domingo, 13 de novembro de 2011

QUEM SABE PODE MUITO.QUEM AMA PODE MAIS

1 - DO LIVRO “QUEM SABE PODE MUITO, QUEM AMA PODE MAIS”

(JOSÉ MAURO, PSICOGRAFADO POR WANDERLEI SOARES DE OLIVEIRA)



CAP 01- CONVERSA  ENTRE  AMIGOS

- Predomina o milenar instinto de posse como mecanismo de segurança e compensação. A necessidade de dominar ainda é uma sutil nos corações humanos, decorrente da caminhada natural no egoísmo

- Comumente amamos no outro, a nós mesmos. E, quando o amor sobe para a cabeça, produz o mecanismo da idealização, alimentando sentimentos que são verdadeiras algemas do relacionamento, quais sejam: a desconfiança, a expectativa, o ciúme e a inveja

- O amor idealizado, nem sempre sentido. É estudado, nem sempre vivido. Ele é idealizado para não tomar contato com a realidade, pois amamos o ideal e não o real, tendo em vista que o real é difícil

- Amar o que somos incomoda e é muito doloroso. Preferível pensar que sou quem não sou a ter que admitir minha intimidade. É um mecanismo psicológico defensivo contra nossa profunda sensação de inferioridade. Amar algo que pensamos que somos é a ilusão da facilidade. Queremos cobrar do outro a grandeza que gostaríamos de ter em nós

- Hipócrita não significa apenas o ato intencional de enganar ou fingir. É um estágio evolutivo próprio da humanidade terrena, porque não conseguimos ainda ser honestos o suficiente com os próprios sentimentos. O ato de não admiti-los e reconhecê-los é uma das facetas mais sutis da hipocrisia humana

- Somos, em verdade, os únicos responsáveis pela condição dos grupos de nossa convivência. Estaria faltando uma auto-análise mais honesta e, a partir da sinceridade conosco candidatamo-nos à autenticidade. Isso seria bastante para nos trazer paz ante os conflitos, porque passaríamos a perceber nossa parcela de responsabilidade em cada lance das relações

- A dissenção, evidentemente, entendida como sendo o ato de não compartilhar a mesmas ideias, é o clima ideal para banir a hipocrisia, o fingimento. Relações autênticas só podem ser construídas com divergência, porém, cuidemos para não confundi divergência com cisão, que seria separação, atitude de cindir ou inviabilizar a continuidade da convivência, pois quando não sabemos administrar nossas discordâncias caminhamos para a cisão

- O apego emocional às nossas crenças é a raiz do preconceito, o qual tem como base o sentimento de orgulho . Nos relacionamentos, ele se manifesta quando fixamo-nos nos julgamentos que fazemos para nos sentir superiores ao outro, uma forma de diminuir o valor alheio, uma atitude de arrogância enfermiça

- O sentimento mais difícil de admitir em nós é a falibilidade, perceber  as más escolhas que nos levaram aos fracassos lamentáveis, ser honesto o suficiente para avaliar erros e limitações que possuímos

- O nosso orgulho não admite de forma alguma que alguém esteja a nossa frente nos assuntos espirituais. Estamos disputando grandeza espiritual, a posse da verdade, mais uma vez o amor na cabeça! O amor intelectualizado, o orgulho dominante

- Lutamos muito para fora e escasseamos no contato com a intimidade profunda. Aumentamos o ritmo da produção exterior e esquecemos da produtividade por dentro, pois queremos saber tudo sobre a verdade para fora, recusando, terminantemente, auscultá-la em nossa vida íntima

CAP 02  -  VELHAS  DOENÇAS  EMOCIONAIS

- No Grupo X, a pretexto de serem fraternos e não melindrar uns aos outros, os membros do mesmo evitam os assuntos ásperos e conflitantes

- Esconder a verdade dos médiuns é uma estratégia das relações doutrinárias que atingiu o status de regra recomendável para todos. Uma precaução que não educa. Somos a favor de grupos assertivos que nada tenha que esconder e omitir

- Os grupos, que se unem para o serviço de intercâmbio mediúnico, jamais deveriam iniciar suas atividades sem “combinados” claros acerca do relacionamento que deverá nortear as tarefas. Para isso, mister investir na amizade, no afeto, na construção de relações transparentes. Hoje, isso se faz mais prioritário que o próprio conhecimento de mediunidade

- São os seguintes os “combinados”

(1)   O primeiro combinado é que nenhum de nós é infalível, ou seja, sujeito a falhas.

(2)    O segundo é a assertividade, aprender a falar dos sentimentos e discutí-los em grupo, pois mediunidade é feita de sensações, emoções

(3)   O terceiro é que êxitos e fracassos sejam diluídos no grupo- Ninguém responde sozinho pelo sucesso ou pelo tropeço

- Os perseguidores da Doutrina já concluíram que melhor que exterminar é emperrar. Manter funcionando a duras penas, adoecendo lentamente seus integrantes. O plano é atacar principalmente as vigas da edificação, os condutores. Ruindo as vigas...

CAP 03 -  EXAMINANDO O ORGULHO

- O orgulho é o sentimento de superioridade e a arrogância é uma das manifestações mais salientes desse traço moral

- Características da personalidade arrogante :

(1)   Supervaloriza o seu próprio eu

(2)    Não aceita críticas

(3)   Despreza o valor alheio

(4)   Tem uma convicção inabalável em suas próprias crenças

(5)    Não costuma ouvir senão as opiniões que vem de encontro ao seu próprio ego

(6)   É auto-suficiente

(7)   Tem confiança exacerbada

(8)   Sensação de grandeza

- Aglutinar pessoas, porem, é muito fácil. Difícil é mantê-las coesas e em harmonia. Com a mesma facilidade que catalisa, Calisto dispersa pessoas

CAP 04 - REUNIÃO DE DIRETORIA

- Sentimos o que não queríamos, pensamos o que não gostaríamos, somos enganados pelas próprias máscaras com as quais nos travestimos na caminhada secular. Fingimos sem o querer, desejamos ser nós mesmos, mas nos envergonhamos do que se passa na vida interior. Um contraste

