domingo, 21 de agosto de 2011


            PERDÃO

1 - DO LIVRO : “RENOVANDO ATITUDES”

 (HAMMED / FRANCISCO DO ESPIRITO SANTO NETO )

   1.1- APRENDENDO A PERDOAR

-  Perdoar não é apoiar comportamentos que nos tragam dores físicas ou morais, não é ser conivente com as condutas inadequadas de parentes e amigos, mas ter compaixão, ou seja, entendimento maior através do amor incondicional



- Uma das ferramentas básicas para alcançarmos o perdão real é manter-nos a uma certa “distância psíquica” da  “pessoa-problema”, ou das discussões, bem como dos diálogos mentais que giram de modo constante no nosso psiquismo, porque estamos engajados emocionalmente nesses envolvimentos neuróticos



- Desligar-se ou desconectar-se quer dizer deixar de alimentar-se das emoções alheias, desvinculando-se mentalmente dessas relações doentias de hipnoses magnéticas, de represálias, de desforras



- O desligamento nos motiva ao perdão com maior facilidade, pelo grau de libertação mental, que nos induz a viver sintonizados em nossa própria vida e na plena afirmação positiva de que “tudo deverá tomar o curso certo, se minha mente estiver em serenidade



- Uma das mais eficientes técnicas de perdoar, é retomar o vital contato com nós mesmos, desligando-nos de toda e qualquer “intrusão mental”, para logo em seguida buscar uma real empatia com as pessoas. Deixamos de ser vítimas de forças fora de nosso controle para transformar-nos em pessoas que criam sua própria realidade de vida, baseados não nas críticas e ofensas do mundo, mas na sua percepção da verdade e na vontade própria



    1.2 - VELHAS RECORDAÇÕES, VELHAS DOENÇAS



- Trazemos múltiplos clichês mentais arquivados no inconsciente profundo, resultado de velhas recordações danosas herdadas das mais variadas épocas



- Essas fontes emitem energias, mantendo-nos retidos em antigas mágoas e feridas morais entre os fardos da culpa e da vergonha



- Por não recordarmos que o perdão a nós mesmos e aos outros é um poderoso instrumento de cura para todos os males, é que impedimos o passado de fluir, não dando ensejo à renovação, e sim a enfermidades e desalentos



- Tentamos viver alienados dos nossos ressentimentos e velhas amarguras, distraindo-nos com jogos e diversões, ou mesmo buscando alívio no trabalho ininterrupto, mas apenas estamos adiando a solução futura da dor



- As insanidades físicas são quase sempre traduzidas como somatizações das recordações doentias de ódio e vingança, que, mantidas a longo prazo, resultam em doenças crônicas



- Portanto, as causas das doenças somos nós mesmos, e, para que tenhamos equilíbrio fisiológico, é preciso cuidar de nossas atitudes íntimas



- Indulgência se define como sendo a facilidade que se tem para perdoar. Perdoar não significa esquecer as marcas profundas que nos deixaram, ou mesmo fechar os olhos para a maldade alheia



- Perdoar é desenvolver um sentimento profundo de compreensão, por saber que nós e os outros ainda estamos distantes de agir corretamente



- Das velhas doenças nos libertaremos quando as velhas recordações do “não perdão”, deixarem de comandar o leme de nossas vidas



2 - DO LIVRO : “ PRAZERES DA ALMA”

(HAMMED / FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO)



- Quando tomamos atitudes baseadas em mágoas e ressentimentos é porque supúnhamos que isso nos parecia melhor. Sempre agimos conforme a nossa maturidade espiritual do momento



- Pressupõe-se que, quando alguém pede desculpa, é porque reconheceu seu erro e solicita reconciliação pelo ato impensado e pelo comportamento equivocado



- Quem pede desculpa quer dizer : “Retira a culpa que há em mim, pois me sinto responsável pelo mal que te causei”



- Aquele que pede a Deus o perdão de suas faltas não o obtém senão mudando de conduta. As boas ações são as melhores preces, porque os atos valem mais que as palavras

- Perdoar ou desculpar alguém é bom e saudável, mas viver desculpando indefinitivamente os erros alheios pode ser muito perigoso. Em vez de permitir que alguém nos use e magoe de forma obstinada, estabeleçamos os limites e aprendamos a validar nossa dignidade pessoal, desenvolvendo a arte de amar a nós mesmos, para que possamos amar plenamente os outros



3- O VALOR TERAPÊUTICO DO PERDÃO ( DR FRANCISCO  CAJAZEIRAS)

3.1 - EVANGELHO E CIÊNCIA

- Quando o Mestre da Galiléia nos conclama ao amor, ao desprendimento dos bens terrenos, ao amor aos inimigos e ao perdão, ele não apresenta uma proposta ético-moral ou de saúde espiritual, mas uma proposta de saúde global

