sexta-feira, 19 de agosto de 2011


MEDO





1 – LIVRO “DORES DA ALMA”

 (Espírito Hammed / psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto)



- Nas oportunidades de crescimento que nos oferecem nossas experiências, temos a possibilidade de validar e potencializar determinadas crenças e conceitos que poderão nos desestruturar psiquicamente, levando-nos a uma verdadeira hipnose mental. A partir disso, esquecemo-nos de visualizar o restante do mundo que nos cerca. Passamos a viver simplesmente  voltados para a opinião que adotamos como “única verdade”, assustados e amedrontados entre constantes atmosferas de receio e apreensão



- Em muitas ocasiões, ficamos parados à margem do caminho, focalizando nossos conflitos, dificuldades e problemas, deixando a vida girar em torno deles. Colocamos nossos dilemas como peças centrais e, quando essas forças conflitantes começam a nos ameaçar, sentimo-nos apavorados



- O resultado do medo em nossas vidas será a perda do nosso poder de pensar e agir com espontaneidade, pois quem decidirá como e quando devemos atuar será a atmosfera do temor que nos envolve. Passamos, então, a não viver novas experiências, não receber novos pensamentos e não fazer novas amizades, estacionando e dificultando nossa caminhada e progresso íntimo



- As sensações do medo sobrecarregam as energias dos chakras do plexo solar e do cardíaco, provocando, quase sempre, uma impressão de vácuo no estômago e um descontrole nas batidas do coração. Contudo, não seríamos afetados por nenhum acontecimento de maneira tão desgastante, se estivéssemos centrados em nós mesmos



- Nosso centro não é nossa mente, nem nossos sentimentos ou emoções, mas é. Em verdade, nossa alma- a essência Divina por meio da qual testemunhamos tudo o que ocorre dentro e fora de nós- Cada um vê o universo das coisas pelo que é. Vemos o mundo e as criaturas segundo o nível de desenvolvimento da consciência em que vivemos. Quanto maior esse nível, mais estaremos centrados e vivendo estáveis e tranqüilos. Quanto menor, mais teremos um juízo primário de tudo e uma estreita visão dos fatos e das pessoas



- Aprendendo a focalizar e a desfocalizar nossas crises, traumas, medos, perdas e dificuldades, bem como os acontecimentos desastrosos do cotidiano, teremos metas sempre adequadas e seguras que favorecerão nosso progresso espiritual



SOMBRA



- A SOMBRA é um conceito Junguiano para designar a soma dos lados rejeitados da realidade que a criatura não quer admitir ou ver em si mesma, permanecendo, portanto, esquecidos nas profundezas da intimidade



- Por medo de sermos vistos como somos, nossas relações ficam limitadas a um nível superficial, resguardando-nos  e fechando-nos intimamente para sentir-nos emocionalmente seguros



- As coisas ignoradas geram mais medo do que as conhecidas. Recusar-se a aceitar a diversidade de emoções e sentimentos de nosso mundo interior nos levará a viver sem o controle de nossa existência, sem ter nas mãos as rédeas de nosso destino



- Desvendar, gradativamente, nossa “geografia interna”, nosso próprio padrão de carências e medos, proporciona-nos uma base sólida de auto- confiança



ARREPENDIMENTO



- O arrependimento pode ser visto como a nossa tomada de consciência de certos elementos que negávamos consciente ou inconscientemente, projetando-os para fora ou reprimindo-os em nossa “SOMBRA”. “Tomar consciência” é uma expressão moderna que significa discernimento da vida exterior e interior, acrescida da capacidade de julgar moralmente os atos



- O ato de arrependimento é um antídoto contra o medo, pois quem se arrependeu é porque aprendeu que é simplesmente humano, falível e nem melhor nem pior do que os outros



- As manifestações decorrentes de nossa “SOMBRA” são projetadas por nós mesmos de forma anônima no mundo, sob o pretexto de que somos vítimas, porque temos medo de descobrir em nós a verdadeira fonte dos males que nos alcançam no dia-a-dia



TIQUE NERVOSO



- Os chamados tiques nervosos nada mais são do que impulsos compulsivos de atos ou a contração repetitiva de certos músculos, desenvolvidas de forma inconsciente, para não tomarmos consciência dos conteúdos emocionais que reprimimos em nossa “SOMBRA”.Enquanto o indivíduo se distrai com o tique, não deixa vir à consciência o que reprimiu, por considerá-lo feio e pecaminoso. O somatório dessas emoções negadas nos causa medos inexplicáveis que nos oprimem, afastando-nos do verdadeiro arrependimento e prejudicando o nosso crescimento interior



