sábado, 15 de dezembro de 2012

FÉ INABALÁVEL

FÉ INABALÁVEL

1 - LIVRO : RENOVANDO ATITUDES (Hammed / Francisco do Espírito Santo Neto) - Páginas 87 a 91)

- Fé é sentimento instintivo que nasce com o Espirito. Crença inata, impulso íntimo fundamentado na certeza absoluta de que o Poder Divino, em toda e qualquer situação, está sempre promovendo e ampliando nosso crescimento pessoal

- Esse impulso intuitivo do ser humano ligado às faixas da fé é resultado de um desenvolvimento lento e progressivo. Consequentemente, a fé plena não é só conquistada repentina que aparece quando queremos, mas trabalho desenvolvido e assimilado ao longo do tempo

- A fé pulsa em todas em todas as criaturas vivas e agita-se nas menores criações do Universo. Encontra-se na renovação do mineral rompido; aparece no fototropismo das plantas em crescimento; impulsiona o “relógio interno”, que incita as aves a efetuar suas migrações, quase na mesma época em todos ao anos e, também, estimula o homem selvagem a nutrir a crença na existência de um ser supremo

- Ter fé é auscultar e perceber as verdadeiras intenções da ação Divina em nós e, acima de tudo, é o discernimento de que tudo está absolutamente certo

- Ter fé em Deus é reconhecer que a natureza, “arte Divina”, garante nossa própria evolução. Mesmo quando tudo parece ruir em nossa volta, é ainda a fé amplamente desenvolvida que nos dará a certeza de que, mesmo assim, estaremos sempre ganhando, ainda que momentaneamente, não possamos decifrar o ganho com clareza e nitidez

- A criatura percebe que aquilo que lhe parecia negativo era apenas um “caminho preparatório” para alcançar posteriormente um Bem Maior e definitivo para si mesmo

- As grandes tragédias não significam castigos e punições, porém maiores possibilidades futuras para a obtenção de uma melhoria de vida íntima. Em face dessas realidades, a fé aperfeiçoada faz com que possamos avaliar em todas as ocorrências uma constante renovação enriquecedora

- A confiança em que tudo está justo e certo e em que não há nada a fazer, a não ser melhorar o nosso próprio modo de ver e entender as coisas, alicerça-se nas palavras de Jesus :”até os fios de cabelo da nossa cabeça estão todos contados”

- O “grão de mostarda”, na comparação de Jesus, representa a minúscula semente como sendo o “Impulso imanente’ que começa a se formar no “Princípio Inteligente”, nos primeiros degraus dos Reinos da Natureza. Ao longo dos tempos, se transmuta, desenvolvendo potencialidades inatas, e, futuramente, se transforma num ser completo e de ações poderosas

- Devemos compreender, por fim, que o “poder da fé” realmente “transporta montanhas” e que para o espírito nada é inacessível, pois, quando percebe a razão de tudo e interpreta com exatidão a Sabedoria de Deus, a vida para ele não tem fronteiras


2 - LIVRO : “ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” - Cap XIX

- A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem vencer os obstáculos

- Noutra acepção, a fé se diz da confiança que se tem no cumprimento de uma coisa, da certeza de atingir um fim; ela dá uma espécie de lucidez que faz ver, no pensamento, o fim para o qual se tende e os meios de atingí-lo, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com certeza

- A fé sincera e verdadeira é sempre calma; dá a paciência que sabe esperar, porque tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, está certa de chegar

- É preciso se guardar de confundir a fé com a presunção, pois a verdadeira fé se acha a humildade, porquanto aquele que a possui coloca sua confiança em Deus, porque sabe que, simples instrumento da vontade de Deus, não pode nada sem ele

- Pelo poder da fé o homem age sobre o fluido, agente universal

- A fé não se prescreve, não se impõe, ela se adquire

- Em certas pessoas, a fé parece de alguma forma inata, sendo essa facilidade em assimilar as verdades Espíritas é um sinal evidente de progresso anterior; em outros, ao contrário, elas não penetram senão com dificuldade, sinal de uma natureza atrasada. Os primeiros já creram e compreenderam, e trazem, ao renascer, a intuição do que sabiam

- A fé é preciso uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. Para crer não basta ver, é preciso compreender

- A fé cega abdica de uma das mais preciosas prerrogativas do homem : o raciocínio e livre arbítrio. A fé raciocinada apoia-se sobre fatos e a lógica

- Allan Kardec disse : “Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face “

- A esperança e a caridade são consequências da fé

- A fé é o sentimento inato, no homem, de sua destinação futura. É a consciência que tem das faculdades imensas, cujo verme foi depositado nele, primeiro em estado latente, e que deve fazer eclodir e crescer por sua vontade ativa

- O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação, pois é pela fé que ele cura e produz esses fenômenos estranhos que, outrora eram qualificados de milagres

- Se todos os encarnados estivessem bem persuadidos da força que têm em si, se quisessem colocar sua vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que, até o presente, chamou-se de prodígios, e que não é senão um desenvolvimento das faculdades humanas

- É a fé o remédio certo do sofrimento

- Ela mostra sempre os horizontes do infinito, diante dos quais se apagam os poucos dias sombrios do presente

- Recordar que aquele que crê é forte pelo remédio da fé, e aquele que duvida um segundo da sua eficácia, é logo punido, porque experimenta no mesmo instante, as pungentes angústias da aflição


3 - LIVRO : “PRAZER DE VIVER” (Ermance Dufaux)

- Rebeldia é resultante da ausência de habilidade em movimentar o mais sublime patrimônio conferido pelo Criador à criatura : a fé

- A fé é o combustível do ato de viver. É a energia interior que vem das profundezas inabordáveis da alma para equilibrar nossa mente e nos nutrir com a energia de Deus, que sustenta o universo em profusão

