terça-feira, 7 de junho de 2011

SÉRIES PSICOLÓGICAS DE JOANNA DE ÂNGELIS


1- O MUNDO SIMBÓLICO - 01 ( ÍRIS SINOTI )

- O mundo simbólico é o Mundo do inconsciente, pois a forma do inconsciente de se comunicar com a consciência é através dos símbolos. E aquilo que une, uma ponte que liga as partes do sistema consciente - inconsciente

- A relação EGO e SELF se dá de forma simbólica e, uma delas se dá através dos sonhos, que é a forma mais pura do inconsciente se comunicar

- Jesus quando falava por parábolas, o fazia por meio de símbolos

- O símbolo, a partir do momento que passa a ser conhecido, ele deixa de ser símbolo

- Ele quer mostrar para o EGO uma atitude equivocada ou que a pessoa venha a conhecer uma parte dela desconhecida

-Existem outras formas simbólicas, como a oração, meditação, etc


2 – O MUNDO SIMBÓLICO – 02 ( CLÁUDIO SINOTI )

- Os Mitos são os representantes dos arquétipos

- Os povos antigos não tendo todo o conhecimento da época, transformavam tudo aquilo que não podiam compreender, em Mitos. Por isso os rios, as montanhas eram deuses

- A história do homem é a conseqüência dos mitos e crendices que ele elaborou para a sobrevivência, para o seu pensamento ético, pois era uma forma de se proteger contra o desconhecido

- Quando perdemos o contato com o Mundo Simbólico, perdemos também o contato com a nossa própria natureza, e isso vemos na sociedade atual em que homens e mulheres de alto grau de tecnologia, de avanço científico, cometerem barbaridades, lembrando Jung quando disse :”O homem não é senhor da sua própria alma, enquanto não conhecer suas próprias emoções, seus próprios humores e, por isso, deve se aprofundar no “Mundo Simbólico”, no mundo do inconsciente

- Os Mitos ocorrem da seguinte maneira : “Nós nos encantamos por algo, por alguma coisa falada no Mito, não sabemos exatamente o que é, mas aquilo entra em sintonia com a própria natureza

- Têm pessoas que tem mitos diferentes

- Quando o homem através de suas conquistas se dissocia da sua própria natureza, algo está errado em seu desenvolvimento psíquico.Não é porque hoje eu tenho toda a compreensão da ciência que eu vou chegar para o meu filho e cortar aquele processo simbólico tão natural, muitas vezes até a forma de educar com a Mitologia, com os contos antigos, as lendas, possibilitam que o EGO se estruture de maneira saudável para lidar com as SOMBRAS

- Quando cantamos o “Boi da cara preta”, o “cravo brigou com a rosa”, trazemos imagens simbólicas para as crianças, das forças, da sombra, da Luz, do bem e do mal, que de uma maneira eles vão aprendendo a lidar conforme o processo educativo

- Criamos sempre novos Mitos, através das telas de cinema, etc

- Que tipo de Mitos precisamos? De um “He main”, de um “ O destruidor”, ou o Mito do próprio amor, que fale da essência humana, da conexão entre os seres? Se tivermos apenas o olhar inconsciente, serenos devorados pela nossa própria natureza, mas se tivermos consciência iremos ativar nosso próprio herói interior e não ficaremos mais irados quando nossos heróis projetados como os da seleção brasileira não conseguirem concretizar suas conquistas, porque estaremos fazendo a nossa própria jornada, estaremos lidando com a nossa própria essência

- Compreender os Mitos é compreender a nossa própria natureza


3 – MUNDO SIMBÓLICO – 03 (ÍRIS SINOTI )

- Temos uma média de seis sonhos por noite

- Os sonhos são como uma válvula de pressão e tudo que aparece neles, seus elementos são características da personalidade daquele que sonha, podendo perceber-se neles muitos elementos da “sombra”, dos “complexos”

- Todo produto do sonho vai trazer uma compensação com a minha consciência. Ele vem, muitas vezes, nos mostrar o estado do comportamento do EGO. Ou ele foge, ou dorme, voa, ou se esconde. Mas Jung nos traz que o sonho vem para compensar alguma ausência da atitude no estado de -----

- O sonho é pessoal, é do sonhador

- Alguns símbolos que aparecem são o que chamamos “Arquétipos”, onde aparece um Mito, um símbolo, que é coletivo

- O símbolo vai mostrar o ponto em que eu preciso crescer

- As pessoas na ausência de sonhos, vão apresentar alterações no comportamento, pois todo aquele conteúdo que foi guardado, todas as agressões que sofre, todos os complexos vão saindo como escape

- O sonho vai servindo como uma forma de limpar o inconsciente, servindo também como instrumento de análise da “sombra”

- Muito do nosso processo de individuação, pode ser compreendido, ser analisado, a partir do sonho

- O sonho é importante porque não tem a participação do EGO , e, por isso, é mais puro

- Em muitos casos, o Espírito, se deslocando do corpo, vai viver experiências, e, ao regressar ao corpo, seu cérebro vai compreender aquilo como sonho, que é a forma como ele entende


4 - O SENTIDO DA VIDA – 01 (CLÁUDIO SINOTI)

- Os nossos próprios sentidos nos enganam na percepção da vida. A nossa inteligência, por mais que pareça avançada, não consegue perceber e compreender a idéia do infinito

- Teoria geocêntrica: a terra é o centro do Universo. A ignorância religiosa não permitia que os cientistas se dedicassem mais a fundo na observação dos astros e, quando descobriram que a terra não era o centro do Universo, foram perseguidos, porque a limitação da compreensão e da mente humana ainda eram muito vagas
- As lutas de Copérnico e Galileu Galilei para dizer que a vida seguia além das nossas esferas e ela tinha um sentido mais profundo que podíamos observar

- Às vezes pensamos que a nossa vida gira em redor das coisas que observamos, do nosso dia a dia, do nosso ganha pão. O Divino que pulsa em nós deve agir como uma força de atração sob as nossas vidas, mas o que acontece é que negligenciamos essa voz interna, esse impulso provém do próprio SELF, do Divino em nós e continuamos no estreito círculo emocional

- Ninguém se encontra reencarnado na Terra, se não tivesse a existência física uma finalidade superior (Joanna de Angelis). Porisso, a vida não é um acaso, não há uma falta de sentido, existe um sentido Superior

- Negligenciamos e não queremos acreditar porque verificamos que nossas emoções encontram-se tão desorganizadas, a falta de auto-controle diante das ocorrências e, assim, não percebemos a finalidade da vida

- Disse Jesus: “Buscar em primeiro lugar o Reino dos Céus”. Muitos, entretanto, buscam esse reino nos Templos religiosos, e acham que o ganharão frequentando Templos e Igrejas, associando-se a religião. Isso é somente o primeiro passo, mas o mais importante é a transformação da nossa existência

- Somente quando eu consigo perceber o contexto de uma vida mais ampla, mais significativa, colocar na prática esse sentido existencial, é que posso vivenciar uma finalidade superior da vida, e isso depende de uma vontade interna que passe a exteriorizar, na minha vida, a busca desse Reino que habita dentro de mim e que, a partir dele, comece a perceber um significado mais amplo da vida, porque apesar das ciências avançarem na percepção da vida externa, o homem ainda não fez a busca para dentro de si mesmo, que conduzirá ao entendimento que a vida tem uma finalidade mais ampla, superior

- Joanna de Angelis : “O ser humano segue uma fatalidade grandiosa : a Auto-realização total, sob a atração do pensamento Divino que a tudo invade e domina”. Nós gravitamos em redor do Divino e não percebemos. Ele faz a conexão entre o EGO e o SELF, ou seja, entre a aparência que estamos e o ser profundo que somos

- Devemos colocar lentes mais profundas na nossa psique, na nossa aparência para perceber e definir que existe algo mais profundo do que somos

- Joanna de Angelis : “ Todavia, enquanto não se dá conta dessa obstinada destinação, transita em círculo de estreito âmbito emocional, sem que a força de atração da vida lhe produza qualquer influência

- Quantas vezes nos encontramos como se a vida fosse uma roda gigante, que a gente voltasse sempre para o mesmo lugar, como se a vida fosse um círculo e colocasse sempre as mesmas questões em interesses pessoais. Isso se dá porque a vida que tem essa fatalidade de Auto-realização constante, ela coloca as lições para que o EGO perceba, e, se ele não percebe, ela coloca a lição de outra forma

- A primeira escolha que o homem deve fazer é entre ser protagonista ou espectador passivo da sua própria vida. Tornar-se protagonista é ser responsável por si mesmo, por suas escolhas e atitudes

- Às vezes confundimos a vida com os papéis que interpretamos. Nas nossa profissões esquecemos o lado humano que contata com o outro ser humano e ativamos no outro a SOMBRA mais densa, e somos incapazes de um gesto de gentileza, de um olhar agradecido, de um bom dia e, por trás dos papéis que exercemos, é preciso exercer o papel de ser humano, porque por trás desse papel de ser humano está o Divino que eu sou

- Quando faço o confronto daquilo que sou internamente, e da minha aparência, eu posso afirmar a minha identidade profunda, o “Si mesmo”, o “Self”
-O EGO é a aparência onde se constitui a “Persona”, e esse confronto é útil para integrar essas características que estão escondidas, adormecidas para que elas possam se desenvolver, se aprimorarem no sentido do que sou realmente, na condição de Espírito

- O que demonstram minha fé são as minhas atitudes, principalmente quando se dão os desafios e, quando fizemos isso, podemos nos libertar dos mecanismos de fuga, de evasão da realidade, como a projeção, a compensação, etc

- Temos essa noção equivocada de que a finalidade existencial é viver bem : não ter dívida, estar cercado de bajuladores que nos sirvam, ter uma boa casa, etc...,mas porquemuitos desses não estão de bem com a vida


5 – O SENTIDO DA VIDA – 02 (ÍRIS SINOTI)