- Muitos de nós continuamos, anos a fio, sentindo temores injustificáveis por tudo aquilo que reprimimos e para evitar que pensamentos, recordações ou impulsos cheguem ao consciente. O medo indefinido provém da repressão de impulsos considerados inaceitáveis que existem dentro de nós, da ausência de contrição de nossas faltas, da não – admissão de nossos erros, descompensando nosso corpo energicamente com o peso dos fardos do temor e do pânico



AGORAFOBIA



- Uma das manifestações do medo mais problemática para as criaturas humanas é a denominada

“Fobia social” ou “agorafobia”, ou seja, o pavor de fazer o que quer que seja em público

- O fóbico social receia ser julgado e avaliado pelo outros, pois os comportamentos que mais temem são falar, comer e / ou beber diante de outras pessoas, freqüentar cursos, palestras. Festas, cinemas, ou seja, qualquer atividade social em lugares movimentados



- Dentre as muitas dificuldades que envolvem a agorafobia, a mais grave é a incerteza de nosso valor pessoal e as crenças de baixa estima que possuímos, herdadas muitas vezes na infância



- O sentimento de inferioridade é o grande dificultador dos relacionamentos seguros e sadios. Esse sentimento produz uma necessidade de estarmos sempre certos e sempre sendo aplaudidos pelos outros. Tememos mostrar-nos como somos e escondemos nossos erros, convencidos de que seremos desprestigiados perante nossos companheiros e amigos



- Dissimulamos constantemente, fazemos pose e forçamos os outros a nos aceitar. Desta forma, instala-se, gradativamente, a fobia social, ou seja, o medo que desenvolvemos pelos outros, por tanto representar papéis e “scripts” que não eram nossos



- Diversas matrizes do medo se fixaram na vida infantil. Os pais autoritários e rudes que estabeleceram um regime educacional duro e implacável, impondo normas ameaçadoras e punitivas, criaram na mente das crianças a necessidade de mentir e fantasiar constantemente



- O cortejo dos fenômenos fóbicos poderá ser oriundo de conflitos herdados das existências passadas, dos sofrimentos expressivos vividos no plano astral e dos assédios de entidades ignorantes, mas a matriz onde tudo sempre se interliga e que deverá ser trabalhada e tratada é a consciência comprometida e limitada dos indivíduos em desajuste mental



      

2 – CONFLITOS EXISTENCIAIS

 (Joanna de Ângelis / psicografia de Divaldo Franco)



- Os erros e crimes praticados durante a fase inicial de conquista da razão e do discernimento, em face do despertar da consciência, ressumam dos arquivos profundos do SELF e reaparecem na personalidade com imposição constrangedora



- Torna-se inevitável a instalação mortificadora da consciência de culpa que inconscientemente induz ao medo. Trata-se de um medo absurdo, que se transforma em transtorno de comportamento agravado pela natural aceitação do paciente, que o aumenta em face da insegurança emocional, tornando-se, não raro, uma patologia que pode desencadear síndromes do pânico ou transtornos depressivos graves



- Fatores endógenos e exógenos que respondem pela presença do medo :



(1)    fatores endógenos : Nesse caso, os comportamentos infelizes de reencarnações anteriores imprimem-no nos refolhos do perispírito que,por sua vez, instala no inconsciente profundo as matrizes do receio de ser identificado, descoberto como autor dos danos que foram produzidos noutrem e procurou ignorar, mascarando-se de inocente. Podemos incluir, nesse sentido as perturbações de natureza espiritual, em forma de sutis obsessões, consequências daqueles atos inditosos que ficaram sem regularização no passado

(2)    Fatores exógenos : As atitudes educacionais no lar, os relacionamentos familiares agressivos, o desrespeito pela identidade infantil, as narrativas apavorantes nas quais muitos adultos se comprazem atemorizando as crianças, os comportamentos agressivos das pessoas desenvolvem medos que adquirem volume à medida que o crescimento mental e emocional amplia a capacidade de conduta do educando



Erradicação do medo



- A coragem de manter contato com os próprios medos é recurso terapêutico muito valioso para a sua erradicação, ou, pelo menos, para a sua administração psicológica



- A consciência de que se é portador do medo e se está disposto a enfrentar-lhe as nuanças e manifestações, apresenta-se como um passo inicial de excelentes resultados



- A grande terapia para todos os tipos de medo é a do amor. Amor a si mesmo, ao próximo e a Deus, pois quando ama, o ser enriquece-se de coragem



- A escolha é de cada um : o medo ou o amor, já que os dois não convivem no mesmo espaço emocional



- Sempre que o medo permaneça. Mais medo se acumula





3 – O SER CONSCIENTE

(Joanna de Angelis / psicografia de Divaldo Pereira Franco)