- A hipocrisia é fundamentada no interesse pessoal. Ela existe não só por causa de interesses, mas pela vergonha em assumir  que somos e pelo medo em responder pela mudança ou pelos resultados do que escondemos

-  Raríssimos são hipócritas por simples prazer de enganar, entretanto, nossa grande batalha, é contra o reflexo da importância pessoal, nossa compulsiva necessidade de sermos os mais úteis, o mais...somos

Hipócritas por defendermos esse interesse milenar

- Nesse caso a motivação é a disputa, pois precisam provar algo. É a necessidade de domínio, controle, hegemonia da verdade. Disputam quem é o melhor uns com os outros, quando a boa disputa é somente aquela que fazemos conosco

 CAP 05 - DEVASSANDO O INCONSCIENTE

- Espiritismo por fora é o espiritismo que vivemos para os outros. São as tarefas de amor ao próximo. È o espiritismo de pose, exterior. È deixar de comer carne , é não freqüentar certos ambientes, utilizar voz mansa, esbanjar conhecimento doutrinário e aparentar algo que não se é. É o espiritismo cerebral distante de senti-lo no reino do coração

- Se a doutrina estivesse, legitimamente, em nosso íntimo, seriamos pessoas mais felizes e menos acostumadas com a ideia de sofrer para pagar. Seríamos mais autênticos sem receio de falar de nós. Nossas Casas Espíritas, além de Estudos da Doutrina Espírita, teriam estudos de si mesmo com grupos abertos e dispostos a se comunicarem com mais transparência. A hipocrisia seria banida de vez das nossas hostes, os líderes seriam mais unidos e o movimento seria forte

CAP 06 - VEÍCULOS AFETIVOS

- O líder com o Cristo tem olhos de amor para enxergar os potenciais da alma e motivá-los ao bem maior. Mais que influenciar pessoas, o papel do líder na Nova Era é agregar pessoas, criar clima fraterno que atraia naturalmente os corações para a proposta de trabalho em suas mãos

CAP 07 - ESTUDANDO A ANGÚSTIA

- Quando não estamos em sintonia com a vida, nos angustiamos. Angústia é um sentimento da alma que está clamando por mudança de postura íntima

- Angústia é estar presa em si, é uma cela psicológica, cuja libertação é parando de se enganar e aprendendo a ouvir a voz do coração

CAP 08 - CASAMENTOS DURADORES

- Nós idealizamos porque não aceitamos a realidade como ela é. Por não aceitarmos a nós mesmos como somos, criamos defesas psíquicas que nos fazem acreditar ser o que não somos

- Quando idealizamos conosco, fazemos isso com os outros também, Passamos a construir um castelo de areia com valores frágeis, superdimensionado, acerca das peculariedades das pessoas com as quais convivemos

- Aceitar não significa agir. Aceitar, antes de tudo, é admiti para si algo desagradável, incômodo, censurável. Aceitar significa se amar, apesar de tudo

- Os obsessores estão cansando-se de nós espíritas. Dia desses um deles me disse: não vamos mais obsidiar espíritas, e sim outros religiosos, pois os espíritas estão tão mal que, quando vamos obsidiá-los, nós ficamos piores

- Separação não significa adiamento para novos encontros, caso a alma tenha aprendido o que necessitava com as relações desgastantes e intempestivas

- Ninguém quita débito com o outro e sim com sua consciência. O objetivo da presença de alguma tormenta em nossa vida é ensinar e não castigar. Aquela criatura difícil que surge em nosso caminho é uma lição essencial para nossa paz e crescimento

- Quando assumimos a postura de ficar com alguém para quitar, distanciamo-nos da finalidade Divina da dor

- Muitas mulheres espíritas estão apanhando do marido em nome de carma e, com isso, sofrem horrores, magoam-se e em nada auxiliam aos maridos covardes na sua melhora

- Todo casamento, para ser espiritualmente coroado de êxito, deve caminhar para a desvinculação, ou seja, para a autonomia ou capacidade de cada um aprender a viver sem o outro, conquanto vivam um para o outro. Desvincular nos relacionamentos significa a independência da alma. Juntos, porém sem dependência, sem apropriação, sem posse

- Quando a doutrina estaciona no cérebro, alimenta a idealização, nasce o perfeccionismo, a doença que que nos faz acreditar sermos melhores do que realmente somos. O perfeccionismo é uma neurose de dessa

Juste consigo mesmo, cujo pior efeito é “rezar terço” para os outros, isto é, construir performances sobre como os outros devem viver suas vidas

- Só podemos vencer a idealização banindo de nosso vocabulário as palavras : certo e errado. Por conta desses modelos de viver adquiridos com a educação social nascem as frases : “Eu tenho que ..”Eu preciso de...”, “Eu devia ter ...”, “Vou ter que...” Reflexos inevitáveis das idealizações. São frases construídas a partir do que pensamos que deve ser a vida

- As palavras que devemos usar são aquelas que melhor expressem o que sentimos,  que desejamos, tais como : “Eu quero...”, “Estou sentindo a necessidade de ...”, “Gostaria de...”, “Eu reconheço,,,”

 CAP 09 - CHAMADO INADIÁVEL

- Os membros do Grupo X acreditam possuir diretrizes para essa casa e não se questionam. Para isso, chegam ao ponto de esconderem a vida pessoal no intuito de exporem os predicados que caracterizam um dirigente espirita. O processo de conscientização só será possível através do diálogo  honesto sobre os sentimentos que dominam a vida interior

- Tenho notícias que um desses cientistas alquimistas pertencentes ao “Vale do Poder”, estudou o átomo físico da vaidade, com o fim de criar moléculas vibracionais que, implantadas em “chips eletro-mento-magnéticos, possam alimentar o personalismo e embotar o afeto.

