIO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO ( DDD) e HIPERATIVIDADE
- Ao que sabemos, ainda limitadamente, o Distúrbio de Déficit de Atenção(DDA), ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal
- Quando mantemo-nos concentrados em determinada atividade, nosso córtex pré-frontal envia sinais inibitórios para outras áreas do cérebro, sossegando os demais estímulos que nos chegam para que possamos nos concentrar
- Incluindo a estes conceitos a realidade espiritual, enfatizamos que o excesso de ectoplasma possibilita uma maior excitabilidade, o que permitiria incremento na receptividade a estímulos por parte do encarnado
- Captando estímulos em maior quantidade do que poderia assimilar, passaria a apresentar dificuldades para conseguir uma concentração adequada. Esta dificuldade de concentração vem sendo classificada oficialmente como “distúrbio de déficit de atenção” (DDA)
- A ciência médica terrena constatou que o portador de DDA tem uma tendência à impulsividade, falar e agir sem pensar
- Sabemos que o ectoplasma é o elo que permite a interação do períspirito com o corpo físico, havendo ectoplasma em abundância a possibilidade de interferência externa ou mesmo interna tende a acentuar. Em outras palavras, o encarnado tornar-se-ia mais influenciável aos elementos espirituais, atraindo-os para si conforme a conduta, o que o auxiliaria ou prejudicaria em consonância com os componentes envolvidos
- Um percentual muito elevado das crianças que apresentam DDA sofre igualmente com a hiperatividade (Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade - TDAH), constatou-se um índice próximo a cinquenta por cento dos casos
- O excesso de ectoplasma hipersensibiliza o encarnado, que, por efeito do automatismo fisiológico, busca liberar a energia excedente como melhor conseguir
- O ectoplasma em abundância oferece, ou melhor, amplia essa possibilidade, mas de forma alguma torna obrigatória sua ocorrência
- Os relatos de meninos e meninas que não conseguem parar quietos, podem caracterizar uma atividade inconsciente comandada pelo automatismo perispirítico no gasto de ectoplasma excedente
- A presença de um espírito obsessor estimularia e até mesmo dirigiria, conforme o caso, as ações da criança. Porém tal fato só seria possível se houvesse sintonia entre o encarnado e o desencarnado, seria necessária uma similaridade fluídica entre os envolvidos
- É por esses aspectos que evidenciamos importante função do lar, pois será aí e nos demais ambientes que a criança frequentar com assiduidade, que poderá ela ser estimulada aos elevados valores morais. Valores esses que, se bem incentivados, afastarão a possibilidade de influência espirituais prejudiciais sobre a criança
- O comportamento intranquilo da criança afetaria aqueles que com ela convivessem, provavelmente os impacientando. Facilmente surgiriam os atritos, as discussões, que agravariam as crises, aumentando a energia ectoplasmática com necessidade de ser gasta
- Tais distúrbios familiares teriam ainda a consequência, se extremados, de diluir qualquer barreira à ação “Vampirizadora”. Chamamos de “Vampiros” os espíritos desencarnados que se aproveitam do ectoplasma dos encarnados na tentativa de reviverem sensações possíveis através do corpo físico
- O desencadeamento da produção orgânica excessiva de ectoplasma poderá ocorrer através de duas possibilidades :
1- Diz respeito à prova ou programação prévia, em que o encarnado se fará portador da mediunidade para o crescimento íntimo e coletivo se souber dignificar tal oportunidade
- O ectoplasma possibilita o controle do espírito sobre o corpo material, permitindo a relação entre o períspirito e seu corpo físico
- É através do ectoplasma que o espírito desencarnado consegue utilizar os recursos do médium encarnado para efetuar suas comunicações