- Os mecanismos de evasão do EGO mascaram a realidade do SELF, normalmente receoso de emergir e predominar, o que é a sua fatalidade



- Fatores que podem responder pelos estados fóbicos do ser :



(1) distúrbios gerados pelo quimismo cerebral



(2) Fenômenos de natureza psicológica, decorrentes dos conflitos evidenciados pela mãe gestante, reacionária à concepção, tensa ante a responsabilidade, amargurada pelas incertezas, e os insucessos de parto



(3) A educação no lar, pais dominadores ou negligentes



(4) Estrutura espiritual de existências anteriores : Atividades lesadoras, perversas que necessitam de reparação, através da Lei de Causa e Efeito



- O autodescobrimento é a terapia salutar para que sejam identificadas as causas geradoras e, ao mesmo tempo, a conscientização de quais recursos se pode utilizar para a liberação



- Entre as várias expressões do medo ressalta o da morte, herança atávica dos arquétipos ancestrais, das religiões castradoras e temerárias, dos cultos bárbaros, dos conjunturas do desconhecido, das imagens mitológicas, das punições eternas para as consciências culpadas





4 – O DESPERTAR DO ESPÍRITO

    (Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco)



- O instinto de conservação da vida induz o indivíduo a manter receios em torna de tudo quanto é desconhecido, que se lhe apresenta como ameaçador



- A necessidade de segurança, tendo em vista a própria e a sobrevivência da prole, induz ao medo das ocorrências imprevistas



- Não obstante esse fenômeno se encontre ínsito na criatura humana como decorrência das experiências anteriormente vivenciadas, outros tipos de medo se apresentam como resultado de transtornos psicológicos, de atavismos ancestrais, de ansiedades Mal contidas, de convivências

perturbadoras



- Desse modo, manifesta-se de forma normal ou patológica, quando, no último caso, se experimentam alterações emocionais ou físicas que conduzem ao pavor , responsável por graves conseqüências no comportamento



- Evidentemente, todos sentem medo em algum momento ou circunstância da existência física, o que é perfeitamente normal. Aqueles que reconhecem possuir o sentimento, com mais facilidade enfrentam-no, podendo controlá-lo, enquanto que, aqueles que o negam, mascaram-no e sofrem-lhe os efeitos perturbadores, tombando, não raro, em colapsos nervosos diante de situações embaraçosas, graves ou não, que exigem serenidade para decidir e valor moral para enfrentar



- O medo se manifesta no corpo através da tensão muscular, da rigidez de muitas partes do organismo, da contração do maxilar, que representam as reações fisiológicas produzidas por enzimas especiais que fomentam a ocorrência. Nesse estágio, o paciente receia perder o controle e desvairar, o que mais o fragiliza e o predispõe a uma crise de desvario mental, a princípio momentânea, para agravar-se lentamente



- Esse medo constante predispõe à perda da identidade que é de alto significado para a saúde mental. A identidade á parte essencial do equilíbrio individual, porquanto lhe constitui característica básica para o comportamento e a vida



36- Quando ocorre essa despersonalização, fica-se predisposto a um colapso mental, que também resulta da vigência da ira contínua, que se transforma em tensão, desde que por muito tempo controlada



-Na infância, quando faltam os meios de defesa da criança, a mesma tomba na urdidura perversa do adulto ou se torna rígida para não ceder às lágrimas, ao desespero, ou não reagir, com medo de punição mais rigorosa, refugiando-se na ira sob controle, que se prolonga por toda a existência, impedindo na naturalidade no comportamento, a afetividade espontânea, já que se encontra sempre sob tensão, não tendo valor para libertar-se através de uma catarse normal



- Por tal razão, é necessário que o paciente se conscientize do próprio medo, recuperando-se da infância atormentada, e tome as providências compatíveis para libertar-se da rigidez muscular, da tensão emocional, readquirindo a alegria de viver

- A fragilidade, orgânica ou não, os remanescentes das condutas infelizes em existências passadas, que imprimiram no inconsciente os mecanismos de reparação, também ressumam em forma de medo de enfermidades, que as pessoas cultivam inadvertida ou prazerosamente, contribuindo para muitos transtornos na área da saúde nos seus vários aspectos



- Como terapia para todos esses conflitos que geram medo, tornam-se indispensáveis a ajuda correta do psicoterapeuta habilitado e o esforço do paciente para libertar-se da ira sob controle



- A libertação do controle inconsciente desses sentimentos perturbadores é de vital importância para a auto-realização. Muitas vezes o paciente não sabe como fazê-lo e nega-se a acreditar que se encontre com problema,o que , o que mais dificulta a convivência com o mesmo


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