- Devemos nos questionar : “Quem sou eu” ? Somos muito mais do que percebemos ou do que pensamos que somos, pois o sentido da vida está ligado ao ser psíquico e Espiritual que somos

- A partir do momento em que não questionamos a nossa vida, ela começa a nos mandar respostas, conforme disse Sócrates: “Uma vida que não é questionada, não vale a pena ser vivida”, pois a razão é essa entrada de chegar ao ponto de habitar o nosso próprio coração

- Quando estamos muito afastados de quem somos, o prejuízo é muito grande e faz com que o vazio aconteça : o vazio das relações, o vazio existencial, o vazio das percepções, o vazio das religiões, porque tudo passa a não ter sentido, vivemos automaticamente

- Quando eu me comprometo a descobrir quem sou, eu começo a perceber que essa exploração, esse lapidar é tão interessante e importante, que todas as outras dificuldades que aparecerem na vida são parte desse processo precioso de “lapidação do ser” que sou

- Todos os eventos que ocorrem, por mais dolorosos que sejam, não têm a importância maior que a vida que eu tenho

- O sentido da minha vida é toda a transformação, todo o aprendizado que eu consigo construir a cada dia com todos os eventos que ocorrem na minha vida

-Se eu não consigo elaborar isso, se tenho dificuldade de percepção, seja porque o EGO, as feridas de infância, meus complexos, minhas “sombras”, não me deixam perceber isso, a minha existência vai ser menor ou maior a importância que eu vou dar a esses eventos, e, dependendo dessa importância que eu dou, a minha existência vai ter um sentido menor ou maior

- Dá-se impressão, às vezes, que a pessoa vive em função do problema

- Joanna de Angelis :”Quem toma conhecimento dos recursos próprios, dispõe de medida para avaliar as possibilidades de triunfo e empenha-se para alcançá-lo, enquanto aquele que os desconhece, detém-se no pretexto da própria fragilidade, porque, no íntimo, assim o prefere” (Livro : Vida: Desafios e soluções

- A partir do momento em que eu me disponho a conhecer, a enfrentar as dificuldades, os erros, os medos, eu também descubro todas as minhas capacidades

- Muitas vezes, muito do melhor que somos e desconhecemos está justamente na “sombra”. Quantas qualidades e quantos recursos temos, que desconhecemos

- Temos uma postura, muitas vezes, de acomodação, de fragilidade, de medo excessivo e usamos isso como desculpa, o tempo todo, para não fazer o processo de crescimento

- Joanna de Angelis : “Inicialmente é lícito fazer-se uma avaliação do que são tesouros : os de ordem externa e os interiores. Quais deles têm primazia para serem conquistados . E como fazer , a fim de os conseguir? (Livro: “Vida : Desafios e soluções”)

- Quais são os tesouros : os externos ou internos, não que tenhamos o esforço e busca do desenvolvimento intelectual, profissional. A questão principal é o quanto importa de energia, de dedicação eu me imponho para fazer esta busca. Quantas vezes na semana eu tiro para refletir, perceber como estão as coisas, reavaliar meu comportamento

- Joanna de Angelis : “O ser fisiológico preferirá os de significado e aplicação imediata, enquanto o ser psicológico analisará aqueles que têm primazia e dar-se-à conta da necessidade desses que são externos, como utilitários e aqueles que estão internos, os permanentes. Sem abandonar os primeiros, dedicar-se-á à conquista dos mais valiosos, que são os permanentes” (Livro : “Vida : Desafios e soluções”

- A questão é perceber-se como ser psicológico que vai utilizar esses recursos externos, mas que não são os mais importantes, mas têm a conquista do que é permanente

- Quando estamos falando de um processo de “individuação”, nós estamos falando de um processo que ocorre todos os dias e não como um salto. È importante que a gente enfrente nossos medos, nossa “sombra”, pois se eu não tomo consciência disso, estou cometendo um crime, porque estou matando a pessoa que sou

- Joanna de Angelis : “O ser existencial tem o seu significado relevante que necessita ser detectado e utilizado com segurança.Os seus alicerces repousam nas camadas profundas do inconsciente - as experiências do passado – e nas possibilidades imensas do seu superconsciente – as conquistas que lhe cumpre lograr – debatendo-se nas reminiscências do ontem e nas ambições do futuro ( Livro : “Vida : desafios e soluções” )

- É importante que você se pergunte : “Qual é o meu papel na minha própria vida” - “Quem sou eu vindo de todas essas pessoas e personagens que eu tenho que atuar durante o dia, todas as funções que tenho que exercer durante toda a minha existência?” - “Em que momento eu posso ser eu mesmo?” – “Em que momento eu não me censuro e eu me aceito?”

- Porque no decorrer de tantas castrações , depois de tantas censuras que vamos vivendo, em determinado momento, você mesmo se coloca nessa condição daquele que é o censor, castrador e não se permite fazer

- Eva Pierrakos : “Você está disposta a deixar de lado as ilusões sobre si mesmo e sobre suas expectativas , que procedem da sua resistência em deixar de se enganar a si mesmo, do que os outros deveriam fazer por você ? (Livro ? “O caminho da Autotransformação” )

- Você está disposto a deixar de lado as ilusões de quem você é ? Será que estou disposta de abrir mão da pessoa que eu penso que sou? Ou melhor, que eu faça questão de mostrar que sou, mas que na verdade não sou ? Eu estou pronta para abrir mão das ilusões, das expectativas que eu tenho de mim mesmo?

- Eu tenho que abrir mão das ilusões de quem sou, das expectativas que tenho de mim mesmo, porque tudo isso é uma resistência em se deixar enganar a si mesmo

- Entre a pessoa que sou e a “máscara” que uso existe uma outra. Quando eu tiro a “máscara” do papel social que eu exerço, eu não percebo o que sou, eu vejo a “máscara”. É mais ou menos a expectativa. É como se estivéssemos falando de um ser ilusório, de um ser real e um ser que é além disso tudo, que é o Espírito e, como ainda não alcançamos esse ser, e não vermos a realidade que somos, ficamos o tempo todo no ilusório, no irreal, que socialmente é mais aceito

- Eu acredito que os outros deveriam fazer por mim aquilo que eu acho que mereço. Eu deposito no outro toda a responsabilidade de fazer por mim o que eu não faço. Aí vamos viver uma vida inteira sem trilhar o nosso caminho, sem viver as nossas próprias experiências e vamos vivendo aquilo que é ditado, aquilo que é esperado, aquilo que é colocado pelo outro, pelo coletivo, pela família

- A primeira coisa que é pedida no processo de transformação é que a gente faça sacrifício e o primeiro deles é abrir mão do que pensamos que é, e o segundo é abrir mão do “controle”

- Quais são minhas emoções? Quais são meus sentimentos verdadeiros? Se todos nós pudéssemos dedicar, atribuir exatamente o valor que essa existência merece, com certeza nossa existência seria melhor e o Mundo, em conseqüência, seria melhor, pois estaríamos tão ocupados , essa pessoa fantástica que nós somos, que não perderíamos tempo olhando os defeitos dos outros, porque justamente na nossa incapacidade de percebermos o melhor que somos, perdemos tempo em olhar o pior que os outros fazem, pois quando olho o defeito do outro, às vezes, acalma o meu coração

- O que devemos fazer é não buscar a perfeição, mas conquistar a pessoa que somos, que nascemos para ser, porque a perfeição é a cada momento. Somos seres perfeitos porque somos filhos de um ser perfeito, mas não temos a dimensão e não nos apropriamos desse direito de ser filho de Deus



5 – O SENTIDO DA VIDA – 03 (CLÁUDIO SINOTI)

5.1 – FELICIDADE

- Temos colocado nossa busca com a natureza externa, buscando coisas, conquistas, status, buscando uma condição social, um grau de felicidade que possa nos trazer aquele júbilo da alma

- Mas porque a felicidade não está restrita ao “Ter” e sim ao “Ser”, continuaremos perdidos nessa marcha, enquanto não dispusermos a fazer o nosso auto-encontro

- Allan Kardec na questão 920 de “O Livro dos espíritos”, perguntou aos espíritos : “Pode o homem gozar de completa felicidade na terra?” e os eles responderam : “Não, pois que a vida lhe foi dada como prova e expiação.Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na terra

- Se é certo que a terra não é o Reino da felicidade, não é o Mundo onde a encontramos de maneira integral, é nela que se estabelece o início do “ser feliz” que podemos e devemos ser

- É aqui que nós treinamos as nossas habilidades, educamos as nossas emoções, transformamos instinto em inteligência, e, pouco a pouco, vamos construindo a felicidade, não por termos coisas ao nosso dispor, mas porque percebemos em nossa natureza íntima, que habita o chamado “ouro interior”

- Cumpre a cada um de nós ser tão feliz quanto nos completa. Aí nos adentramos na possibilidade da felicidade, porque não passa a ser aquela felicidade de um mar de rosas existencial, onde tudo acontece conforme a nossa vontade, porque esse tipo de felicidade está muito vinculada ao EGO, à necessidade de segurança que nós temos e de controle de todas coisas

- Mas o que é que controlamos em nossas vidas? Controlamos muito pouco da situação externa, controlamos muito pouco do meio ambiente que nos circunda, mas o que nós podemos administrar, podemos trabalhar e transformar, é a nossa natureza íntima para lidar com as situações da vida

5.2 – DESAFIOS EXISTENCIAIS (Joanna de Angelis )

- ”A visão da felicidade é sempre distorcida, levando o indivíduo a considerar que, quando não se encontra feliz, algo não está bem, o que é uma conclusão incorreta” (Do Livro “O ser Consciente”,Cap 9 )

- Joanna de Ângelis chama atenção nessa frase aos desafios existenciais, porque se a vida fosse um mar de rosas, se a vida nos colocasse na inércia, não faríamos um movimento necessário à evolução necessária do incômodo que nos leva a buscar a melhoria constante

- Quando situações adversas nos colhem não é porque estaremos distantes do nosso objetivo existencial, mas porque nos encontramos nos próprios desafios da vida para o crescimento interior