2 - Sabemos que efeito tem uma causa originária. As células por imposição do automatismo fisiológico, aprenderam a produzir ectoplasma para a manutenção da vida encarnada
- Em função deste mesmo reflexo condicionado, se nos mantivermos em uma condição de desregramento diário, abusando das possibilidades do veículo orgânico, forçaríamos as células a trabalhar aceleradamente visando à subsistência
- Abusando de bebidas, drogas e outras formas de desgastar o próprio corpo, estimularíamos nossos companheiros celulares a fazer o que sabem, produzindo ectoplasma necessário à manutenção da vida encarnada pelo período que conseguirem
- Em uma próxima encarnação, em função de nossa conduta, teríamos “viciado” as células a funcionar excessivamente, estariam condicionadas a lutar pela sobrevivência antecipadamente, produzindo ectoplasma em abundância mesmo que não houvesse essa necessidade
- É por este fator que encontramos maiores índices de DDA e hiperatividade entre crianças, nelas o excedente se faz mais perceptível porque não cometem ainda grandes abusos com o corpo físico, não equilibrando, assim, a produção e a demanda
- Somente um novo processo de condicionamento conseguiria imprimir nas células uma forma equilibrada de funcionamento, o que pode levar mais de uma encarnação para ser efetuado
8.2 - AUTISMO
- Poderíamos tratar também aqui do efeito contrário; ao invés do excesso de produção, lembrar da baixa produção de ectoplasma, que impossibilita um perfeito domínio do espírito sobre o corpo encarnado, caracterizando os casos de “autismo”
- Fica fácil de explicar o fator que origina este efeito de nos utilizarmos do caso do suicida consciente. Assim como o desregramento forçou as células a funcionar de maneira acelerada, o desejo de autoaniquilamento poderá imprimir sobreas células, em uma próxima existência, uma diretriz para que funcionem em níveis inferiores aos necessários
- Se o espírito não quer existir, suas células recebem estímulos para não funcionarem bem. Isso dificulta a perfeita interação entre espírito e corpo
- Na maioria das situações deste tipo. O espírito tem perfeita lucidez, mas se corpo apresenta impossibilidade de demonstrar esta capacidade de entendimento, manifestando-se em variados níveis, desde o “autismo” em sua forma mais simplificada até mesmo as mais agravantes condições mentais
- Por que este desejo de morrer que o suicida apresenta não tem maior influência enquanto encarnado? O desejo do espírito encarnado não repercute de forma tão eficiente sobre as células do que quando desencarnado. O corpo físico vincula-se ao princípio de auto preservação instintivo
- A ocorrência desta influência fica evidente nos casos de pacientes que se deixam morrer sem resistência orgânica alguma, suas funções orgânicas são enfraquecidas pela própria vontade de morrer
- As células enfraquecidas por debilidade orgânica oferecem maior possibilidade de influenciação por parte do espírito que as dirige. Este desejo de autoextinção que o espírito carrega na mente será repassado, ainda no útero materno, no momento de sua concepção, para a nova vestimenta física, que sentirá todas essas impressões
- Tanto no caso da produção excessiva de ectoplasma quanto na produção reduzida, tivemos como exemplo casos de suicídio, um consciente e outro inconsciente, pelo uso indisciplinado do corpo físico
- O fator fundamental que concorre para esses efeitos diferenciados em situações de origem aparentemente tão semelhantes é a vontade que move o espírito perante suas ações
- As repercussões que o espírito sofrerá em nova reencarnação se devem, principalmente, à impressão mental que carrega. Poderemos passar todos pelo mesmo evento, mas cada um de nós terá uma impressão e um entendimento diferente do mesmo
- A Lei de Causa e Efeito funciona conforme esses componentes íntimos, por isso se veem tantas variações de consequências para fatos que aparentemente se assemelham