- Esses “chips” são componentes vitais de micro-aparelhos de dominação e exploração obsessiva que são implantados nos corpos astrais

- Há duas formas básicas desenvolvidas nesses laboratórios para provocar o desequilíbrio no ecossistema mentais : A primeira é reter a criatura nos sentimentos opressivos em relação ao passado: A segunda, é criar a fantasia pelo pensamento em relação ao futuro

- Incentivamos recentemente um grupo muito preparado a avançarem na direção de novos procedimentos nesse tipo de atividade, fora das tradições das práticas doutrinárias. Hoje estão fascinados com o que sabem  como se fossem pequenos deuses, Sabem bastante sobre técnicas e pouco sobre si mesmos. São velhos magos de outrora que reassumiram a compulsão pela curiosidade

- A título de abertura para novas metodologias e recursos de educação, o referido grupo alimenta mazelas antigas da alma, mergulhando no passado, resgatando a sensação de grandeza pela posse de conhecimentos exotéricos, uma salada mística sem  o tempero da legítima educação espiritual, da renovação das tendências





CAP 10 - JOIO OU TRIGO

- Os espíritas tem colhido problemas na vida espiritual porque adoram biblioteca, acumulam conhecimento na Terra e continuam querendo mais cultura do lado de cá, sem saber o que fazer com ela para o bem. Enquanto isso, o depósito de vassouras está lotado de baldes, rodos e panos que nenhum deles quer usar, porque alegam cansaço, querem folga, sentem que trabalham muito na vida física, carregando o Espiritismo na cabeça sem deixa-lo chegar ao coração

- Eles estudam demais e são incapazes de sorrir e brincar. Fazem leituras exaustivas para entenderem o que se passa fora de si e pouco ou nada sabem sobre a vida interior. Devoram obras e brigam todos os dias no Centro. Inábeis para promover a paz, a união, a agregação de pessoas. Adoram histórias e filosofias, no entanto, desconhecem a arte da gentileza. Recitam a religião nos lábios

- Olham muito para as movimentações de fora e desconhecem a realidade das operações do sentimento. São pontuais e assíduos nas práticas e supõem com isso estarem em dia espiritualmente

- Estamos saindo do período da difusão, de estudo filosófico para o estudo contextualizado, vencendo a etapa do “que fazer” e penetrando o período do “como fazer”

- Quantos de vocês estão trazendo suas angústias e dramas interiores para serem luarizados pelo pensamento espírita nas reuniões dessa casa? Vocês sabem quais são as dores uns dos outros? Alguém sabe o nível de tormenta que enfrenta Ana para chegar a tomar a atitude de agora?

- Via de regra, o espírita está enchendo a cabeça de conhecimento, pressupondo com isso que ama e está em ascensão espiritual. Só existe instrução real nos temas da doutrina, quando temos a capacidade de adequá-los à nossa realidade particular, recriando nossa vida prática. A isso chamamos “contextualizar”

- A cultura espiritual somente liberta quando encontramos a resposta para as angustiantes questões da alma no campo individual. Quando conseguimos penetrar nas raízes dos dramas que nos infelicitam, dos problemas que nos atormentam

- Os espíritas apenas precisam ficar melhor se quiserem paz. Alguns de vocês está em paz apesar dessa trajetória repleta de estudo e trabalho? Vocês têm sossego na alma? Não tem nada do que se arrepender? Estão isentos de culpa? Não lutam mais com as preocupações da rotina? Não sentem medo? Alguém nessa sala já se livrou do terrível vazio interior que chega inesperadamente sem mandar notícias levando- os à descrença, ao desânimo? Será que querem chegar aqui na vida espiritual do mesmo modo que milhares de outros ?

- Temos que trazer nossa vida real para o Centro, minha filha. Devemos esconder relações para que não carreguemos culpa alguma na consciência?

- É hora de separar joio e trigo. O único objetivo de nossa equipe é alertá-los para os perigos eminentes em função de suas lutas emocionais. Deverão aprender a tratar seus sentimentos, pois nesse grupo, a mágoa, a prepotência e a baixa auto-estima são doenças crônicas de difícil extirpação, mas curáveis

- Estou inaugurando em nome de Eurípedes Barsanulfo e de Jesus Cristo, a primeira reunião de tratamento para dirigentes, trabalhadores e seus afins aqui no Grupo X. Sei que falarão em resistências da diretoria, reuniões para consultar o grupo e outros impedimentos, entretanto, o convite é um decreto do Mais Alto. O momento do Cristo esse, joio e trigo sendo separados. Façam sua escolha, o Cristo ou suas

limitações e normas intocáveis

- Até hoje há quem veja nesse encontro memorável com doutor Inácio Ferreira a derrocada, uma cilada espiritual e as manobras das trevas

- Nossa equipe espiritual podia perceber o quanto a comunicação mediúnica daquela noite seria um divisor de águas. Quantos molhos de joio seriam queimados de uma só vez





CAPÍTULO 11 - APELO POR CONCÓRDIA



- Foram reunidos no Salão principal do Hospital esperança, entre outros, um expressivo grupo de líderes de Minas Gerais, ligados ao coração de Eurípedes Barsanulfo. Os integrantes do Grupo X, igualmente, vieram todos ouvir o apelo do venerável apóstolo do bem, que assim se expressou:



- “ Concórdia é entendimento. Não existe união sem entendimento, que é a capacidade humana de superar suas diferenças sem extinguí-las, caminhando juntos em busca de ideais e realizações comuns

- Concórdia requer autenticidade perante a consciência, trabalho digno que motive o entendimento e a oração da indulgência - alimentos para pacificar as relações

- O medo e o ciúme, a desconfiança e a expectativa exacerbada são raízes de inumeráveis conflitos, sentimentos que patrocinam a insegurança, o mal-entendido e a mal-querência

- A concórdia, portanto, é tecida com os fios afetivos da lucidez e da fraternidade. Não nos iludamos com o sentimentalismo que é o afeto cego e desorientado, desprovido de consciência, frágil

- Somente quem olha para si e reconhece com honestidade a natureza de suas sensações é capaz de entender o que realmente sente por aqueles que diz amar. Por trás de muitos impulsos afetivos aparentemente enobrecedores, escondem-se antigas tendências de espezinhar com verniz

- Chega a hora de olharmos para dentro e domesticá-las. Nada é impuro na natureza