- A meta da vida não deve ser a felicidade, mas a busca do significado, porque, quando encontramos o significado existencial, estaremos no caminho da felicidade. E mesmo porque a visão do EGO, a respeito da felicidade, pode ser muito limitado

- Quando alcançamos algo, quando conquistamos coisas que nos trazem felicidade, elas passam a ser, muitas vezes, motivo de preocupação

- A felicidade não é só busca externa, mas é aquela harmonia de lidar de maneira satisfatória com os desafios e as bênçãos que a vida apresenta

- Qual é o presente que a vida me traz hoje ? É um presente agradável ou desagradável ? São as condições que a vida coloca para o meu crescimento, para o meu adiantamento moral

- É por isso que a nossa visão de felicidade é distorcida. Dizemos : “Só seremos felizes quando conseguirmos tal ou qual objetivo. Mas, e se isso não estiver dentro de nosso planejamento espiritual como algo positivo? “ Mesmo que consigamos essa meta, ela não nos trará satisfação, porque com a ponte com o SELF, verificaremos estar distante da nossa meta de equilíbrio e de conquista anterior

5.3 – PRAZERES ( Joanna de Ângelis )

- “ Perseguindo-se o gozo, o prazer, experimenta-se alegria toda vez que são alcançados, assinalando-se esses momentos como de felicidade que, no entanto, não correspondem ao sentido profundo, de magnitude que ela reveste” (Do Livro “O ser consciente”, Cap 9 )

- Quantos e quantos colocam a meta existencial, a busca da felicidade nesses objetivos que a vida apresenta. Muitos tocados pelo que traz a mídia, devemos verificar se isso é útil para mim? Isso é uma necessidade interna ou é algo imposto ? porque se algo me foi imposto, de fora para dentro, isso não me completará, e aí seguiremos perdidos na vida em busca dessa felicidade dourado, sem descobrir o sentido da vida”

- Então, descobrir o “Sentido da vida” é que nos traz uma harmonia tão grande que passamos a lidar melhor com as dificuldades que a vida nos apresenta

- Quando nos libertamos desses gozos, desses prazeres que a vida nos coloca ao nossa alcance, vamos libertando a alma para ela ser feliz e isso não significa dizer que nós devamos abandonar o Mundo. Não, o mundo nos proporciona momentos de lazer, de trabalho prazeroso

- O que devemos fazer é buscar novos prazeres, aqueles que saciam a alma. Deleitar-se, sim, com o corpo dentro da ética, da moral, mas nos deletar, principalmente, com a alma. É aí que o homem e a mulher de consciência, que passam a encontrar a felicidade, porque se deleita com a leitura de um bom livro, de um bom filme, com uma conversação edificante, e vai construindo a felicidade sobre novos patamares

- Se tem uma conquista, ela é que proporciona o trabalho, o desenvolvimento. Se tem um desafio, isso não significa que não pode ser uma pessoa feliz. Isso significa, sim, que a vida nos coloca alguns obstáculos, alguns problemas, algumas situações transitórias para que nos desenvolvamos de uma maneira mais profunda e possamos alcançar uma felicidade diferente

5.4 – FRUSTRAÇÕES (Joanna de Angelis)

- “ A imaturidade psicológica de uma fase, a juvenil, por exemplo, predispõe a uma aspiração de felicidade que, conseguida, logo desaparece, e observada mais tarde apresenta-se desagradável” (Do Livro “O ser consciente”, Cap 9)

- A juventude e a infância desejam ter, ardentemente, as coisas, e se não estamos atentos, nós vamos municiando as crianças de coisas, atendendo aos seus caprichos e não desenvolvemos o “senso crítico”delas. Não devemos o senso do que ela tem que fazer para lidar com o que é mesmo necessário lidar, os enfrentamentos naturais da vida

- Os pais, sem se darem conta, criam esses seres altamente egóicos e serão futuros autoritários porque vão sendo movidos de coisas, principalmente de pais que não tem muito tempo para o processo educativo e sem percebermos, vamos criando esses mesmos seres que vão atormentar o estado coletivo. Temos que criar as crianças e esses jovens a lidar com as frustrações

- O EGO tem que passar pelas frustrações, porque o Ego maduro é aquele que sabe lidar com as frustrações que a vida lhe apresenta

- Se o EGO não se frustra nas suas intenções equivocadas, nós não alcançamos a visão do SELF, da totalidade, aquela que pode nos trazer uma vida mais harmônica, mais feliz. É por isso que o EGO é preciso ser frustrado

- Quando abrimos os olhos da alma, a consciência mais profunda, a consciência superior, nossa visão se amplia e começa a marcar esses pequenos insucessos como algo que vai treinando a nossa natureza íntima para que possa conquistar a verdadeira felicidade

- Esse pautar da felicidade nos gozos, nos prazeres na consciência infantil, nos leva a esses dissabores até quando amadurecemos o olhar da alma e verificamos as circunstâncias da vida como exercício, enquanto o que chamamos de infelicidade que nos bate à porta, temos o senso crítico de dizer : “ Isso é para o treino da minha alma”

5.5 - ILUSÕES (Joanna de Angelis )

- “É necessário que se entenda que a felicidade tem a ver com o que o indivíduo é e com o que ele pensa ser. A diferença entre o que supõe ser e a sua realidade dimensionada, o seu quadro de desejos, de prazeres e gozos que interpreta como a busca plenificada da felicidade
(Do Livro “O ser consciente” , Cap 9)

- É necessário verificar em primeiro lugar “O que nós somos”. Somos somente esse corpo? Somos material da nossa própria consciência ? Ou somos algo muito mais profundo ? Somos algo além do que percebemos ? E a realidade é muito maior do que percebermos

- A consciência não abarca todos os modelos psíquicos porque existe o inconsciente, aquilo que nós não percebemos

- Quando estamos obstinados numa busca devemos perguntar também : “Isso preenche minha alma ? Isso vai preencher o meu vazio interior ? E , normalmente, as coisas de fora não preenchem nosso vazio, pois é lógico que nós gostamos daquilo que nos dá prazer

- O EGO obtém esse sentido de certa forma isso, mas devemos ampliar esse sentido de prazer para que a nossa vida não fique limitada a isso e buscar sempre o significado profundo das coisas, buscar sempre o algo mais, além da minha percepção limitada para que possa pouco a pouco ir me aproximando do que nós chamamos de felicidade

- E se verificarmos em nossa própria existência aquilo que nos fazia felizes na infância, nos fará feliz novamente. Aquilo que fazia feliz na juventude fez parte dos mesmos ideais em que acalentamos nos dias atuais

- Fazendo uma reflexão consciente verificamos que não, verifico que aqueles mesmos joguetes da infância, aquela busca desenfreada da juventude, agora não me faz falta, e procuro viver de maneira intensa o meu momento presente, porque é isso que a vida me traz

- Algumas pessoas costumam dizer que a única realidade da vida é a morte, quando a única realidade da vida é a própria vida, pois estaremos vivos no corpo ou vivo no espírito, pois tudo o mais é ilusório : o corpo que tenho, o vestuário, pois tudo é ilusório

- O que é importante para o espírito ? é dessa forma que podemos fazer a diferenciação entre o que parecemos ser e o que nós somos efetivamente. Se somos efetivamente espírito devemos pensar como tal, devemos ter a consciência de Espíritos. Isso não significa simplesmente adotar uma proposta religiosa ou adotar um rótulo como muitos fazem, temos um rótulo quando adentramos a uma religião

- Mas as lições disso que freqüentamos passam a fazer parte da nossa existência, passam a pautar a nossa busca da felicidade, porque se não passa, a nossa busca continuará no Mundo

- Muitos, mesmo adentrando a uma casa religiosa, continuam fortemente vinculados a esses desejos do EGO e fazem uma busca religiosa para que os espíritos lhes tirem todos os problemas, para que os médiuns tragam todas as respostas, para que a Doutrina lhes tirem os conflitos existenciais e verificam nisso a felicidade. Isso é felicidade ou se trata de ilusão ?

- E as entidades nos chamam a atenção constantemente, de que enquanto não fizermos as lições de casa, participemos das provas e das expiações que nos cabem, não libertaremos a nossa alma para a busca da felicidade. É o mesmo ensinamento que Jesus já trazia : “pega a tua cruz, vem e segue-me”, ou seja , traz a tua cota de problemas contigo, traz os teus desafios existenciais, traz contigo a tua SOMBRA, vem e me segue para que tu mesmo soluciones os desafios que a vida apresenta porque isso não se dá num passo de mágica, não é entrar num templo religioso que tudo se transformará num mar de rosas. É a nossa atitude, o nosso olhar se transformando, isso sim garantirá o reencontro com a felicidade real

5.6 - DESAFIOS ( Joanna de Angelis)

- “ À medida que o ser se compenetra na realidade que é, como Espírito imortal, mais fácil se lhe torna o crescimento intelecto-moral, graças ao qual processa as dificuldades e desafios, empreendendo a inabordável marcha da felicidade” ( Do Livro : “O despertar do espírito”, Cap 6 )

- Quanto mais temos consciência do ser que somos, quando temos consciência da nossa herança Divina, nos libertamos de tudo que chamamos de infelicidade

- Não é porque as coisas de fora se transformam, o que muda é o “Nosso Eu”. O que passa a se transformar é a maneira de ver a vida, de ver as coisas, de ver os desafios. Quando os desafios se apresentam, perguntar a si mesmo? “O que essa situação constrangedora, difícil, desafiadora quer significar para a minha jornada” ? “O que esses obstáculos que a vida coloca querem me trazer de lição” ?
Lições que eu ainda não aprendi, que eu teimei em não aprender e, por isso mesmo, elas batem novamente à porta

5.7 - RESILIÊNCIA

- Resiliência na física é a capacidade que a matéria tem de suportar momentos de tensão, de estressa. O ser Humano também tem que ser “resiliente” para suportar as situações difícieis, suportar temperaturas e pressões que , as vezes, fogem ao nosso controle

- Temos que ser colocados em testes para verificarmos os nossos limites, pois se não formos colocados à prova não sentiremos a grandeza da vida. Se não se colocam obstáculos a nossa frente, nós não exercitaremos nossas pernas, nossos músculos
- Devemos ser “resilientes” para que após as tempestades, a vida ressurja em nós mesmos e não nos coloquemos em situação de vítima, porque, quando eu me coloco como vítima, tem que existir algum algoz e eu perco a capacidade de ser responsável

- É assim que nos transformamos em seres resilientes, testando a paciência, testando a flexibilidade nas questões da vida, treinando a empatia de se colocar no lugar do outro, treinando a paz interior para que tudo a mais não me tire a paz



5.8 - RESPONSABILIDADE

- Joanna de Ângelis chama muito a atenção para transformar erros, transformar culpas, transformar pecados em responsabilidade pelos meus atos

- É a responsabilidade que me liberta. É o olhar de ser responsável que faz com que eu tome as rédeas e siga adiante na vida, tirando dos outros o poder de me transformar numa pessoas pacificada, numa pessoa feliz, porque, efetivamente, não é dos outros essa condição.