- Se o espírito destas crianças não encontrar forças para se mobilizar à mudança necessária, ela não acontecerá. Precisamos dirigir a principal atenção às causas e não exclusivamente aos efeitos, como estamos acostumados a fazer
- Todo distúrbio acontece devido a algum fator, que tem sua origem no próprio espírito, que sofre com o problema. Portanto, o espírito tem responsabilidade integral pelo que lhe causa incômodo e igualmente pela alteração deste quadro
- O melhor estímulo moral que podemos infundir à criança é nossa própria conduta, imprescindível o esforço por vivenciar o que conhecemos de mais elevado moralmente, caso tenhamos o desejo sincero de ajudar

9 - ACOMPANHANDO A ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
- A minha aparência corpulenta impõe receio naqueles espíritos que de nós se aproximam com intenções inferiores. Esses espíritos agressivos são muito afeitos às sensações da matéria densa, e a aparência causa sobre eles grande influência. Dessa forma, aparentando força física evitamos muitos problemas antecipadamente
- Ao desencarnar existe a possibilidade, para aqueles que aprenderam, de adotar a aparência que melhor nos convém, conforme o gosto particular ou a atividade que venhamos a desempenhar
- Muitos pais deixam de levar de levar seus filhos com receio de que a perturbação causada pela agitação deles possa incomodar os demais espectadores. Aquele que compreende a maior sensibilidade da criança para a relação com a espiritualidade sabe que estes constrangimentos podem servir de motivo para afastá-la, os pais e mesmo outros frequentadores que se sentem incomodados do acompanhamento valioso
- Perdoem-me os espíritas ditadores do silêncio, a ordem e a disciplina sempre são saudáveis, mas jamais podem vir em detrimento da possibilidade de auxílio ao próximo
- Com relação ao uso de peças de roupas por parte dos encarnados nas tarefas em que há o emprego do magnetismo, podemos dizer que não podemos auxiliar eficazmente aqueles que assim não desejam, e muito menos quem não se esforça para tanto
- Ao utilizarem peças da vestimenta dos entes que amam, os encarnados somente substancializam o pensamento de auxílio que desejam endereçar ao ente querido, pois elas em nada influi no auxílio, em nenhuma circunstância, apenas servem como ferramenta de mentalização da pessoa a quem se quer oferecer auxílio

10 - EM VISTA À ENFERMARIA
- Utilizamos o termo “maternidade”, para designar o setor onde alojamos os espíritos que não obtiveram êxito no processo de gestação e que visam à nova possibilidade reencarnatória, sendo grande parte deles, vítimas de aborto
- Esses espíritos traziam enorme bagagem de erros que os impossibilitavam de alcançar uma condição de equilíbrio ideal para uma gravidez tranquila por parte da genitora que os abrigasse
- Por esse motivo, tornava-se grande a probabilidade do aborto, proposital ou espontâneo. Essa dificuldade maior durante a gravidez em nada poderia servir de argumento para a realização do aborto
- Existiam fortes motivações para estabelecimento do vínculo material entre pais e filhos, relações que por vezes remontavam a passado já distante
- Pude perceber que havia pequeninos bebês com machucados ou mesmo mutilações, as quais soube terem ocorrido durante o procedimento abortivo
- Em que condições desembarcariam esses mesmos pais na espiritualidade ao constatarem sob a guante do remorso o grave erro que cometeram? Namorados que pressionavam suas companheiras a abortar por motivos financeiros, ou ainda, preocupados em manter certa posição social. Pensamentos tristes desfilavam por minha mente
- Ao observar mais detalhadamente a situação de um dos fetos, pude constatar que ele apelava por sua vida preso ao quadro do momento em que fora abortado, repetindo mentalmente: “Por favor, não faça isso, mamãe, deixe-me viver...”