3.1.1 - O AMOR AOS INIMIGOS

- Jesus, o excelso médico das Almas, convoca-nos, em seu Evangelho à vivência do amor e à prática do perdão : “Amai os vossos inimigos, fazer o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam” ter

- Mas é não lhes ter ódio, nem rancor, nem desejo de vingança, mas perdoar-lhes sem segunda intenção e incondicionalmente pelo mal que nos fizeram

- O desamor, o ódio, o ressentimento, a mágoa, são elementos emocionais que clamam neutralização pelo amor, em aprendizado em favor do nosso bem e da nossa saúde



3.1.2 - O PERDÃO DAS OFENSAS

 - Jesus fazendo preleção aos seus discípulos, utilizando a sua “pedagogia do cotidiano” : “ Se teu   irmão pecar contra ti, vai e corrige-o entre ti e ele somente; Se te ouvir, ganho terás o teu irmão”

- Pedro pergunta a Jesus: “Senhor! Quantas vezes poderá pecar o meu irmão contra mim, para que eu lhe perdoe ? Será até sete vezes?”. E Jesus lhe respondeu: “Não te digo até sete vezes, Pedro, mas que até setenta vezes sete”



3.1.3 - O “PAI NOSSO” E O PERDÃO

- Na parte final da oração do “Pai Nosso”, Jesus sugere-nos supliquemos o perdão de Deus para as faltas que tenhamos cometido. E, para não dar margem aos nossos enganos, ele comenta ainda: “Porque se vós perdoardes aos homens as ofensas que tendes deles, também vosso Pai Celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados

- Para não sofrermos as consequências dos nossos destemperos, urge aprendamos a perdoar. Caso não logremos perdoar no momento da convivência reencarnatória, estaremos atados, presos ao oponente, em reencarnações retificadoras, reparadoras, sofrendo-lhe, por vezes e frequentemente, semelhantes agressão



3.1.4 - CONSEQUÊNCIAS DO ÓDIO NO ALÉM

- Espíritos que entretecem o ódio, mágoa e ressentimento adentram a vida espiritual com dificuldades sem conta, de modo, a depender de sua sintonia mental, são atraídos magneticamente para regiões criadas pelos desalinhos

- Quando se arrependem, conseguem perceber o amparo e o apoio misericordioso da espiritualidade amorosa, do contrário, chafurdam nas mãos de Espíritos com que se afinizam, sofrendo-lhes a perseguição, de outras vezes, aproveitam-se de sua condição de visibilidade para perseguirem supostos inimigos- Não são incomuns as obsessões que se perpetuam séculos após séculos, aguardando que uma das partes rompa definitivamente tais laços de ódio, dor e sofrimento, pela prática do perdão



3.2 - ENTENDENDO O PERDÃO

3.2.1 - DA NECESSIDADE DE PERDOAR

- Perdoar é uma necessidade de todos, independente do quanto se sintam lesados ou desprestigiados com a atitude negativa sofrida, porque é do seu próprio interesse, por ser uma decisão preventiva de enfermidades

- Não perdoar é estacionar na frequência do desequilíbrio, do ódio, da mágoa e do ressentimento

- Perdoar é uma ação necessária do ponto de vista espiritual, quanto psíquico, social e físico, pela compreensão de que somente somos agredidos porque nos permitimos

- Perdoar é um ato inteligente e  uma importante estratégia de saúde

3.2.2 - O SIGNIFICADO DO PERDÃO NA PRÁTICA

- Perdoar não é ter que  obrigatoriamente retomar a relação na forma como era antes, porque muitas vezes o agressor não mostra indícios de que se melhorou

- O conselho de Jesus acerca da conciliação objetiva especialmente conter a continuidade de seu litígio após o decesso do corpo físico, em processo obsessivo doloroso e recíproco, resultante em revezamento das posições ao longo das repetidas experiências na matéria

- É exatamente enquanto estamos encarnados que logramos ter a oportunidade de consolidar o sentimento do perdão, preservando-nos das reações do ódio no post-mortem

Assim, perdoar não implica necessariamente em um retorno à situação da relação pregressa, nem mesmo à obrigatoriedade de uma convivência social mais próxima

- Esquecer as ofensas não implica na supressão ou extinção completas da memória da fato em si, que, bem o sabemos, permanece, devidamente documentado e assentado em nossos arquivos mneumônicos

- Jesus ao nos aconselhar oferecer a outra face quando agredidos, não implica que devamos consentir ou pedir para não nos baterem outra vez. Ele não pretendia tolher-nos no direito de defesa, mas, de outro modo, que não nos fizéssemos similares ao agressor