5.9 - RENOVAÇÃO ( Amma)

- “ Viver é lembrar-se de esquecer. Perdoe o que deve ser perdoado. Esqueça o que deve ser esquecido. Abrace a vida com vigor renovado... Deveríamos poder acolher cada instante da vida com olhar novo, como uma flor que acaba de se abrir”

- Amma nos convida a esse eterno renovar da vida, do renovar das circunstâncias que se apresentam como desafios existenciais, não para nos castigar, não para nos colocar em situações difíceis, não para nos punir, mas para labutar essa “pepita interior” de ouro que temos em nós

5.10 – POEMA ( Charles Chaplin )

- “ A vida me ensinou...

- A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração

- Sorrir às pessoas que não gostam de mim para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam

- fazer de conta que tudo está bem quando isso não pé verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai
Mudar

- Calar-me para ouvir, aprender com meus erros, afinal eu posso ser sempre melhor, a lutar contra as
injustiças

- Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o Mundo

- A ser forte quando os que amo estão com problemas

- Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho e a ouvir a todos que só precisam desabafar

- Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos

- Perdoar incondicionalmente, pois também preciso desse amor e a alegrar a quem precisa

- A pedir perdão, a sonhar acordado e acordar para a realidade (sempre que necessário)

- A aproveitar cada instante de felicidade e a chorar de saudade sem vergonha de demonstrar

- Me ensinou a ter olhos para “ver e ouvir estrelas”, embora nem sempre consiga entendê-las

- A ver o encanto do pôr-do-sol e a sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar
tudo o que é importante para a felicidade do meu ser

- A abrir minhas janelas para o amor e a não temer o futuro

- Me ensinou e está ensinando o aproveitar o presente como um presente que da vida recebi, e usá-lo
como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar lhe dando forma da maneira que eu escolher”

- A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance. Ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos



6 – O SELF – 01 (ÍRIS SINOTI)

- Potencialmente a personalidade de cada indivíduo já está presente nele no seu nascimento, e cada um já vem ao mundo com um determinado equipamento arquétipo que, encontrando os estímulos adequados no meio ambiente, vai permitir sua adaptação à realidade

- A nossa parte física, o nosso corpo é comparado a um computador. A nossa máquina também necessita de um operador que é o EGO e de um programa que é representado pelo SELF

- Se o operador externo não souber operar o aparelho, vai realizar uma operação deficitária, ineficiente

- “Eu”, como ser consciente de quem sou, a idéia que tenho do EGO, tem, além disso, uma outra instância que conduz, que é o SELF.

- O EGO é o governante da casa, o SELF, o dono dela. É nessa relação entre o EGO e o SELF que todo o funcionamento psíquico vai acontecer. Todo o nosso processo de aprimoramento como pessoa acontece através dessa relação

- Essa relação é realizada através de símbolos que se encontram no meu inconsciente e passam para o consciente e vou me transformando em pessoa

- Jung : “ Centro regulador e coordenador da nossa vida psíquica, que corresponde simbolicamente a imagem de Deus que temos dentro de nós. O SELF não é somente o centro, mas também a circunferência total, que abarca tanto a consciente quanto o inconsciente; é o centro dessa totalidade, assim como ao EGO é o centro da consciência”

- O propósito do SELF não é o mesmo do EGO, pois o SELF é essa imagem de Deus em nós, mas nem sempre o que Deus deseja serve para nós ou é o que a gente quer. Por exemplo : “o SELF quer o nosso crescimento e não está interessado se eu estou ganhando x ou y

Luiz Paulo Grinberg : ‘Ao nascermos , o EGO existe apenas potencialmente dentro de “si- mesmo”. Este seria a prefiguração inconsciente do EGO, agindo sobre ele como uma ocorrência objetiva, independente da vontade. É somente devido a essa dimensão psíquica, o “si-mesmo”, que a consciência pode existir”

-Essa idéia de que somos aqui, que é o EGO, é do processo reencarnatório. O ser que somos de fato é do SELF e vai permanecer conosco, e isso é o processo de “individuação”, ou seja, a capacidade e a busca do ser por tornar-se quem ele é, a criação Divina

- Jung : “ O SELF aparece em sonhos, mitos e contos de fada na figura da “personalidade supra-ordenada”, tal como um rei, um herói, um profeta, etc... ou sob forma de um símbolo de totalidade, como o círculo, o quadrado, a cruz, etc”

- O inconsciente aparece sob a forma simbólica. Um líder religioso quando aparece no sonho pode ser um símbolo do SELF, porque estou projetando nesta pessoa uma idéia grandiosa

- Joanna de Angelis : “O SELF preexiste à composição do ser humano, é possuidor dos símbolos e imagens que se encontram no arquétipo primordial, do qual se origina, conduzindo o embrião de EGO e da consciência, que se exteriorizarão por meio das incontáveis experiências de transformação e de redenção na individualidade em que se expressará um dia”

- O SELF já existe antes da composição física e está muito próximo do Espírito

- Joanna de Angelis : “ O SELF não é apenas um arquétipo –aptidão, mas o Espírito com as experiências iniciais profundas de processos anteriores, nos quais desenvolveu os pródomos do Deus interno nele vigente, face a sua procedência Divina desde a sua criação”

- O SELF é arquétipo, mas não é só isso, ele é o próprio Espírito, mas é a parte do que ele precisa ser aprimorado a cada nova existência

- Joanna de Angelis : “Esse SELF começa a alicerçar-se a partir dos rudimentos do instinto, quando surgem os pródomos daqueles de natureza primária e a individualidade passa a ter início”

- Jung : “ O SELF representa o objetivo do homem inteiro, a saber, a realização se sua totalidade e de sua individualidade, com ou contra sua vontade”

- Daryl Sharp : “ A realização do SELF como fator psíquico autômato é, frequentemente, estimulada pela irrupção de conteúdos inconscientes, sobre ao quais o EGO não tem controle”

- Erik Neumann : “ O SELF fica escondido na SOMBRA; ela é a guardiã de entrada. O caminho para o SELF é através dela; por trás do aspecto escuro que ela representa está a totalidade, e é só fazendo amizade com a SOMBRA que ganhamos a amizade do SELF”

- Joanna de Ângelis : “O EGO em predomínio, lentamente cede espaço ao SELF que se encarrega de conduzir os pensamentos, ideais e esperanças necessárias para alcançar a meta a que está destinada

- Toda a escuridão que cobre a luz do sol seria esse EGO, essa tentativa de dominância. O EGO tem as suas necessidades, mas o meu caminho é para o SELF, para Deus

- A busca da maioria das pessoas é no sentido horizontal, enquanto a do SELF é de crescimento vertical. ou seja, o homem tentando religar-se a Deus e não se arrastando pelo chão

- Jung : “Quando o EU (EGO) é idêntico à PERSONA, a individualidade é totalmente reprimida e toda a psique consciente torna-se coletiva. Isto representa o máximo de adaptação à sociedade e o mínimo de adaptação à própria individualidade

- Quando a gente é tão presa a PERSONA, ao novo papel que representamos, e com isso a gente vai se perder, e todo o meu processo e a minha energia psíquica fica voltada para uma questão coletiva, e se não tomarmos cuidado, é isso que a gente vai vivendo, é assim que tem que ser, é assim deve se comportar, é assim que deve se vestir

- Quanto mais eu atendo ao anseio externo, menor a minha capacidade de perceber e ouvir o que o meu “Eu Interno” precisa. Eu participo de um Grupo se Estudo, eu participo de um trabalho de caridade, tudo porque todos participam, mas isso não é um movimento interno e, por isso, não engrandece


7 – O SELF – 02 ( CLÁUDIO SINOTI)

- Vivemos uma cultura de massificação com informações, mas não temos uma atitude madura do próprio EGO para lidar com o processo educativo e nos perdemos na nossa trajetória para a construção dos valores íntimos da alma

- Porisso devemos questionar a postura perante as entidades coletivas, e até mesmo no campo religioso

- Jung quando o ser deve fazer a sua jornada para trazer à tona os valores profundos da alma, falava de certa formada trajetória do espírito. Mas de onde trazemos essas potencialidades? Somos como uma semente, só percebemos o campo do EGO, da consciência

- Segundo Jung a consciência do homem foi criada com as seguintes finalidades :

(1) Reconhecer que sua existência provém de uma unidade superior. Se trata da força Divina em nós, pois somos criação dela, é o “Si-mesmo” ou SELF
(2) Dedicar esta fonte a devida e cuidadosa consideração
(3) Executar as ordens emanadas desta fonte, de forma inteligente e responsável
(4) Por conseguinte, proporcionar um grau ótimo de vida e de possibilidade de desenvolvimento à totalidade da psique