-“Aquele que quiser tornar-se o maior seja vosso servo”, afiança nosso Guia e Modelo. O servo de todos será aquele que consolidar em si mesmo a permanente conexão com o SELF glorioso

- No clima interior de ligação com as correntes superiores da vida, o servo alegra-se naturalmente com o êxito do próximo, percebe a utilidade das ideias alheias, cuida em respeitar os limites, pondera sempre que pode para alcançar o melhor, e distancia-se dos arroubos na paixão por cobranças que irritam e asfixiam

- O servo de todos mantém vínculo com o Mestre. Enquanto o EGO  patrocina a loucura, o servo de todos mantém-se atento e em sintonia com as Ordens Maiores

- Disciplinar a compulsão pela importância pessoal, olhar sem subterfúgios para nosso intenso desejo em brilhar perante os outros, são sentimentos inevitáveis. Nada mais natural depois de tanto apegados a nós próprios. Negá-los, isso sim constitui um obstáculo ao crescimento

- Olhemos os sentimentos abaixo, a mais cristalina verdade sobre nós mesmos, da qual não devemos nos envergonhar :

(1)   Não gostamos de ser criticados.

(2)   Repudiamos a possibilidade de que alguém seja mais querido que nós mesmos

(3)   Sentimos injustiçados quando alguém nos corrige naquilo de que precisamos

(4)   Chegamos a nos alegrar com os tropeços alheios para nos fazermos mais fortes perante outrem

(5)   Não conseguimos conter impulso maledicente da língua para diminuir o brilho do outro

(6)   Raramente nossa alegria com o êxito de alguém representa consciência do bem pela obra do Cristo

(7)   Fazemo-nos indiferentes ante as habilidades que florescem nos companheiros de tarefa

(8)   O melindre azorraga-nos quando uma decisão é tomada sem nossa participação

(9)   A inveja assalta-nos, impiedosamente, quando alguém produz algo mais criativo e valoroso que

Nós

    (10) Adotamos a teimosia quando não queremos seguir as recomendações que não concordamos

    (11) Disputamos cargos e títulos como se, à luz da Boa Nova, isso fosse privilégio e indício de espiri

            tualização

    (12) A presunção entorpece-nos a ponto de acreditarmos ter todas as respostas para a vida alheia

     (13) Invadimos o mundo íntimo das pessoas como se tivéssemos um alvará de quebra dos limites, tão

            somente, por acreditar-nos bons o suficiente para entender o que se passa por dentro do coração

            alheio

     (14) Elegemos modelos de condutas, estabelecendo rótulos com os quais expedimos juízos de suposta

            verdade sobre o comportamento de nossos amigos

- Se alguma razão há para nos envergonharmos é a de não fazermos nada para transformar a natureza egocêntrica, sob a qual ainda nos encontramos escravizados

- Jesus nos aceita em sua obra como somos. Entre nós, porém, frassam disputas enfermiças e desgastantes para aferir quem é o maior

- Os formadores de opinião vigiem suas expressões de trabalho. Não confundam capacidade realizadora com preparo cristão. Quanto mais conhecimento e tempo no contato com as verdades espíritas, mais riscos de se apegar às convicções pessoais e nesse clima de descuido surgem as expressões mais destrutivas da arrogância que nos é pertinente

- Quaiquer sentimentos derivados da necessidade de realce são indícios de enfermidade moral. Assumamos nossas convicções, especialmente as que temos em relação àqueles com os quais ainda não tenhamos harmonizados, pois rever convicções é ter a coragem de analisar os fatos sob outra perspectiva que nos levará aos novos aprendizados

 CAPÍTULO 12 - TEMPO  DE  MAIORIDADE

- Corações estraçalhados pela dor, infelizmente, nem sempre estão encontrando conforto nos Centros Doutrinários, cujos ambientes, quase sempre, estão tomados por maledicência, disputas e antifraternidade

E, além disso o excesso de normas e a falta de habilidade para consolar, criam ocasiões de insensibilidade e descuido

- Quantos corações ansiosos apenas por um gesto de atenção, são recomendados a maratonas de estudo e preparo intelectual como sendo os únicos remédios para sararem de suas enfermidades emocionais? A gentileza, o carinho, a arte da amizade e do afeto têm sido substituído por orientações religiosas rígidas e despidas de humanismo.

- Fala-se em obsessões, carmas cruéis, dores de transição, dramas morais crônicos. E o consolo e a fé? Onde estão?

 CAPÍTULO 13 - NOS BASTIDORES  DAS  ATITUDES

- Os Centros espíritas do Sec XXI, serão escolas do espírito nos quais, além de princípios basilares da doutrina, estaremos estudando sobre a arte de conviver com amor.

- Além de estudos sistematizados do espiritismo, estaremos fazendo estudos sistematizados de si, buscando um contato mais harmônico conosco próprios. Então, nossas tarefas de caridade e instrução terão encanto e fulgor. Nossos ambientes serão praças de alegria e convívio pessoal

 CAP 14 - QUEM  SÃO  OS  MÉDIUNS

- O estado de remorso é a condição das almas falidas que se enredaram no arrependimento tardio. Carregam culpas inconfessáveis e lembranças atordoantes do que fizeram na recém-finda reencarnação. Depois de prolongados estágios de dor na erraticidade, foram resgatados e tratados



- A maioria esmagadora dos médiuns renasce com acentuado estado de remorso apresentando estados de tristeza, conflito íntimo, irritabilidade, confusão nos raciocínios, inquietude, medos incontroláveis, e uma série inumerável de sintomas que denotam algum transtorno na vida psíquica, muito similares a uma depressão clássica



- O exercício mediúnico, constitui uma expiação e, por sua vez, é uma ponte entre as sombras interiores e a luz que se derrama da alma. Os médiuns não só detém maior sensibilidade para frequências da vida exterior, mas igualmente para seu mundo íntimo, mantendo ampla facilidade de conexão com seu patrimônio inconsciente