- O contato com a energia da fé desperta o estado de otimismo, irradia a paciência, espalha a confiança e fortalece a resignação nas atutudes, levando-nos a aceitar a vida como ela é

- A fé ,mantem a mente em harmonia e domínio interior, por consequência, habilitando-nos a agir com foco no presente, sem as agonias com o futuro ou os descontentamentos do passado

- Uma de suas propriedades energéticas mais importantes é a função seletiva. Ela (Fé) seleciona o que há de melhor em nosso campo psíquico. É uma chave para abrir o “SELF” Divino que está adormecido em nosso íntimo

- Ela é a base da vida em toda parte. É a alma da esperança, sem a qual não conseguimos enxergar a trilha excelsa traçada por Deus para nossa felicidade. É a fonte do prazer de viver

- Dizem os sábios instrutores : “Inspiração Divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o Bem. É a base da regeneração. Preciso é ,pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar, que será do edifício que sobre ela construirdes”

- Toda a nobreza espiritual da qual somos herdeiros de Deus somente poderá se expressar sob o influxo da fé


4 - REFORMA ÍNTIMA SEM MARTÍRIO (Ermance Dufaux)

- Ao se colocar que possuímos uma “fé raciocinada”, inferimos que as noções de doutrina, por si só, são suficientes para gestá-la automaticamente. Todavia, mesmo com tanta luz nos raciocínios haurida com a literatura e os recursos de ensino usados nos Centros espíritas, o desenvolvimento da fé pensante não ocorre por “osmose”, e sim por etapas pertinentes à singularidade de cada criatura. Não existe “fé raciocinada coletiva

- “Fé raciocinada” é um fenômeno psicológico e emocional construido a partir do desejo autêntico e perseverante de compreender o que nos cerca, conquista somente possível através da renovação do entendimento e da forma de sentir a vida. É conquista individual construção íntima e pessoal, e não pode ser considerada como adesão automática a princípios religiosos ou ideias que nos parecem aceitáveis e convincentes. E quanto mais meleabilidade intelectiva, mais chances de alcançarmos a fé que compreende e liberta

- A fé racional somente será lograda quando aprendermos a “pensar a moral”, a pensar sobre si, a debater sobre as vivências interiores com espirito de liberdade, distante da censura e das recriminações, com coragem para distanciar de estereótipos

- A maior conquista da etapa hominal é a capacidade de raciocinar, no entanto, se essa habilidade não for utilizada para a aquisição gradativa da consciência de si, estagnaremos no patamar de “colecionadores de certezas” que nos foram transmitidas, esbanjando muita informação e carentes de transformação

- Nossa tarefa primordial, portando, é recriar o conhecimento espírita adequando-o à nossa singularidade, sem com isso querer criar novos estereótipos de padrões coletivos. Respeitar os ensinos gerais, mas desvendar os nossos “mistérios interiores”, únicos no universo, eis o desafio da renovação espiritual




5 - LIVRO : “JESUS E O EVANGELHO À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA”
(Joanna de ângelis, psicografia de Divaldo Franco)

- A fé expressa-se mediante a confiança que o espírito adquire em torno de algo

- Ela apresenta-se natural e adquirida. No primeiro caso, é espontânea, simples, destituída de reflexão ou de exigência racional. Na segunda acepção, é conquista do pensamento que elabora razões para estabelecer os seus parâmetros e manifestar-se, robustecendo-se com a experiência dos fatos, tornando-se base dos comportamentos lógicos e das realizações significativas do pensamento e da experiência humana

- A fé procede também de vivências transatas, quando o Espírito enfrentou situações e circunstâncias que foram experienciadas, deixando os resultados dos métodos utilizados para superá-las

- A fé, no entanto, deve apoiar-se na razão que perquire, no discernimento que estabelece as diretrizes comportamentais, a fim de que se expresse de maneira cega, levando ao delírio do absurdo ou à ingenuidade do período infantil

- Ela amadurece através de conduta que propõe, coroando-se de segurança pelos resultados colhidos nos empreendimentos encetados

- O homem de fé reconhece o limite das próprias forças e não se aventura em empresas que lhe podem comprometer a resistência ,levando-o à falência moral. Por isso, há um limite, entre a fé e a ação, que deve ser tido em conta quando da tomada de decisão ante o que fazer ou deixar de realizá-lo

- A fé é a força que se irradia como energia operante e, por isso, consegue remover as montanhas das dificuldades, aplainar as arestas dos conflitos, minar as resistências que se opõem á marcha do progresso

- O ser humano enfrenta os montes das dificuldades que ergue à frente, quando deveria buscar os objetivos mais nobres e engrandecedores. No entanto, no seu estágio infantil, a sua “sombra” o envolve com preconceitos e desaires, enceguecendo-o com a ambição desmedida da posse material, na qual investe os seus melhores recursos, e depois não sabe como deslindar-se de tantos conflitos e vencer tão variado obstáculos que tem pela frente

- Só mediante a fé, estruturada na consciência livre de prejuízos de toda natureza, oferece as resistências para enfrentar as montanhas de desafios que lhe impedem o avanço no rumo da harmonia

- Mediante a fé lúcida e enriquecedora, a existência se apresenta digna de ser vivida, facultando a aquisição de recursos para todas as situações, ensejando que aquele que a possui enfrente todas as situações com calma e certeza dos resultados felizes que o aguardam

- Não tem pressa, nem se angustia, porque sabe que os empeços exigem remoção e as “sombras” precisam de luz para que desapareçam

- A “fé racional" nunca excede os limites da sua capacidade, nem se doira de ambição descabida, conhecendo as possibilidades que possui e os meios de que se deve utilizar para os cometimentos que enfrentará




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