3.2.3 -OBSTÁCULOS À PRÁTICA DO PERDÃO

1) EGOÍSMO E ORGULHO

- Sufocados por esses sentimentos dignos, resistimos violentamente ao ato de perdoar, elegendo-nos superiores aos outros

2) ATAVISMOS E INSTINTIVIDADE

- Armazenamos, inconscientemente, atavismos e condicionamentos do nosso pretérito evolutivo (reencarnatório) que devemos vencer e superar

3) COMPENSAÇÕES MÓRBIDAS

- Há quem se utilize da mágoa, do ressentimento e do ódio para tirar proveito pessoal, em uma reação do tipo sado-masoquista, em uma compensação doentia

- Alguns se aproveitam das energias destrutivas do ódio para o estímulo às vitórias particulares e outros se servem do litígio para  se manterem vinculados ao opositor, é o caso muito frequente nos processos de divórcio ou separação de casais, quando um dos cônjuges usa o ódio como algo capaz de manter alguma forma de vinculação com o outro e o único laço que permite a continuidade da relação que se extinguiu

- Encontramos , também, os que se deliciam em não perdoar, seja para construção de um poder, seja para maltratar ou para se vingar através do expediente da resistência ao perdão

3.2.4 - EXERCÍCIO PARA O PERDÃO

1) AUTOPERDÃO

- Para amar a Deus é indispensável que amemos o próximo, mas, por sua vez, para se amar o próximo há que se lograr amar a si mesmo

- Urge reconheçamos em nós mesmos individualidades perfectíveis a caminho, em movimento, na direção do Criador, portadores de virtudes desenvolvidas e por desenvolver, na dialética do bem e do mal e,  somente dessa maneira, conseguiremos fortalecer o auto-amor e, com isso, promover o autoperdão

- Sejamos tolerantes com a nossa condição de seres em construção. Amemos-nos, reconhecidos da presença divina em nós mesmos

2) AUTO-EXAME

- Proceda a um rigoroso exame quanto a uma possível participação sua no processo ofensivo sofrido

- Dificilmente uma agressão é o resultado de uma atitude unilateral, ou seja, no comum, o agressor, em sua imperfeição, age movido por uma provocação intencional ou involuntária



3) TOMAR O OFENSOR COMO IGNORANTE

- Tendo ou não participado da reação que o vitimou, compreender e considerar sempre o agressor como Espírito desconhecedor das repercussões de sua atitude, haja vista que, a partir da violência perpetrada e submetida à “Lei de Causa e Efeito”, ele se fragiliza, se torna vulnerável à violência, atingindo a si mesmo, em mecanismo educativo e de reajuste

4) ENTENDER O OFENSOR COMO ENFERMO

- Considerar as dificuldades íntimas do agressor, as dificuldades por que vem passando, as limitações em sua educação, a carência moral e mesmo material que lhe assegure uma vida digna, os revezes da vida, o seu momento emocional

5) ENTENDER O OFENSOR COMO INSTRUMENTO DE PROVA

- O ofensor, sem imaginar e sem querer, com o mal, faz-nos o bem

- O agressor está posicionado aqui, naquela condição da passagem evangélica: “É necessário que sucedam escândalos, mas ai do homem por quem vem o escândalo”

6) CONSIDERAR A IMPESSOABILIDADE DA OFENSA

- O ser humano, na atual condição evolutiva, é costumeiramente melindrável e, por consequência da sua imaturidade, fomenta traumas emocionais e frustrações inaproveitadas, com repercussões na sua senso percepção e julgamento das ações alheias

- De modo que há mágoas e ressentimentos por atitudes que, se bem analisadas, não tiveram um direcionamento certo, quer dizer não foram idealizadas para atingir o que se sente agredido

- Muitas pessoas sentem-se agredidas por quem nem mesmo se dá conta do mal que faz, simplesmente por não se permitir compartilhar emoções ou se circunscreve à dimensão do próprio Ego

 3.2.5 - PROGRAMAÇÃO MENTAL PARA O PERDÃO

- Decidido a perdoar, deve-se encetar uma programação para o perdão, neutralizando, com pensamentos no bem a reconstituição do agravo, em trabalho perseverante de esquecimento das ofensas

- O primeiro passo da programação mental é aceitar o conselho de Jesus : “Orai pelos que vos perseguem e caluniam”

Pela prece em favor, sintonizamos com os Bons Espíritos e, de qualquer forma, intercedemos em favor daquele que nos agrediu e mesmo que ainda nos ataca, “oferecendo a outra face do ensinamento evangélico, abandonando a arena do ódio e da vingança






































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