- Graças à sua claridade, seus portadores enxergam com mais nitidez a natureza de suas imperfeições e conquistas no reino íntimo da Sombra. Os médiuns não são intérpretes apenas do mundo espiritual, mas sobretudo, encontram nas suas faculdades extra-sensoriais uma sonda meticulosa com a qual são capazes de investigar, com mais profundidade, o mundo vivo das manifestações subjetivas de seu próprio inconsciente

- Sua vida mental tem janelas muito largas para o SELF e para a SOMBRA. Naturalmente, por lhes faltar aquisições no terreno da virtude, sofrem os reflexos da vida inconsciente em mais larga escala, sendo assaltados com freqüência pela culpa e por ciclos de humor intermitente

- São almas que fracassaram desastradamente, que contrariam, sobremaneira, o curso das Leis Divinas, e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso

- Quase sempre, são espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência e que regressaram ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude



- Criaturas que praticaram repetidamente a atitude de dominar e possuir os valores da vida alheia. Tanto exerceram o poder sobre o deu semelhante que abdicaram de adquirir o domínio pessoal. Fizeram conquistas exteriores e desprezaram as vitórias íntimas e, nessa jornada fulminante no reino das ilusões e das aparências, prejudicaram multidões



- Entretanto, eles próprios foram as maiores vítimas, pois trazem na alma os resultados de seus desatinos.São portadores de um sistema afetivo desestruturado e confuso à beira do desequilíbrio psicológico. Seu consciente é continuamente tomado por complexos inconscientes que determinam seus climas emocionais de baixa auto-estima e insatisfação crônica com a vida

- Renascem com severos bloqueios e limitações que somente à custa de muito trabalho e educação poderão reaver, não para proveito próprio pessoal, mas para ampliarem o seu raio de produtividade no campo do espírito

- A mediunidade, entretanto, representa o tesouro emprestado pela Misericórdia Celeste em favor de suas recuperações. A força mediúnica é capaz de sanear e equilibrar a vida mental ante as agonias do inconsciente em erupção, cuspindo sua matéria enfermiça para os domínios da consciência

- Os médiuns são espíritos que não olham para si mesmos há milênios. A mediunidade é um espelho constantemente direcionado para a vida inconsciente, a fim de trazer ao consciente as imagens que costumam negligenciar

- A mediunidade é uma espécie de medicação. Um tratamento para mentes adoecidas no tempo. Sob o aspecto da concessão é uma expiação. Quem a possui não se vê livre dela, por mais que deseje

- O grande objetivo da reencarnação, para os portadores da sensibilidade mediúnica mais ostensiva, é exatamente consolidarem qualidades eternas que lhes ensejem condições mentais e afetivas de serem os escultores de seus próprios caminhos











 CAP 15 - O MÉDIUM ANTONINO)



- O grupo que desejar inserir-se com mais fidelidade aos propósitos maiores desse tempo de renovação, trabalhará pela formação de pequenas células nas quais possa reunir seus trabalhadores mais atuantes para conversarem acerca de seus sentimentos, de suas mágoas, de suas virtudes

- Ou se criam esses ambientes, ou a equipe ficará a mercê de velhos golpes e assaltos do nosso egoísmo. Haverá quem veja nessa medida uma atitude romântica ou uma perda de tempo. Tais pensamentos, no entanto, são mais comuns entre aqueles, cuja tarefa, em nossos grupos de autodescobrimento, aqui no Hospital Esperança, lhes causa uma enorme e real sensação de perda de tempo por não terem tido a coragem de se desnudar enquanto na vida física

- Nunca ninguém conseguiu dizer a Calixto, com ética Cristã, o quanto ele é arrogante. Nunca se disse a Ana, com respeito e carinho, o quanto ela é vaidosa. Antonino nunca ouviu de ninguém, de forma educativa e estimulante, o quanto ele necessita assumir com mais responsabilidade os bens que a vida lhe confiou. Calixto atropela, Ana domina e Antonino omite

 CAP 16 - CONSTRUINDO A CONCÓRDIA

- O remédio sagrado que há de iluminar nosso projeto de união e amor nas leiras do Espiritismo chama-se “afeto cristão”. Afeto nas relações não significa apenas momentos de alegria e gestos de cordialidade espontânea

- O “afeto cristão” é a habilidade da alma de construir a concórdia. Concórdia  e união não são possíveis sem um sentimento elementar, que chama-se confiança

- A confiança é o sentimento que sustenta nossa crença nos valores uns dos outros. Quem confia se expõe porque sabe que não será desacreditado

 CAP 17 - ESTUDANDO A MÁGOA

- Um dos efeitos mais nocivos da mágoa é a atitude de indiferença. A indiferença é uma tentativa improdutiva da alma  de tentar anular ou negar sentimentos, de isolar traído. É um esforço para impedir as vozes profundas da alma que solicitam a coragem de perdoar. Não conseguindo, redunda em males a nós mesmos

- Temporariamente, em alguns casos, torna-se até justificável a indiferença em relação ao ofensor para dar tempo de minimizar os efeitos da ofensa. Entretanto, se for uma opção definitiva, uma escolha consciente e irreversível, estaremos caindo nas garras do orgulho

- A  mágoa cristaliza nossa visão no lado menos feliz das pessoas que nos ofenderam. Sob efeito da ofensa, somos capazes de esquecer, automaticamente, o afeto e os momentos de alegria que tivemos com nossos ofensores

- Perdão é emoção e não memória. Não se trata de apagar memória, mas ressignificá-la. A prova mais autêntica de perdão no mundo íntimo é quando conseguimos resguardar o nosso foco mental nos aspectos positivos das pessoas que nos ofenderam

- Quase sempre na raiz de nossas mágoas há interesses contrariados. A mágoa expressa um sentimento de injustiça. Jamais a sentimos dissociada da sensação de perda, lesão. Quando somos agredidos ou recebemos ameaças de agressão, entra em ação a emoção da raiva, para nos proteger. É um sinal do coração para que o ofendido descubra pela dor algo importante para sua caminhada

- Na atualidade, ocorre um processo muito doloroso em nossa vida mental. Como buscamos a melhoria espiritual, estamos removendo as bases de um edifício de ilusões que nos serviram de alento e segurança nos milênios

- O ruir desse edifício é ameaçador. Hoje estamos literalmente magoados com a verdade, a verdade sobre nós. Temos raiva de saber o que estamos descobrindo sobre nossa vida profunda. Estabelecemos um processo de autocobrança e autopunição face a essa realidade, tornando-nos facilmente melindráveis, magoáveis.