- Há uma luta entre o EGO e o SELF. O EGO quer dominar nossas buscas, nossas atitudes. Na dificuldade o EGO trabalha o seu aperfeiçoamento para aprender a escutar um pouco mais e reconhecer que sua existência provém de uma Unidade Superior

- Joanna de Angelis : “ O objetivo essencial da existência humana, do ponto de vista psicológico, na visão Junguiana, é facultar ao indivíduo a aquisição da totalidade, o estado numinoso, que lhe faculta o perfeito equilíbrio dos pólos opostos”

- Como eu lido com os opostos, ou seja, como eu ligo com as SOMBRAS, aquilo que desconheço da minha natureza

- Numinoso é o chamado de “Paulo”, de “São Francisco de Assis”, quando tocados pela voz do Cristo

- O resultado esperado tanto da psicoterapia quanto da religião é que o paciente / devoto estabeleça ligação com poder maior que o EGO. Jung deu a esse poder o nome de “Si-mesmo”, o termo religioso Deus

- É difícil perceber e lidar de maneira consciente e saudável com esse afluxo de conteúdos que provém do inconsciente. Só que esse inconsciente impulsiona o tempo todo, toda a nossa jornada, e se nós não fizermos isso, somos sérios candidatos às psicoses, aos processos psiquiátricos, porque o EGO se nega a dar conta de todo esse fluxo, de todos esses conteúdos vitalizados por energia e que atingem o EGO
e, quando negamos isso, ele traz sinal de alarme, normalmente por meio de doenças, sintomas que nos mostram que estamos fugindo da nossa jornada que estamos distantes de nós mesmos. Só o que fazemos, na maioria das vezes, é buscar uma pilha mágica, um remédio para a dor passar logo

- Toda vez que não damos ouvidos a voz da alma somos sérios candidatos ás neuroses profundas, que nos afasta, cada vez mais, desse encontro com a totalidade e vão obscurecendo a nossa própria personalidade

- O EGO precisa participar de forma consciente e é importante que chamemos um pouco a atenção por que, às vezes, ouvimos esse conceito de maneira equivocada : “Nós não temos que destruir o EGO, mas temos que ter uma convivência saudável entre os conteúdos do EGO e os conteúdos do inconsciente profundo. E, só fazemos isso quando temos coragem de lidar com aos desafios que a vida coloca ao nosso alcance

- Quando temos coragem de, sentindo as agulhadas da acumpultura da vida, questionar : “Qual é o sentido profundo disso”. Ir além da dor, ir além da sensibilidade externa, e treinar a sensibilidade interna para que possamos perceber que essa força do SELF atua com intensidade profunda, buscando ativar os conteúdos que somos portadores, mas que, muitas vezes, esquecemos ou negligenciamos

- Joanna de Angelis : “ Um EU opõe-se ao outro.EU intérmina luta interior. Um é consciente, vigilante, o outro é inconsciente, adormecido, que desperta acionado pelo seu oposto

- Vivemos nessa luta entre o EGO e o SELF, entre a SOMBRA e a própria LUZ e perguntamos quem sairá vencedor? A resposta vai depender de nossas escolhas

- Devemos enfrentar os nossos “lobos” internos, não destruí-los de uma vez, mas integrá-los a nossa consciência. Se o nosso “lobo”é o medo, devemos perguntar por que tememos esse desafio ? Devemos enfrentá-lo de maneira consciente. É óbvio que temos fobias que devem ser tratadas com especialistas, mas os nossos medos menores podem ser treinados, podem ser exercitados, e nós vamos vencendo aos poucos esses medos, porque enfrentá-los é lidar com a própria SOMBRA

- Devemos perguntar o que esse medo quer de mim?

- Joanna de Angelis : “A SOMBRA no ser humano não deve ser combatida, senão diluída pela integração na sua realidade existencial. Ela desempenha, portanto, um papel fundamental no equilíbrio entre o EGO e o SELF, no que resulta a unificação, também, dos pólos quando se consegue a sua diluição

- Não devemos brigar com a própria natureza que nos habita. Não podemos brigar contra os nossos medos, contra as nossas raivas, contra as nossas emoções. Devemos perguntar a ela qual a mensagem que isso quer nos trazer e, a partir daí, enfrentá-la e não colocá-la em baixo do tapete e esconder não resolve, não transforma. Somente nos transformamos quando aceitamos , e, percebendo minha natureza, posso lidar satisfatoriamente com ela

- Joanna de Angelis : “ Humanizar-se, do ponto de vista psicológico, é integrar-se”.

- Humanizar é trazer à tona os valores da condição de Sr humano que somos. Queremos ser “anjos” e esquecemos que somos humanos, que temos emoções, limitações, e, a partir disso, considerar os desafios que devemos transpor para integrar

- “Integrar” é aceitar a SOMBRA também, como parte da minha vida. Quando falamos em SOMBRA pensamos trazer aspectos negativos, mas nela existem a energia da vida, que deve ser colocada a serviço da vida para ativar os valores profundos para que possamos efetivamente nos integrar





8 - O SOFRIMENTO – 01 (CLÁUDIO SINOTI)


8.1 – AS QUATRO VERDADES

- O príncipe Gaudama Sidarta (Buda) declarou quatro verdades que foram analisadas por Joanna de Angelis em que faz uma ponte entre essas verdades e a interpretação Espírita desses fenômenos

(1) Todos seres estão sujeitos ao sofrimento (velhice, doenças, morte, insatisfações, etc )
(2) O sofrimento surge de causas (desejo, cobiça, raiva, ignorância, etc )
(3) Ao eliminarmos as causas, o sofrimento é eliminado
(4) Praticando o nobre caminho óctuplo, o sofrimento e suas causas são eliminadas
8.2 – JOANNA DE ÂNGELIS
- “Ninguém atravessa os caminhos humanos isentos do sofrimentos, que fazem parte da própria constituição orgânica, em face do desgaste a que está sujeita, dos conflitos psicológicos, resultantes das vivências passadas, das contaminações que produzem enfermidades, das injunções defluentes da vida na terra” (do livro “Vitória da depressão”, Cap 18 )
8.3 - APEGO
- O maior apego ao nosso corpo físico traz sofrimento à criatura humana, por não sabermos lidar com o envelhecimento. Devemos cuidar do corpo com o exercício, com a alimentação
8.4 – EMOÇÕES
- Quantas emoções mal elaboradas . Embora possamos estar bem com tudo que a vida está para oferecer externamente, se não nos encontrarmos sintonizados, de nada adiantará se não há uma harmonia entre o “ser interno” que somos e a nossa “aparência”, entre o SELF e o EGO
8.5 – VIVÊNCIAS PASSADAS
- os processos de vidas passadas precisam ser reequilibradas na própria vivência atual, nem sempre lidam bem com isso e trazemos à tona essas vivências guardadas ainda não resolvidas
- Às vezes temos uma doença, passamos por um processo de enfermidade e sofremos porque não sabemos lidar com isso, e se não tivermos um olhar além dessa vida, além do EGO, muitas vezes passamos cabisbaixo, sofrendo, alimentando próprio sofrimento, parecendo masoquistas, alimentando-se do próprio sofrimento, e, quando recebem proposta de melhora, não aceitamos o remédio proposto
8.6 – LIVRE ARBÍTRIO
- Um aprendizado que temos de ter é que não podemos tomar o remédio pelos outros, podendo, entretanto, propor, convidar, esclarecer, mas não podemos forçar o Livre Arbítrio do outro. E vemos pessoas sofrendo pelo sofrimento dos outros, quando deve haver um limite por esse sofrimento

8.7 – JOANNA DE ÂNGELIS

-“Em tua origem és Luz avançando para a grande luz. Só há SOMBRAS porque ainda não dispuseste a movimentar os poderosos geradores de energia adormecida no teu interior (Livro: “Momentos de Consciência”, Cap 11)

8.8 – LUZ INTERNA X SOMBRA

- Quantas vezes esquecemos essa “Luz Interna” que somos, que por trás da vida, das dificuldades, das injunções que ela apresenta, existe um propósito, sofremos por nossa imaturidade, por nossa dificuldade ver a vida sob os olhos dessa “grande Luz”, desse ser maior que somos

- E, às vezes, não acreditando nesse potencial, não ativamos essas forças, essas energias que iriam nos fazer liberar, nos libertar dessas injunções perniciosas. E, por não ativar essas forças, é que o ser humano sofre, e, a partir daí, permanece em SOMBRA

- A sombra física ocorre porque a luz encontra um obstáculo. Isso ocorre, também, no nosso psiquismo quando o SELF, o Espírito imortal que somos, lança as luzes sobre o EGO. Os conflitos do EGO funcionam como uma barreira para que o SELF não penetre

- O próprio Deus Interno é desacreditado e aí buscamos um “guru”, que representa esse deus, procuramos um médium que nos traga todas as respostas. Ou seja, buscamos algo externo para ativar aquele Deus que se encontra externo e aí sofrem por não acreditarmos na nossa própria natureza Divina

- Precisamos ter a força, a energia necessária para buscar a minha libertação dos sofrimentos, a minha harmonia existencial, entretanto, temos dificuldade em lidar com a nossa SOMBRA, não queremos saber dos conteúdos que ficaram escondidos, que a reprimimos

- É necessário coragem para abrir as próprias gavetas do psiquismo e ir, pouco a pouco, penetrando nesse conteúdo emocional guardado, para que essas energias sejam libertadas

- Todas as energias do ser devem servir o processo de “individuação”, de “autorealização”, de “harmonização”consigo mesmo.Mas enquanto essas energias ficam reprimidas, guardadas, escondidas, o sofrimento permanece

- Joanna de Ângelis - “Enquanto essa área da SOMBRA não seja clareada pela razão, a ignorância predomina e os instintos governam, mesmo que o raciocínio pareça comandar-lhe os hábitos e as ações” (do Livro “momento de Consciência”, Cap 12 )