- Eles, por diferentes circunstâncias, não obtiveram êxito em seu processo reencarnatório. Respeitando programação superior, aguardarão por nova oportunidade, sendo que alguns tentarão nova aproximação com este mesmo espírito que falhou na tentativa da maternidade
- Há casos em que os reencarnantes somente necessitam de um “mergulho no útero”, com fins de reestruturar o períspirito lesado, como acontece muito entre os suicidas, que dificilmente alcançam êxito na tentativa de voltar à matéria na primeira ocasião subsequente ao ato que praticaram contra si mesmos
- Todos neste local estão adormecidos, induzidos magneticamente, para facilitar o auxílio que tentamos efetivar. Pôde presenciar, pela mensagem psíquica que constatou junto aos bebês, que a impressão do ato abortivo encontra-se muito viva. Visando auxiliá-los, preferimos mantê-los, conforme o caso, com menor consciência do ocorrido
- O psiquismo do espírito está plenamente funcional em qualquer situação. O que ocorre é que por vezes nosso instrumento de manifestação cerebral não dispõe de possibilidades para expressar tais impressões coerentemente
- O espírito, na fase evolutiva em que nos encontramos, está acostumado a utilizar seu veículo de manifestação para manter comunicação consciente. Mesmo sabendo que é possível a comunicação sem o uso da palavra, é bastante comum encontrarmos espíritos que não usam a comunicação mentalizada em função das barreiras que inconscientemente impõe a este processo
- Poderíamos induzir, num processo semelhante à hipnose, o espírito desses bebês a retomar a forma estrutural que adotavam antes do inicio do processo reencarnatório. Mas visando evitar desdobramentos para a situação traumática vivida com o aborto, conforme a possibilidade de cada espírito, prefere-se mantê-los em “sono induzido” até a próxima tentativa de reencarne, que deverá ocorrer em pouco tempo
- Os fetos lesados durante o aborto trazem marcados em seu períspirito o choque da impossibilidade de voltarem ao mundo corporal. Tais lesões perispirituais são muito difíceis de serem tratadas na espiritualidade. O melhor remédio para tais casos é o novo mergulho no útero materno, que por indução magnética proverá, se possível, a orientação celular para a formação de um corpo saudável por parte desses espíritos
- O suicida alimenta desejo de autoaniquilação, o que facilita o surgimento de deformidades e complicações durante a gravidez. O amplo complexo de culpa em que se envolve nossa paciente dificulta qualquer solução breve para seu drama
- Ele alimente grandes deformações no próprio sistema respiratório, que se agravam quando do processo reencarnatório pelo contato mais amplo com a matéria densa
- Apesar de estar retornando de sua terceira tentativa reencarnatória após o suicídio, ainda não conseguirá organizar um corpo sadio para se manifestar no Mundo corporal
- Ficava evidente para mim a afirmação de Giovana com relação à gravidez ser um amplo processo de intercâmbio mediúnico. A futura mãe identificou a presença de sua rival e rejeitou o vínculo. Certamente que o futuro pai também esteve envolvido nesta decisão
- Mesmo tendo consentido a aproximação de mariana, quando ainda estavam ambas na espiritualidade, durante processo de gestação, não conseguiu conter suas imperfeições, deslizando no ato abortivo

2 - INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA (CAP 11 - APRECIAÇÕES FINAIS)
2.1 - INFÂNCIA
- Somos catequizados a visualizar a infância como um período em que o ser é nulo, que nada sabe e que tudo precisa conhecer conforme os padrões ditados pela sociedade em cada época e local
- Esta visão acredito que seja a principal dificuldade que nos marca até hoje, compreender mais amplamente as questões que envolvem a infância
- Por possuirmos a concepção limitada da criança, acabamos por desenvolver sistemas equivocados que esbarram em grandes dilemas existenciais
- Essa insegurança em compreender a criança com que lidamos interfere na formação que idealizamos para nossos filhos e educandos, Estamos sempre atrelados a limites radicais de entendimento
- A problematização da infância está estruturada em um nascimento a partir do nada. Negando a preexistência da alma, incorremos na criação de lacunas que não preenchem as formulações desenvolvimentistas. As obras dos grandes estudiosos desta área pecam por não conceber a criança como um ser que preexistia antes de nascer
- Toda criança saudável brinca imaginativamente em algum momento de sua vida e somente ela sabe do que realmente brinca
- Adentrando o tema da mediunidade, pudemos constatar que a relação da criança com a espiritualidade, em média, é muito superior à do adulto
- Nossa posição diante dessas manifestações, como por exemplo, de a criança brincar com seu amigo imaginário, é bastante confusa. Temos acompanhado retaliações taxativas por parte de pais e educadores que coíbem tais acontecimentos
- O convívio espiritual por parte da criança é natural, pois entende que nada está fora do lugar e que todas as outras pessoas também devem perceber o que ela está conseguindo constatar
- A relação da criança com a morte do corpo físico de um familiar seu é muito mais amena. Costumamos dizer que as crianças não entendem o que é morrer, mas será que livres de nossos dogmatismos não são elas que entendem e vivem muito melhor essa relação?