- Nosso processo de aperfeiçoamento ainda rasteja nos domínios da desilusão. É o preço que pagamos para vencer a ignorância que teima em manter-nos cegos acerca da nossa realidade moral.

- Todavia, nesse cenário, ninguém passará sem experimentar a dureza dos chamados. Muitos desses chamados virão de irmãos de caminhada e serão tomados como agressões geradoras do ressentimento

- O ambiente da Doutrina é um convite para as descobertas interiores e, muitas delas, serão realizadas sob a chancela da ofensa. O ofensor, seja ele intencional ou não, vai passar pela nossa vida e se vai. A mágoa, por sua vez, será transportada conosco até o instante que  descobrirmos seu significado divino, o que ela tem para nos ensinar

- Eis o motivo pelo qual as Casas Espíritas deveriam se lançar aos projetos de alfabetização emocional, no intuito de melhor organizar as idéias acerca do mundo íntimo.

- Sem entender nossa vida afetiva, rodaremos em círculos de dor com reações aprendidas tais como a culpa, a rivalidade silenciosa, a vergonha, o remorso e a própria raiva reprimida que se converte em estado melindroso, depois em mágoa e rancor, e, mais adiante, no ódio

- A mágoa é um desgosto cujo objetivo é nos ensinar algo que não estamos querendo ver de outro modo. Ela é, quase sempre, a raiva congelada, isto é, sentimos raiva em algum momento e não utilizamos esse sentimento com equilíbrio. Posteriormente, essa raiva cria uma mutação e transforma em ressentimento

- Nossa equipe aqui presente está matriculada nos cursos oferecidos pelo hospital sobre a vida no submundo astral, visando nosso preparo nas tarefas socorristas junto á Terra. Estamos iniciando o estudo sobre os processos de magia e ação tecnológica das organizações trevosas

- Já ouvi falar em aparelhos desenhados para instalar a mágoa. Vocês conhecerão os aparelhos, estudarão sua funcionalidade junto à fisiologia dos corpos espirituais e do corpo físico, e ainda farão cursos          técnicos como desmontá-los

- A mágoa pode ser instigada. Nenhum implante, no entanto, é capaz de impedir uma decisão da alma nos refolhos da vida profunda. Há força de oposição e não anulação da liberdade

- Vocês conhecem bem a história do Grupo X. Carecem agora, desenvolverem uma proposta de automedicação para seus assistidos, a fim de não incorrerem no velho sistema assistencialista que anistia a dor, mas não orienta o antibiótico íntimo para debelar as infecções morais. Além do que , carecem de se automedicarem na amenização das próprias dores às quais , muitas vezes, são analisadas como efeitos da tarefa, algo que nem sempre é verdadeiro

- Só poderão lograr essa meta se começarem a investir na mudança de si mesmos, a alquimia interior. Descobrindo os antibióticos pessoais na sua própria luta íntima, terão indicativas de valor para o semelhante. A maior “magia” da vida é a libertação de nossa própria consciência, como usar a força das leis Naturais ou Divinas para renovar a nós mesmos



- Os adversários tem modos inteligentes de multiplicar a mágoa. Nenhum deles é capaz de arranhar a força do perdão legítimo. Acredito de coração que o melhor que investigar a tecnologia da maldade será incentivar nos meios doutrinários cursos permanentes sobre a mágoa e o perdão

- A mágoa é larga porta mental para a inquietude e a tristeza, que pode se degenerar em ansiedade e depressão. Na primeira o doente ofende-se com a fantasia que faz de supostos rivais. Na segunda agasta- se com os fatos passados sem conseguir-se livrar das lembranças enfermiças

- A mágoa é sempre uma lição para quem busca a sabedoria. Dela o ofendido descobrirá mais sobre si. Dela o ofensor aprenderá mais sobre as impressões que pode estar criando no íntimo dos que o cercam. A mágoa pode se tornar uma excelente lição de vida e o perdão é a atitude de sabedoria

- Calixto negava suas mágoas e usava a arrogância para se defender, instalando a frieza afetiva como efeito. Ana era portadora de suscetibilidade extremada por ter renitência em reconhecer suas ilusões, produzindo assim uma base para o desequilíbrio psíquico. Antonino asilava muito interesse pessoal que ainda não havia descoberto em relação à sua faculdade mediúnica, sua insegurança decorria da ofensa que sentia em ser questionado em suas intenções o afeto que, em sua concepção, foi

 CAPÍTULO 18 - DEPRESSÃO DE ANA

- Depressão é doença da alma. É resultante de uma trajetória de vida eivada de condutas em desacerto com as Leis da vida, o lado sombrio das frustrações que não soubemos ou quisemos superar. Frustração é a privação de uma necessidade ou desejo



- Muitas almas, todavia, não as aceitam. São rebeldes por terem ferido os seus objetivos e interesses. O rebelde é alguém que deseja controlar a vida ao invés de vivê-la. Quer moldá-la para que seus objetivos individuais sejam atendidos. É um controlador que não se adaptou aos estatutos da realidade e quer alterá- los, a que preço for

- A depressão é exatamente a doença que vai lhe imputar a sanção corretiva, retirando de suas mãos a capacidade de gerir os talentos da existência, conforme seus caprichos ou visões pessoais

- A rebeldia é o estado mental doentio que detona um colapso na vida emocional através de mutações destrutivas em que se expressa, tais como : a intransigência, a irritabilidade, a teimosia, o perfeccionismo, a rigidez, a revolta, quando em temperamentos austeros. Ou ainda a indolência, a queixa, o melindre, a mágoa, a indiferença e a solidão, quando em temperamentos apáticos

- Em tese, rebeldia é a forma que a alma encontra para fugir de sua própria realidade