- O caminho deve passar pelo discernimento da razão. O Espiritismo nos traz a responsabilidade por tudo aquilo que nos ocorre, porque, enquanto o responsável for o outro, ou o governo, for Deus e os espíritos, fica difícil de me libertar das injunções perniciosas. Mas quando eu passo a pensar que eu sou o responsável por tudo o que me ocorre e as coisas que eu não sou responsável fazem parte da própria vida, da sabedoria Divina, que coloca cada um no local exato, na hora exata, onde possa fazer o aprendizado da alma, eu passo a clarear esses quartos escuros, que se encontram na psique, e aí eu posso retirar a ignorância e a passar a governar os instintos, ao invés de ser governado por eles

- Quando somos governados pelos instintos, o cavalo parte em disparada e aí fica difícil se nós não trazermos a razão, o discernimento, a claridade do SELF para lidar, porque se não vamos transformando os instintos perniciosos em hábitos e ações. Eé aí que vem toda a luz da razão nos proporcionando os esclarecimentos necessários para lidar com tudo isso

- Os instintos devem estar a serviço do homem, não os homens a serviço dos instintos, pois o homem que se liberta é aquele que consegue se libertar das paixões

8.9 - DESAFIOS

8.9.1 – JOANNA DE ÂNGELIS

- “Existir, sem o contributo da luta, dos desafios contínuos, é permanecer em estágio automatista do processso da evolução, não alcançando o significado psicológico maduro que diferencia os indivíduos e os promove (do Livro : “O despertar do espírito” , Cap 10 ),

- A luta e os desafios nos promovem e, aquele que sabe enfrentar as tormentas, esse passa a ser grande. Porisso, a vida nos testa, porque para burilar esse ouro que somos, e trazer à tona esse diamante, é preciso passar pelo processo de lapidação, mas se a negarmos, se reclamamos de tudo que a vida nos traz, fica difícil amadurecer

- Sem amadurecimento não se liberta do sofrimento. Podemos estar cercado de todas as comodidades da vida, mas, mesmo assim, a vida dá um jeito de trazer um desafio

8. 9. 2 - JAMES HOLLIS

“ Sem o sofrimento, que parece o requisito epifenomenal para o amadurecimento psicológico e espiritual, permaneceríamos inconscientes, infantes e dependentes” (do Livro : “Os pantanais da Alma”, Cap 10

- James Hollis é analista Junguiano, o qual trás a mesma visão da Doutrina espírita. Então os sofrimentos são os desafios que fazem uma ponte com o inconsciente

- A situação que eu julgo que me leva pra baixo, é justamente o contrário, é a que ativa os recursos do próprio SELF, é que faz com que atue aquele ser maduro, corajoso. É como naquelas situações da vida em que eu não sei como encontrei forças para lidar e depois passa e eu me pergunto : “de onde eu tirei aquela força dentro de mim. Isso ocorre porque o desafio ativou parte específica do psiquismo que vieram à tona naquele processo de dificuldade, de sofrimento, que nos faz sair da infância


8.10 - JOANNA DE ÂNGELIS (TRATAMENTO)

- “O sofrimento se apresenta, na criatura humana, como uma enfermidade, que necessita de tratamento conveniente, em que se invistam todos os valores ao alcance, pela primazia de lograr-se o bem-estar e o equilíbrio fisiopsíquico”( do Livro : “O ser integral” , Cap 08 )

- Qual é o motivo dessa dor que constantemente teima em me comprimir. Se tem um processo físico, vimos nas aulas de psicossomática, ele é uma resposta do meu psiquismo, trazendo o símbolo que se expressa no sofrimento, mas o sofrimento não é a causa, é o sintoma. E eu preciso transcender o sintoma para não ficar na superficialidade como aquele que toma somente um remédio para a dor de cabeça, mas não faz uma pesquisa, uma anamene para saber as causas : será o meu corpo reclamando? Será que tenho que mudar o meu estilo de vida, meu comportamento?

- Ir ao médico é muito bom, mas temos que ativar o nosso “médico interior”, fazendo uma reflexão e colocando a serviço da vida as energias esquecidas, faltosas, a força impulsionadora que nos dê todas as respostas

- Allan Kardec nos disse: “Os médicos e a medicina serão incapazes de curar enquanto curarem somente as partes, pois o todo tem que ser observado. O “médico interior” pode cuidar do todo através do processo de autoconhecimento, pois somente eu posso conhecer profundo as minhas emoções




8.11 - JOANNA DE ÂNGELIS

“ O despertar da consciência, saindo da obscuridade, do amálgama do coletivo, para a “individuação” , é acompanhado pelo sofrimento, qual parto que proporciona o desabrochar da vida, porém, sob a guante ainda inevitável da dor ( do livro : “ Autodescobrimento”, Cap 03 )



9 - O SOFRIMENTO – 02 ( ÍRIS SINOTI )

9.1 – JOANNA DE ÂNGELIS (SOMBRA)

- “ Os seres humanos transitam no seu processo evolutivo invariavelmente crucificado aos problemas que elaboram para eles mesmos, experimentando dores e amarguras graves, de que somente se libertarão quando se resolverem pela transformação interior, adotando comportamentos saudáveis (do Livro : “Jesus e o Evangelho à Luz da psicologia profunda” )

- Passamos anos de nossas vida ou a própria existência reclamando da mesma coisa. Ficamos amarrados a uma situação que não evoluímos, porque o sofrimento, como proposta de crescimento, só é válido se nós crescemos com isso

- Qualquer situação de frustração para o ser, vai ser positivo se você crescer com isso, se não você vai ter uma repetição, como num carrosel, girando, girando, girando

-Aquilo que eu não resolvo, volta. Aquilo que eu não torno consciente, começa a fazer escolhas na minha vida por mim, porque a minha SOMBRA começa a ser projetada externamente, e ela vem para que eu possa conhecê-la, resolvê-la

- O sofrimento tem uma causa e a causa dele somos nós, e, se somos a causa, provavelmente, seremos a solução, e o primeiro passo para essa solução é o “conhecimento de nós mesmos”

9.2 – JOANNA DE ANGELIS (EGO)

- “ Por extensão, pode-se dizer que o sofrimento não é imposto por Deus, constituindo-se eleição de cada criatura, mesmo porque a sua intensidade e duração estão na razão direta da estrutura evolutiva, das resistências morais características do seu estágio espiritual” (do Livro : “Plenitude”, Cap 01

- O sofrimento é uma escolha do ser. A cada nova existência, encarnação, o ser volta para a vida e vai viver situações que ele não resolveu. Por que o sofrimento vai fazer parte desse processo que é um processo de aprendizado ? Porque, pela lógica, se eu estou revendo aquilo, por que eu sofro? O EGO fica preso à situação terrena e ele vai criar toda a resistência necessária para que possamos fazer todo o processo interno. E ele faz porque quanto mais o Espírito evolui espiritualmente, menor é o tempo de sofrimento

- Então, trabalhar a SOMBRA é uma questão moral, como o processo de autoconhecimento é também uma escolha moral. É nesse processo de avaliação do mundo interno que a gente consegue também, aprimorar o Espírito

- Quando vamos aprimorando a nossa capacidade de percepção, ampliando a consciência, também aprimoramos o Espírito, porque vamos fazendo uma modificação moral e, a partir dele, com a nossa existência ou a existência atual, essa consciência vai sendo lapidada e todo o nosso processo de sofrimento pode ter uma duração menor, porque a percepção das coisas, estando ampliada, vai dar um significado novo às questões da vida

- Assim, aquilo que eu via como ameaça, agora com essa percepção mais ampliada, eu percebo como uma possibilidade de mudar de estágio, uma possibilidade melhor de vida, porque eu resignifico as coisas

- Aquilo que está me propiciando muita dor, provavelmente ali existe uma resistência muito grande do EGO, pois ali existem questões morais que precisam ser avaliadas por mim


9.3 - RELAÇÕES AFETIVAS

- Para Freud, o sofrimento humano, fatalmente infindável, se originaria de três fatores principais : do corpo, do mundo exterior e dos relacionamentos, principalmente, amorosos. Disse ele : “Nunca nos achamos tão indefesos contra o sofrimento como quando amamos, nunca tão desamparadamente infelizes como quando perdemos o nosso objeto amado ou o seu amor”

- As relações afetivas ao invés de propiciar alegria, é hoje motivo de sofrimento para o ser humano, porque o EGO nessa relação com o outro, relação afetiva ou não, que as minhas questões são testadas

- Toda vez que o EGO é frustrado, ele tem uma grande possibilidade de amadurecer, porisso o “não”, no processo educativo da criança, é extremamente importante, porque se ela recebe somente o “sim”, ela acredita que pode tudo. E, quando na fase adulta, não realiza as suas questões, e não enfrenta as suas SOMBRAS, ela terá uma tendência natural de depositar tudo isso no seu parceiro

- Tudo aquilo que eu não fiz por mim, que eu não tenho coragem de fazer, para modificar minha vida, isso vira SOMBRA e é projetada em alguém e o parceiro amoroso é algo fácil, porque a nossa ferida narcisista está em ambos os parceiros e, como essa ferida é alimentada pela falta de amor, ela está unindo as pessoas e elas ficam presas por medo de perder a sua amado

- Aí a relação é de expectativa : o outro vai me fazer feliz, e o outro pensa assim também. Ninguém faz por si, esperando pelo outro e, nessa relação de atritos, a frustração aparece, por conta dessa expectativa. Então, tudo aquilo que não é feito pelo parceiro, pela negação, é interpretado como falta de amor

- O fato de não fazer aquilo que eu esperava que ele fizesse por mim, eu tendo ainda na minha psique infantil, que não aceita a frustração, que a pessoa não fez por que não me ama

9.4 – JOANNA DE ÂNGELIS

- “ As tensões físicas, mentais e emocionais são, igualmente, responsáveis pelas doenças - sofrimento que gera sofrimento” (Livro : “Plenitude”, Cap 02 )