- A criança traz certamente muito mais latente a ideia da imortalidade e da constante relação com o mundo espiritual do que os adultos
- Quando esses valores estiverem enraizados na crença da sociedade atual, estaremos iniciando uma sociedade renovada, que, despida do sectarismo religioso, primará pela educação moral que será exemplificada em cada ato
- É comum escutarmos de espíritas menos avisados que a mediunidade pode ser bloqueada. Sabemos que não é verdade, o que ocorre é que nenhum espírito procurará um instrumento ocioso, a não ser para importunar
- E observamos seguidamente isso entre aqueles que negam a faculdade de intercâmbio espiritual que possuem, e o quanto sofrem pela falta desse entendimento
- Portanto, estamos redondamente enganados s imaginamos que isolando a criança dos fenômenos espíritas estaremos restringindo a faculdade mediúnica
- Quem somos nós para ter a pretensão de regular a programação que tem direção superior? A sensibilidade mediúnica simplesmente se torna evidente, quer queiramos ou não. E nesta condição o melhor é nos munirmos de orientação
- Por que uma criança não poderia estudar o que acontece com ela? Não seria este o meio de conhecer a melhor forma de lidar com o fenômeno? Os Espíritas acostumaram-se a regular o que pode e o que não pode com relação à mediunidade, esquecendo-se de que foram e são inúmeras as mediunidades que florescem na infância
- Corretamente há receios com relação à maturidade que essa criança possa ter no contato com os espíritos. Porém, estando em um Centro Espírita, sendo orientada, estará em condições muito melhor do que se colocada à margem e alheia ao processo que ocorre independentemente de sua vontade. Segundo Allan Kardec, o Centro espírita é escola aberta, livre e não - sectária
- Importante não esconder da criança o que ocorre com ela, pois a visão dela com relação aos fenômenos mediúnicos é muito mais natural do que a do adulto. Não queremos que crianças componham livremente atividades mediúnicas, tudo em seu devido tempo, mas enfatizamos que é necessário educar e orientar aqueles que possuem sensibilidade mediúnica também na infância, respeitando seu processo natural
- A fase infantil caracteriza-se por uma espécie de entorpecimento das faculdades intelectuais manifestáveis através do corpo físico, é a bênção do esquecimento que nos socorre em cada nova reencarnação
- Essa aparência ingênua que é necessária, por permitir a aproximação de muitos desafetos de outros tempos, parece nos influenciar demasiadamente com relação a nossa forma de apreciar a criança
- O espírito renasce em um corpo frágil para retornar ao estágio escolar, onde exercitará o aprendizado. Protegido pelos pais, encontra-se propenso a receber extensa orientação, principalmente nas questões de aspecto moral. Se trouxer vícios, é preciso educá-lo e, se apresentar virtudes.
- Precisamos estimulá-las, essa é a educação transformadora que necessitamos abraçar. Ao receber esse espírito antigo como filho em vestes e miniatura, a providência divina fomenta o fortalecimento dos laços do coração entre pais e filhos, que recuados eras podem ter sido grandes adversários
- A hereditariedade, limitações físicas e psicológicas, todos esses aspectos, são discutidos previamente, antes de se iniciar o processo reencarnatório. Se o espírito que irá reencarnar não dispõe de condições para decidir por si mesmo, existirá um tutor que o faça, visando sempre ao bem-estar espiritual do indivíduo
- Não renasce o espírito para o Mundo da forma física ao acaso. Conforme suas necessidades mais prementes, é encaminhado a este ou àquele lar
2.2 - ADOLESCÊNCIA
- Na adolescência se inicia a apropriação da bagagem pretérita por parte do ser encarnado
- De forma intuitiva, manifestam-se mais fortemente os valores já adquiridos. Essa transformação é a apropriação das características que realmente revestem o espírito, retornando gradualmente a possuir traços de sua personalidade integral, sempre refém dos impedimentos impostos pela matéria
- Por isso, nosso cuidado em fornecer educação às crianças, antes que voltem a manifestar mais amplamente seus vícios por conta do período de transformação da adolescência

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