- Na depressão a criatura que colhe o resultado de milênios de personalismo exacerbado através do qual exerceu, egoisticamente, o poder de fazer da vida o que lhe convinha. Uma criatura acostumado a ter seus caprichos atendidos, sem consideração aos limites da convivência honesta e sadia

- A depressão é exatamente o desbordar dessas culpas que não cabem mais nos depósitos da subconsciência. Necessita ser expurgada num processo de limpeza. Surge, então, o remorso que, nada mais, é a pressão do subconsciente para expedir esse pus energético

- A pessoa que está com remorso apresenta, quase sempre, forte tendência ao desculpismo, tornando-se muito questionadora e sempre prefere sua visão pessoal, do que a ajuda oferecida por quem lhe deseje auxiliar

- A atitude rebelde é uma forma defensiva do EGO contra a “inferioridade inata”, isto é, aquela que a alma já traz ao renascer, depois de milênios no egoísmo. Uma forma de negar o SELF que conclama o ser a viver na humildade e na responsabilidade

- Depressão é a resposta enfermiça da mente face os abusos do coração, subtraindo do enfermo o seu ela afetivo com o mundo, a fim de que aprenda a olhar para si mesmo e por si mesmo. Depois de longa peregrinação na ação irrefletida e negligente para com os apelos da consciência, a alma é aprisionada na sua própria intimidade com a sanção de encontrar-se com sua realidade profunda, e promover sua melhora

- Para o intelectual astuto do pretérito, o fato de não ter estudado no presente será obstáculo suficiente para tornar a vida infeliz

- Para a abortista criminosa não punida pela justiça, o fato de não engravidar é uma pena dura o bastante para desistir de viver

- Para o político dominador, agora em posição de subordinação, ser apenas mais um membro no contexto social é desafio severo e fonte de inconformação



- Para o sovina e o esbanjador de outrora, será muito dolorosa a perda ou escassez de qualquer monta

- Para o desonesto e o traidor do pretérito, será muito incômodo presenciar ou sofrer em si os atos de infidelidade ou desconfiança



- para o adúltero e o sexólatra das vidas sucessivas, será uma expiação o ciúme e a incompletude no uso das forças genésicas

- Entretanto, é preciso asseverar que toda depressão tem um gatilho emocional. Este gatilho de natureza moral da depressão é a inconformação. Um simples objeto da casa deslocado sem consentimento, cria um campo de revolta qual fosse uma leve fagulha descarregada sobre enorme barril de pólvora

- A palavra reparar, entre vários conceitos, significa dar melhor funcionamento ao que estragou. O objetivo da reparação é atingir o orgulho e os interesses materiais

- Ana veio para o centro doutrinário sob o guante da dor. Com o tempo melhorou e se imaginou maior do que realmente é. O orgulho engana- nos respeito de nossos valores e imperfeições. Ela se iludiu e se supõe com uma missão

- A depressão é a doença que nos faz voltar para dentro de nós mesmos e começar a trajetória de perceber na intimidade pessoal as causas de nossas aflições e desajustes

- A forma mais expressiva da depressão é o estado íntimo de insatisfação crônica que assume diversas máscaras, tais como, irritabilidade, de perfeccionismo, confusão nos pensamentos, angústia com dores no peito, prisão intestinal, aceleração dos batimentos cardíacos

- O efeito mais cruel, porém, é no campo emocional, porque se instala uma apatia que leva a criatura a não querer viver

- Os deprimidos não podem se acomodar nos tratamentos medicamentosos e psicológicos, se anseiam se libertar. A cura definitiva está na atitude, na renovação dos sentimentos através da criação de novos hábitos, na conduta de viver sentindo a vida como ela é, não a idealizando através da produção sistemática de formas pessoais de pensar e desejar

- Por fim, o deprimido é uma alma convocada ao perdão, perdoar a si, a Deus e ao próximo

CAPÍTULO 19 - RISCOS DE SITIAMENTO

- Os cérebros da perversidade criaram meios inteligentes de sondar as ações do bem, mas não conseguiram superar o poder do próprio bem que conta com o apoio da justiça e misericórdia divinas. Eles só alcançaram-no até certo limite

- Existem dois tipos de companheiros na casa espírita :

(1) Aqueles que discutem pontos de vista exclusivamente por interesse, do qual não pretendem se afastar tão cedo. Nesse caso, os projetos são exterminados sem qualquer possibilidade de continuidade, resultam de lastimável personalismo e flutuam ao sabor de mágoas e decepções

(2) E aqueles que discutem pontos de vista pressionados a ampliarem sua percepção e experiência espiritual, através da força educativa das circunstâncias. Nesse caso, ainda que haja a presença das rupturas, o trabalho terá sempre prioridade nos ideais de nossos irmãos. As relações , nesse caso, podem falir, mas os ideais vão permanecer. Não desistirão porque amam o ideal. Restará a ele aprender a lição áurea : amar uns aos outros

- O que é mais importante : os ideais ou as relações ? As relações, nesse período da maioridade, têm prevalência em nossos desafios de trabalho e projetos de ação

- Nossos irmãos do grupo X lutam honestamente  contra suas sombras interiores. Guardam as melhores intenções, mas, assim como nós outros, são crianças no amar. Mesmo com tanta percepção, recolhem-se à concha fria do egoísmo

- Para nós que apenas começamos a caminhada da redenção espiritual, por mais devoção que entreguemos à luta educativa, nada faremos durante uma reencarnação do que dilatar nossa compreensão sobre a extensão de nossas necessidades espirituais. É o despir de ilusões. Primeiro a libertação da consciência, depois o serviço de edificação paulatina de valores

- Pensamos que amamos, mas nosso amor está mais na cabeça, no discernimento, do que nos sentimentos. Por esta razão, nossa postura diante da luta de nossos companheiros é a do respeito incondicional. No lugar deles faríamos da mesma forma, inspirados em ilusória nobreza moral e no zelo com as atividades doutrinárias