- Toda vez que a pessoa sobre um dano físico, a doença, a depressão, o sofrimento emocional, isso gera um outro sofrimento. É como o pânico, que é o medo de ter medo

- Joanna quis dizer que é um sofrimento ali instalado. A pessoa adoece e tem que passar por um processo maior de debilidade física e essa debilidade física sofre um sofrimento em outro nível, o qual é psíquico. É um sofrimento vivido com um outro sofrimento


9.5 – JOANNA DE ÂNGELIS (APEGO)

- “A maioria dos sofrimentos decorrem da forma incorreta por que a vida é encarada. Na sua transitoriedade, os valores reais transcendem ao aspecto e a motivação que gera prazer. Esse é o sofrimento da impermanência das coisas terrenas” ( do Livro : “Plenitude”, Cap 02 )

- Toda vez que estamos presos às questões que são passageiras, a possibilidade real de perdê-las, porque elas são impermanentes, geram sofrimento. O apego também é causador do sofrimento

- Toda vez que estou preso, seja por coisas materiais, emocionais,ou qualquer coisa passageira, estou submetendo-me ao sofrimento

- A idéia errônea de perceber a vida de ter o controle, vai gerar um sofrimento. Toda a pessoa que vai trazer o controle como uma característica do seu comportamento, muitas vezes, reage dessa forma por medo de sofrer


9.6 – JOANNA DE ÂNGELIS (SENSAÇÃO)

- “Na busca incessante do prazer, o homem transfere-se, exteriormente, de uma para outra sensação, sem dar-se conta de que o desequilíbrio gerador de ansiedade é responsável pelo que o aturde, ameaçando-o de desespero cruel” (do Livro : “Plenitude”, Cap 07)

- Vivemos numa sociedade em que a extroversão é o que é esperado das pessoas. As mais caladas e introvertidas, não são muito aceitas nela. Entretanto, as pessoas, muitas vezes, voltadas para fora, impedem- na do processo de elaboração das questões

- A própria energia psíquica que transita constantemente para fora e para dentro, precisa fazer o caminho de dentro, e quando ela é vista de uma forma muito superficial, aonde fica essa elaboração?

- O inconsciente, assim, vai absorvendo, absorvendo, até que em um momento a depressão aparece pela própria necessidade de tomar consciência do que está acontecendo

- Essa busca de sensação para sensação o tempo todo, vai gerar um sofrimento a um determinado momento da vida, porque o vazio aparece


9.7 – JOANNA DE ÂNGELIS (CONDICIONAMENTO)

- “ O sofrimento resultante do condicionamento abarca a educação incorreta, a convivência social pouco saudável, que propiciam agregados físicos e mentais contaminados” (do Livro : “Plenitude”, Cap 02 )

- Todo processo educativo incorreto vai gerar um ser humano incapaz de elaborar suas questões, suas frustrações, o que vai, com certeza, trazer um dano físico, porque o complexo quando constela traz um efeito no corpo também, porque o corpo é extensão dessa consciência. Você percebe o que é porque você se vê. Você tem uma consciência de corpo, de existência, porisso que um processo educativo incorreto vai causar uma possibilidade de sofrimento

- Quantas vezes passamos anos de nossas vidas deixando de viver porque estamos focados numa promoção no trabalho, em passar num concurso, em aumentar nosso salário, entretanto, isso passa e fica o “vazio” do que não gerado

- O sofrimento é escolha nossa, pois passamos a vida inteira acreditando em coisas e não nos questionamos. O quer Jesus quis dizer com “ A felicidade não é deste Mundo” ? Que mundo Jesus falava, deste nosso mundo ou o mundo do EGO ? Será que ele não estaria sinalizando que as coisas que o EGO busca são efêmeras, que a felicidade é do SELF e é isso que traz a plenitude e isso é a forma mais significativa de viver, interagir, se modificar, e isso é a felicidade que podemos ter e aqui é escola , onde nos aprimoramos

9.8 - JOANNA DE ANGELIS (MEDO)

- “ O homem, desde as suas origens sociais, aprende a ter medo, a conservar mágoas, a desequilibrar-se por acontecimentos de somenos importância, desarticulando o seu sistema energético. Passa de um aborrecimento para outro, cultivando vírus emocionais que facultam a instalação dos outros, degenerativos, responsáveis pelo agravamento das suas doenças” ( do Livro : “Plenitude”, Cap 02)

- É porisso que não entendemos porque temos tantas viroses, tantas doenças que acontecem. E isso ocorre justamente pelas nossas escolhas, desde as suas origens sociais, a história dos homens, quando ele vai aprender a ter medo, e, por ter medo, ele não avança

- A função do medo é a proteção da vida, mas quando esse medo é alimentado de forma exagerada, ele impede todo o desenvolvimento do ser. Por causa da SOMBRA cultivamos vírus emocionais o tempo todo

- Todo esse conteúdo que eu venho trazendo de tantas existências, que eu acumulo nesta existência, tanra coisa que eu não resolvi, que eu deixei de fazer por mim, eu vou deixando lá, e então chega uma hora em que eu não estiver ocupado, arrumando confusão, eu tenho que parar e pensar, e como fazer isso é muito doloroso, eu projeto isso fora

- Às vezes, a insatisfação do ser é tão profunda, é tão grande, que ela transforma a sua vida em amargura e, assim, ela vai brigar com todo mundo, vai reclamar o tempo todo


9.9 – JOANNA DE ÂNGELIS (EXPECTATIVA)

- “ A frustração, por sua vez, responde por sofrimentos que seriam evitáveis, não fossem as exageradas esperanças do homem, as suas confusas idéias de autoconhecimento, que lhe infundem crenças falsas nas possibilidades que não lhe estão ao alcance” ( Livro : Plenitude, Cap 03 )

- Quanto mais eu gero expectativas nas pessoas ou nas coisas, maior será a minha frustração. Quando acreditamos merecer muito mais além, vai gerando sofrimento

- Quando um ser humano vive em função do outro, ele está doente, porque se ele não se ama, ele não dedica essa energia a ele, pois é incapaz de sentir algo pelo outro. A ilusão, a expectativa que é colocada no companheiro


10 - O SOFRIMENTO – 03 (Cláudio Sinoti)

10.1 - FINALIDADE DO SOFRIMENTO

- O sofrimento é uma realidade na terra em que todas as criaturas passam por ela, porque existe uma finalidade nesse processo. Entretanto, é possível libertar-se dessa fenômenos

- O psiquismo só se preenche com significado profundo da vida e, quando não encontra esse significado, a própria depressão é um convite para que o psiquismo se reestruture e aí vem a busca da paz

- Yong : “O homem tem de lutar com o problema do sofrimento. O oriental quer livrar-se do sofrimento expulsando-o, ao passo que o ocidental procura suprimi-lo com remédios. Mas o sofrimento precisa ser superado e o único meio de fazê-lo é suportando-o. Aprendemos isso com ele (o Cristo)”

- Young já trazia essa proposta de que o Cristo era a própria superação do sofrimento
10.2 – ROTULAÇÃO

- Não adianta rotular as pessoas com relação a seus sofrimentos, mas compreender a finalidade que a pessoas passa pelo sofrimento, e dar- lhe ferramentas para que ela transponha o processo na Qual se encontra

- Na religião também não devem nominar as doenças de cada um, por exemplo : “Que a pessoas está obsediado, tem problemas de vidas passadas”, mas o oferecimento das ferramentas para que ela possa vivenciá-las e superar os obstáculos

10.3 - CAUSAS DO SOFRIMENTO (JOANNA DE ÂNGELIS)

- “ Considerando-se que os sofrimentos são causados pelos desconcertos do Espírito, que desarmonizam o fluxo da energia, permitindo a instalação das enfermidades físicas, mentais e morais, a forma eficaz para que cessem deve atingir o seu fulcro gerador, graças a cujo comportamento será interrompida a onda perturbadora” (Livro “Plenitude”, Cap 05 )

- Enquanto não remontamos ao Espírito que somos, que é a causa de tudo, ficamos perdidos a meio de rótulos, a nomes, a denominações.

- Somente quando encontramos a nossa realidade existencial, ou seja, o Espírito imortal que somos, podemos, passo - a - passo, nos libertar da dor, do sofrimento, seja física, seja emocional, ou pelo menos suportá-lo. A busca do significado nos garante ir além, possibilitando o caminhar ao lado dele para buscar o significado, porque essa é a chave : a busca do significado é que nos garante ir além, possibilitando que o EGO faça uma ponte com o SELF, percebendo a finalidade daquele processo

- Joanna de Angelis reiteradamente nos convida a questionarmos os processos que vivemos, não somente perguntando o “por que”, que leva ao rótulo, mas o “para que”, qual a finalidade que a vida me coloca neste momento, vivendo esta dificuldade? Para que tenho esta dor? Para que eu passo por esta dificuldade? E tentar se colocar como Espírito imortal nessa situação

10. 4 - O “CAMINHO OCTUPLO” (JOANNA DE ÂNGELIS)

- Sidarta Gautama (Buda) apresentou o chamado “Caminho Óctuplo” para a libertação do sofrimento e que a benfeitora Joanna de Angelis passa a fazer uma análise na obra “Plenitude” do chamado “Caminho Óctuplo”

10. 4. 1 – POSTULADO PRIMEIRO : “CRER RETAMENTE”

- “Crer retamente é direcionar o pensamento de forma positiva, edificante, firmando-o em propósitos saudáveis, que favorecem a realização excelente dos postulados, nos quais se crê...a fé....é a canalização de todas as possibilidades psíquicas alterando a ação das forças habituais (Do Livro : Plenitude, Cap 08)
- É durante os momentos de dificuldade que verificamos o nível de fé. Fé é aquilo que eu acredito
- Young diz que tudo que eu faço, colocando energia na vida, se transforma em meu Deus, não o Deus das religiões, pois uns elegem o dinheiro e outros, os prazeres
- Cada pessoa quando movimenta energia psíquica, está construindo o seu Deus. Que tipo de Deus conduzimos em nosso psiquismo? É um Deus que conduz ao enfrentamento existencial ou um Deus ainda na dependência da vida, dos outros, dos ministros religiosos, médicos, pastores, padres, para resolverem sua situação?
- Crer é fazer um vínculo íntimo com o Deus interno, o Espírito imortal que somos e, a partir disso, vincular-se às forças da vida, sabendo que tudo que me acontece, faz parte de um planejamento ou de minhas próprias ações. Se são as minhas próprias ações, transformá-las, caso contrário, acreditar que existe uma força superior para que tudo se dê da maneira como se tem dado