- Estamos em uma guerra que boa parcela dos irmãos de ideal na carne sequer imagina acontecer nos bastidores da psicosfera dos centros espíritas, quando as portas da vigilância são escancaradas pelas atitudes menos felizes

- Os “vibriões” são espíritos a caminho da “ovoidização” que ainda não perderam de todo a consciência. Assim como ocorre com os “ovóides” que são usados como implantes da maldade, temos o mesmo sistema social nas regiões inferiores com os ”vibriões”

- Os “vibriões”, por respirarem em um clima psíquico monodeísta de angústia e tristeza, exalam uma áurea vibratória de potência destrutiva em raio de trezentos metros. Nos locais que os abrigam, interferem em todo o ecossistema psíquico dos ambientes próximos com contaminações de diversos teores e os principais efeitos são no campo afetivo dos encarnados

- Conseqüências das irradiações enfermiças dos embriões :

(1) Estimulam o desânimo, a culpa, o desalento e a inquietude que constituem piso emocional para erupção de depressões intermitentes, do falecimento da motivação

(2) Embaraçam os raciocínios

(3 )Forma-se uma aura doentia de apatia e descrença nos ideais superiores

(4) Instala-se um ambiente de desconfiança e fixação nas imperfeições uns dos outros

- Eles são colocados em gaiolas eletrônicas que controlam temperatura e luz para que os “embriões” não caminhem para a “ovoidização”. O alojamento deles dentro desses receptáculos inviabiliza de nossa parte ações de remoção sem participação dos encarnados no processo

- São alocados na parte etérica da casa espírita quase ao nível da matéria em função da frequência de longo alcance com baixíssimo teor de forças, decorrentes da conjunção das energias dos encarnados e de operações similares e materialização com acentuada capacidade de condensação energética

- A aura de frieza emotiva sob indução hipnótica dos “embriões”, arrefece o afeto e tem a propriedade de alterar a freqüência dos pensamentos, criando fixações monodeístas

- Através da insistência em encontrar o momento ideal, os adversários do trabalho encontram um instante em que conseguem transpor a cortina vibratória que separa os mundos, instalando o “vibrião” em estado semimaterializado na parte física da agremiação doutrinária, porque assim criam limites à nossa ação. É uma defesa contra o desalojamento do próprio “vibrião”

- Somente médiuns trabalhando em regime de vampirismo assistido poderiam eliminar essa ocorrência. Além disso, qualquer iniciativa de desalojamento com aparelhos detonaria o automatismo da ovoidização no “vibrião”, ou seja, estaríamos cooperando com a queda definitiva dessa alma nos desfiladeiros da maldade

- Frequentemente são instalados dentro das salas mediúnicas com monitoramento por câmaras e vigília contínua. Alojados em “gaiolas” especiais e sem luz de espécie alguma. Tais recursos impedem ou limitam o rastreamento por parte dos médiuns. A vibração pestilencial dos “vibrões” prejudica a absorção de recursos assépticos e esterilizadores e, depois de longo período, começa a formar camadas viscosas similares ao lodo na parede do centro Espírita, organizando um habitat para flora e fauna de pequeno porte

- No caso do Grupo X, o ataque decorre da discordância com a proposta de Eurípedes que está encontrando abrigo entre nossos irmão na carne

- A luz atraiu a treva, porém, a permanência da treva no intuito de extinguir sua luminosidade, é efeito da sintonia entre as ilusões dos encarnados e as intenções maliciosas dos que querem na ruína moral

- A nossa papel na condição de cooperadores do bem na proteção aos nossos irmãos no Plano físico é interferir no pensamento humano, sugerir idéias, inspirar iniciativas de defesa e educação, mas a capacidade de decidir é algo pessoal, individual, e se opera no reino do coração no qual nosso acesso é limitado

- Os Grupos Espíritas quando em momentos de equilíbrio e trabalho, são alvos das mais sérias interferência em sua marcha de crescimento. Que se dirá quando em instantes como do Grupo X que abriram a guarda em suas relações. Não confundamos grupos que discordam pelo bem da obra com grupos que discordam porque se cristalizaram em interesses particulares



- No caso que acompanhamos, nossos três personagens cristalizaram conceitos que acreditam ser o melhor pelo bem da Casa espírita, entretanto, não querem ouvir um ao outro, pois são tão convictos que a convicção se transformou em arrogância. Arrogância em acreditar em demasia em si mesmo

- Calisto não tem nenhuma dúvida sobre o que necessita a casa. Ana sente-se ameaçada em suas ideias e Antonino Apoia-se em interpretações pessoais sobre a ação dos espíritos. Não renunciam um milímetro no que acreditam e constroem ninhos acolhedores para a discórdia



- União não significa caminharmos sempre juntos, mas poder contar sempre uns com os outros, não significando que tenhamos que aceitar as ideias alheias, porém, respeitar o direito que outrem tem de cultivá-las, sem asilar perturbação ou antipatia

- E o mais importante : a união não significa viver sentimentos que ainda não somos capazes, todavia, não permitirmos qualquer obstáculo para que o arrependimento ou a saudade não destruam ou reprimam o amor que, inegavelmente, nutrimos por alguém

- Desapegue das certezas acerca dos julgamentos e renova o campo mental para estar sempre a dizer mesmo sem palavras : estou aqui meu amigo. Conte comigo!

CAPÍTULO 20 - CLAMOR POR UNIÃO

- Os grupos doutrinários que não aplicam indulgência matam a esperança do pacifismo nas relações e constroem ninhos acolhedores para a discórdia

- União não significa caminharmos sempre juntos, mas poder contar sempre uns com os outros, não significando que tenhamos que aceitar as ideias alheias, porém, respeitar o direito que outrem te de cultivá-las, sem asilar perturbação ou antipatias. E o mais importante : união não significa viver sentimentos que ainda não somos capazes, todavia, não permitirmos qualquer obstáculo para que o arrependimento ou a saudade não destruam ou reprimam o amor que, inegavelmente, nutrimos por alguém

- Desapegue das certezas acerca dos julgamentos e renove o campo mental para estar sempre a dizer mesmo sem palavras : estou aqui meu amigo, conte comigo!










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