10. 4. 2 - POSTULADO SEGUNDO : QUERER RETAMENTE
- “Querer retamente propõe métodos compatíveis com os objetivos da crença anelada. Os meios incorretos não são justificáveis quando usados para fins nobres, porquanto degeneram os ideais que devem permanecer pulcros. Sem o uso dos meios correspondentes, as realizações perdem a qualidade de que se devem revestir” ( do Livro : “Plenitude”, Cap 08)
- Quais são os meus objetivos existenciais? Para onde eu mobilizo energia, energia vital? Aí está o meu querer. É necessário verificar para onde colocamos energia, para verificar os resultados que temos tido ao longo do tempo. Se esses resultados trazem sofrimento é necessário modificar o nosso querer. Esse querer aliado à fé ajuda na própria cura física
- Jesus ao curar perguntava : “Vós credes que eu posso te curar?”. Com isso Jesus faz uma ponte psicológica favorável com a pessoa , pois a crença mobiliza energia e a crença aliada ao querer leva à conquista dos nossos objetivos
- Porisso, devemos verificar como está o “nosso querer”. É necessário que cada um acenda a própria chama que vai conduzi-lo ao objetivo existencial. Não é o terapeuta, o médico, o padre, é necessário o querer de transformação para fazer a ponte do objetivo

10. 4. 3 - POSTULADO TERCEIRO : FALAR RETAMENTE
“ Quando se crê e se quer retamente, fala-se com a mesma qualidade de intenção, e essas palavras, conforme se refere o Evangelho exteriorizam o de que está cheio o coração...O falar retamente fomenta o progresso, desenvolvendo as aspirações que se exteriorizam em ideais de liberdade e amo, impulsionando as criaturas para a frente, para o bem ( de Livro : “Plenitude”, Cap 08)
- A nossa voz contém energia, a nossa fala junta ao redor a qualidade dos próprios fluidos, conduzem também para os objetivos existenciais, cria ao nosso redor uma áurea que revela também a nossa energia. E como temos sido maus propagadores de energia, através de más notícias
- A nossa fala aliada a nossa emoção é um potente condutor de energia possante e que não encontrando receptáculo favorável, preparado, pode trazer destruições
- Devemos reflexionar de que maneira estamos realizando a conversação. Muitas vezes conversamos por conversar, mas não percebemos e perdemos a oportunidade de dizer coisas boas, de mudar o rumo de uma conversação que não está agradável, edificante
10. 4. 4 – POSTULADO QUARTO : OPERAR RETAMENTE
- “Operar retamente” é técnica de terapia preventiva, quanto curadora para o sofrimento. Quem não atua errado, não tem necessidade de repetir a experiência, refazer o caminho, ressarcir débitos... Tal ação, entretanto, começa nas pequenas decisões, nas realizações mais simples e de aparente significação, sem importância ( do Livro “Plenitude”, Cap 08 )
- Fazer uma reforma moral, de sempre buscar fazer o que é correto. E quando estivermos em dúvida pensarmos : “E se fosse outra pessoa que estivesse agindo no meu lugar, eu aprovaria seu comportamento? Ou eu condenaria?
-Mesmo que estejamos em dúvida, buscar sempre colocar um peso moral. Aonde eu posso agir com mais acerto? Aonde eu não irei me prejudir ou prejudicar o outro?
- Quando passamos a operar retamente vamos construindo uma autenticidade. A autenticidade está ligada à verdade, só que a verdade, às vezes, é relativa, pois o que eu enxergo o outro pode enxergar sob um prisma mais amplo e a verdade está com Deus
- Quando eu “Opero retamente”, eu faço o caminho de volta, eu sei me perdoar, e volto para refazer a situação ou me propõe, a partir desse instante, não mais agir daquela forma
10.4 .5 – POSTULADO QUINTO : VIVER RETAMENTE
- “ As ações que se sucedem, transformam-se no modus operandi de cada indivíduo que aí passa a ter o seu modus vivendi. Quem age retamente, vive retamente (do Livro : Plenitude”, Cap 08)
- Se passamos a crer, a querer, a agir retamente, nós chegamos ao viver retamente, porque a cada passo da nossa existência, vai construindo uma afinidade com as Leis Divinas e á através dessa afinidade é que vamos acumulando boas atitudes para a nossa existência
- Não mais temos necessidade de resgates maiores, porque não vamos acumulando ao longo dos tempos os débitos existenciais que vamos contabilizando da nossa contabilidade emocional
- Viver corretamente é a parte proposta do agora e muitas pessoas esperam o futuro para se vincular a algo glorioso. Às vezes nós pautamos a nossa existência em postulados falsos em uma persona e não em valores morais

10. 4. 6 - POSTULADO SEXTO : ESFORÇAR-SE RETAMENTE
- “Esforçar-se retamente é saber aplicar a capacidade dos seus recursos naquilo que propicia felicidade real, duradoura, sem as aflições dos prazeres fugidios, que necessitam de repetir-se sem cessar, não lhes aplacando a sede, antes aumentando-a, perturbadoramente (do Livro : “Plenitude”, Cap 08)
- Quantos vão atrás desses prazeres fugidios, achando que o que vem de fora irá plenificar. O nosso esforço deve ser conduzido naquilo que trás plenitude, que trás paz e consciência
- O que trás uma mente tranqüila? O que faz alguém construir uma vida mais plena? Quais são os valores? E não é o que ela construiu externamente, pois não conseguiu construir o significado existencial.Então, “esforça-se corretamente” é servir a vida não para conseguirmos os bens que nos servem, os quais são úteis e necessários, mas é necessário ter nova postura para com mundo que é diferente
- “Esforçar-se corretamente” é colocar a nossa energia naquilo que traga realmente felicidade

10. 4. 7 – POSTULADO SÉTIMO : PENSAR RETAMENTE
- “Pensar retamente” faculta harmonia psicológica e sintonia com os benfeitores da humanidade, em cuja convivência psíquica se haurem energias benéficas propiciadoras de saúde que vão atuar nas causas dos sofrimentos, alterando-lhes a vigência e os efeitos” (do Livro : “Plenitude”, Cap 08)
- Porque utilizamos tão pouco essa energia poderosa, o pensamento. Nos deixamos invadir pelo pessimismo, pelas más notícias, pelas más músicas e isso vai envolvendo nosso psiquismo e passa a fazer parte do nosso pensamento
- Nós somos essa energia geradora e devemos conduzi-la para que propicie esses contatos com seres transpessoais em grau elevado
- Essa pandemia da obsessão que se vê hoje existe é porque a maioria das pessoas não controlam o próprio pensamento. Devemos fazer uma pausa para verificar o próprio pensamento. Deixar alguns períodos para verificar para onde vai o meu pensamento, porque ele, muitas das vezes, vai conduzido e nos tornamos marionetes
- Enquanto não observamos os nossos próprios conflitos, passamos a não nos entender, vamos sendo conduzidos pela vida
10. 4. 8 - POSTULADO OITAVO : MEDITAR RETAMENTE
- Se o indivíduo permitir-se olhar para dentro, todo ele se torna uma só idéia visual, ao captar a “Luz Divina”,igualmente todo ele se fará luminoso, e nenhum sofrimento o perturbará, graças à aquisição da saúde integral (do Livro : “Plenitude”, Cap 08)
- Meditar é ficar alguns minutos diários à reflexão de nossa própria existência. No início desse exercício é natural que a SOMBRA se manifeste e o resultado virá através de um exercício constante, como acalmar a respiração, tentar vincular-se a uma idéia nobre, refletir sob uma página que traga um conteúdo moral, que nós possamos refletir sob os nossos conflitos, a nossa própria vida e nos propondo a nos modificar a partir daquele ideal
- A ciência tem comprovado que as pessoas que meditam tem mais saúde, porque uma área do cérebro vai respondendo melhor, propiciando às neurocomunicações, ativando todo o sistema imunológico e, assim nos harmonizamos
11 – JOANNA DE ÂNGELIS
- “Quem medita, crê, fala, opera, vive, esforça-se e pensa com retidão, adquire os valores indispensáveis à salvação. Nesse estágio a pessoa doa-se e já não mais vive, sendo o “Cristo quem vive nela”... Liberta-se, por fim, de sofrimento (do Livro : “Plenitude”, Cap 08)
- O Cristo nos ensinou o caminho do amor, o caminho excelente para a libertação do sofrimento e Buda complementa com alguns passos, chamados “Caminhos Óctuplo”, que converge, também, para o caminho do amor, como fonte de libertação do sofrimento
- O Livre Arbítrio, a nossa vontade é que leva à cura. Se eu busco a salvação que vem de fora eu permaneço no estágio de criança psicológica, como a esperar que os pais resolvam todas as pendências possíveis. Mas se somos maduros, pessoas adultas nós mesmos devemos nos tornar responsáveis pela existência , e é, por isso, que o caminho da libertação do sofrimento passa pela escolha de cada um de nós, questionando as escolhas que temos feito, verificar e traçar novo plano existencial inicial, a partir de hoje, e pouco a pouco ir se libertando dos hábitos perniciosos que trazem alguma injunção dolorosa a cada um
- Somos seres fadados à plenitude existencial, mas por que ainda não acreditarmos nesse “Deus Interno”que somos, no “Cristo Interior”, permanecendo perdido nas paisagens existenciais e por que ainda brigamos com vida de existência plena que quer se fazer no nosso caminho

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